“«Vou trazê-los das terras do Norte e reuni-los dos confins do mundo. Entre eles vêm o cego e o coxo, a mulher que vai ser mãe e a que já deu à luz… Eles partiram com lágrimas nos olhos, e Eu vou trazê-los no meio de consolações. Levá-los-ei às águas correntes, por caminho plano…»”.[ Jr 31,8-9 (1ªL.) ].
“O cego começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim». Muitos repreendiam-no para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem piedade de mim»… Jesus perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». O cego respondeu-Lhe: «Mestre, que eu veja». Jesus disse-lhe: «Vai: a tua fé te salvou». Logo, ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho”.[ Mc 10,47-48.51-52 (3ªL) ].
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Lembram-se? No meio de uma escuridão total, quando “as trevas cobriam o abismo… Deus disse: «Faça-se a luz»”(Gn 1,2-3). Ou seja, a luz veio ‘onde’ havia (e ‘porque’ havia) trevas! Pergunta-se então: na realidade, poderia existir a luz se não houvesse trevas? Tal como, poderia existir o calor sem o frio?… E ‘o bem’? Será que os humanos poderíamos ter a experiência do bem sem estarmos envolvidos pelo mal?… Por outro lado, sabemos – pela investigação das ciências – que ‘os negativos’ (frio, treva, mal…) não têm qualquer entidade, pois o que existe, na realidade, é o bem, o calor, a luz (“os positivos”)… Assim sendo, a conclusão que nós devemos tirar é simples e clara: Falta o positivo (o que existe, o que tem entidade)? Então, o que fica é… nada!
Refletindo na Palavra de hoje (no profeta Jeremias/1ª L.), podemos observar que as forças do mal (tudo aquilo que é negativo) “desaparece” quando chega o bem que traz conSigo o Senhor Deus: “Eles partiram com lágrimas nos olhos, e Eu vou trazê-los no meio de consolações”… E os cegos verão, os coxos caminharão…
No episódio do ‘cego de Jericó’, se repararmos bem, ele sentia-se numa escuridão total, simplesmente porque lhe faltava a luz… Logo que chegou a luz, pela palavra de Jesus (“Vai: a tua fé te salvou”), aquele vazio da escuridão ficou ‘enchido’ pela luz. Porque a treva não tem sentido – ‘é nada’ – quando está presente a luz… Claro que, como estava ali também presente a Luz que era o próprio Cristo Jesus, aquele homem (que recuperou a visão “porque tinha Fé”), a partir daí seguiu sempre aquela LUZ (“seguiu Jesus pelo caminho”)…
« Tu e o teu filho Jesus, Mãe, sois capazes de realizar qualquer milagre – como aquele de “transformar” a vossa própria ‘estátua’ (curiosa ‘metamorfose’!) – só para demonstrar, mais uma vez, Nossa Senhora de Verviers, que quando os teus filhos – os irmãos ‘pequenos’ de Jesus – passam por perigos ou dificuldades, lá estás presente, Mãe, sempre com o Filho Jesus, para proteger, defender e salvar… Agora pedimos-Te, cheios de fé e esperança, que «ao olhares para Jesus (como em Verviers) continues a olhar também para nós» como Tu sabes fazê-lo, Mãe, já que, nos teus olhos, vemos também refletida a misericórdia do teu Filho Jesus, nosso Salvador!
