Iniciamos hoje com a transcrição de um breve trecho – uma interrogação – que aparecia no final da nossa anterior Reflexão, do mês passado (22-02-25):
“Aparece a grande ‘questão’ de sempre: Como é que vai ser “o Além” para aqueles que, infelizmente, fizeram, nesta “primeira ‘etapa’ da Vida” e pelo mau uso da sua liberdade, todo o tipo de males ou perversões!?… Realmente, é a interrogação que muitos podem fazer relativamente a si próprios, ou a outrem…”.
E aqui entra a questão da justiça e, portanto, do possível castigo.
Entramos, assim, numa outra questão consequente, da qual muitos tentam fugir, ou não querem lá saber. É esta: Será que existe isso que se costuma chamar ‘inferno’, ou pior ainda, ‘inferno eterno’, mas que, seja como for, é preferível ignorar e esquecer?…
Acontece que muitos (teólogos ou não) podem defender, ou negar, a sua existência, mas ficando por aí, sem entrar em mais questões, principalmente no que diz respeito ao significado do termo ‘infinitude’ (‘para’ sempre, só num sentido)e do termo ‘eternidade’ (‘desde’ e ‘para’ sempre, nos dois sentidos)…
Quanto a nós (?), não vamos entrar nessas ‘dialéticas’. O nosso raciocínio irá no sentido de fazer algumas afirmações – pela positiva! – a começar por deixar bem claras as convicções ou verdades seguintes. E logo, cada qual decida (!).
A primeira e mais importante é: Só pode ser Eterno (que é muito mais do que infinito) Deus, o Amor, a Bondade… Ou, também, tudo o que se considera essencialmente Bom, Positivo, Vital… Isto, por uma razão muito simples: tudo o que é ‘oposto’ (Mal, Negativo, Mortal…) não tem existência em si mesmo.
Vejamos o porquê, com alguns exemplos. O mal é só a ausência do Bem; o negativo é a ausência do Positivo; a morte é ausência da Vida; e assim por diante… Do mesmo modo que – na Física – o frio é só a ausência de Calor; a treva é apenas a ausência da Luz... Ou seja, o negativo não existe!
Por consequência, o inferno… (qual outras coisas semelhantes) não pode existir como tal, e menos ainda ser eterno. Quando, nas Escrituras, apareçam expressões como ‘infinito’, ‘não terá fim’ ou ‘será eterno’… referidas ao Mal (direta ou indiretamente) haverá que ter em atenção a