NOTAS COMPLEMENTARES:
1-] Nossa Senhora de Verviers (Bélgica). Outro milagre ‘espetacular’ está na origem desta Invocação, desta ‘Imagem’, e deste Santuário de Nossa Senhora na cidade belga de Verviers. Grande milagre que teve por testemunhas centenas de pessoas, por ocasião de um fortíssimo terramoto que assolou a cidade, em 18-09-1692. Toda a população tinha tomado as ruas em grande desespero; mas, ao mesmo tempo, uma boa parte da gente dirigiu-se, para pedir socorro e proteção, a uma estátua de Nossa Senhora que ficava – na rua – em frente da Igreja dos Franciscanos (Recoletos)… E foi neste momento que aconteceu o milagre curiosíssimo e único, presenciado por toda aquela gente. Na figura daquela estátua produziram-se várias alterações na sua configuração estrutural, e não precisamente por influência do cataclismo: – o Menino Jesus tinha-Se voltado para a Sua Mãe, fixando n’Ela os seus olhos; – o ‘globo terrestre’ tinha agora desaparecido da Sua infantil mão direita, que agora segurava a mão esquerda da Mãe; – Nossa Senhora, alterara igualmente o sentido do seu olhar, pois, além de fitar o seu Menino, observava o povo, que rezava junto da imagem… Embora as consequências do ‘cataclismo’ para a população foram mínimas (quanto a desgraças pessoais), grande parte da cidade teve de ser reconstruída ao longo do século seguinte. Quanto à imagem de Nossa Senhora (uma das «Virgens Negras»), “o conjunto da estátua ficou transformada daquele modo”, permanecendo assim, sem a mais mínima alteração posterior, até ao dia de hoje (mais de trezentos anos)… Dois Papas, Clemente XII em 1739, e Leão XIII em 1892, aprovaram o culto dessa milagrosa estátua. Porém – como em todos os casos – o que ficou patente, a partir daí, foi a tal Igreja do Notre Dame, transformada no Santuário de Nossa Senhora, centro de peregrinações e lugar de celebrações litúrgicas diárias…
2-] Gravioleira (Annona muricata). Ou guanabano, é uma árvore de pequeno porte (atinge 4-6 m de altura), com folhas verdes brilhantes e flores amareladas, grandes e isoladas, que nascem no tronco e nos ramos. Planta originária das Antilhas, onde aparece em estado silvestre, atualmente encontra-se em quase todas as florestas tropicais do mundo. O fruto, a graviola (‘jaca’, ‘araticum’…), tem forma ovalada com casca verde-pálida e é de grande tamanho (o peso vai de 1 a 8 kg); de sabor agridoce muito delicado. A planta dá frutos o ano todo. A propagação da gravioleira pode ser feita por meio de sementes, ou por estacas, enxertia ou alporquia (sendo este o melhor). A colheita dos frutos é feita quando os mesmos atingem a maturação fisiológica, ao apresentar uma coloração verde maçante. A folha pode ser usada como chá no tratamento de constipação excessiva. As sementes têm ação antiparasitária; raízes e folhas usam-se para tratar a diabetes. Realizam-se estudos para saber se cura o cancro… O seu conteúdo nutricional é completo e equilibrado… E o famoso “óleo virgem de graviola” é muito utilizado no campo da saúde, devido às suas características físico-químicas: ácido linoleico (12-33%); ácido oleico (41-58%); ácido palmítico (16%); ácido esteárico (5%). Valor ácido-0,93. Valor acetil-66,77. Saturado=28,07%. Insaturado=71,93%.
3-] Eis os ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões (os primeiros e últimos): [Para ver na íntegra: no ‘link’do Blog (arquivo de TODAS as REFLEXÕES) que vai sempre no fim].
— 1. DE FÁTIMA (Europa / Portugal). // 2. DE GUADALUPE (América / México). // 3. DE LURDES (França). // 4. DE APARECIDA (Brasil). // 5. DE KIBEHO (África / Ruanda). // 6. DE AKITA e NAJU (Ásia / Japão e Coreia do S.). // 7. AUXILIADORA (Oceânia / Papuásia e Austrália). // [ … ] // 46. DA CONSOLAÇÃO (Lezajsk / Polónia). // 47. DE LA GUARDIA (Génova-Itália). // 48. DE COVADONGA (Astúrias-Espanha). // 49. AUXÍLIO DOS CRISTÃOS (Filippsdorf – República Checa). // 50. DO SAMEIRO (Braga-Portugal). // 51. DE SHE SHAN (Xangai-China). // 52. DE SIRACUSA (Siracusa-Itália). // 53. DE VERVIERS (Bélgica). // // PARA outras REFLEXÕES AFINS:http://palavradeamorpalavra.sallep.net
26 Outubro, 2024
«Afinal… as VITÓRIAS são de DEUS!»
Luis López A Palavra REFLETIDA
— 53.B3 – Domingo 30 – T. Comum / “A Palavra” (“Salmos R.”) refletida, ao ritmo Litúrgico —
«Afinal… as VITÓRIAS são de DEUS!»
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== [Do ‘Salmo Responsorial’]: «O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo». Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião, parecia-nos viver um sonho… dos nossos lábios brotavam cânticos de júbilo. Diziam os pagãos: «O Senhor fez por eles grandes coisas». Sim!… E por isso, exultamos de alegria… Os que semeiam em lágrimas recolhem com alegria. À ida vão a chorar, levando as sementes; à volta vêm a cantar, trazendo os molhos de espigas”. (Sl 125, 1-6) ==
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– Este Salmo parece abundar em contrastes de diverso tipo. E nisso concorda perfeitamente com o resto da Liturgia da Palavra, principalmente do Evangelho, onde aparece o confronto entre a luz e as trevas; a vista e a cegueira…;mas também no profeta Jeremias – com lágrimas ou com risos – nos olhos…
– Embora “o verso responsorial” (“o Senhor fez maravilhas no seu povo”) possa não parecer, vemos que são esses precisamente os efeitos que ‘os fiéis do povo’ reconhecem como ação de gozo e salvação do Senhor sobre eles. E é aqui que, justamente, descobrimos os tais contrastes ou oposições. Vejamos.
– ‘Exílio’ e ‘retorno’ (“O Senhor fez regressar os cativos de Sião”). ‘Tristeza’ e ‘alegria’ (“Dos nossos lábios brotavam cânticos de júbilo”). ‘Choro’ e ‘gozo’ (“Os que semeiam com lágrimas recolhem com alegria”). ‘Pranto’ e ‘canção’ (“Iam a chorar, levando sementes; voltam a cantar, com molhos de espigas”). …
– Então, se bem repararmos, a nossa vida está salpicada destas realidades “contrapostas”. E não apenas porque na nossa pessoa – como na nossa sociedade humana – o bem e o mal estão misturados… mas porque nesse contexto deve ser possível: a nossa liberdade; as nossas opções… enfim, o nosso Amor!
– E, no final deste “combate”… é suposto – e desejado! – que as forças do bem (do amor!) triunfem sobre as do mal (do ódio!)… Agora sim, já tem todo o sentido o ‘versículo responsorial’ do início: «O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo». Porque, afinal, a Deus são devidos todos os triunfos e as vitórias!
>> «NOSSA SENHORA dos CONTINENTES e das NAÇÕES (dos Países, das Pátrias)»
= ‘Títulos’/‘Invocações’/(‘Piropos’) de N. Senhora. Países com «Título Mariano ‘Nacional’» conhecido(!?).
[Seguindo a ordem dos Continentes (de menor a maior número ‘dos seus Países’ com ‘título Nacional’):
1-Oceania… 2-Ásia… 3-Europa… 4-América… 5-África…] =
Nossa Senhora da ÁFRICA:
Nossa Senhora de Gâmbia (‘Nossa Senhora Estrela do Mar’ – em Bakau).
Nossa Senhora de Djibuti (‘Nossa Senhora do Bom Pastor’ – em Djibuti).
Dois países ‘pequenos’ da África, sitos em pontos opostos (‘L‘ e ‘O‘) das costas Oceânicas,
desde onde Tu – Mãe do mar e da terra – velas pelos teus filhos, como em toda a parte…
E nós, na nossa luta pelo bem e pelo amor, precisamos, ó nossa Mãe, da tua companhia,
como também da tua ‘orientação’ e ‘guia’ – “Estrela do Mar” e “Mãe do Bom Pastor” – :
Guia-nos Tu, que és ‘Divina Pastora’; e leva-nos a bom porto, ó ‘Senhora Estrela do Mar’;
pois nós, tal como estes irmãos nossos (de Gâmbia e de Djibuti), sem a tua ajuda maternal
nada podemos, Mãe, nestas nossas lutas diárias contra o Mal, por mares e por terras!
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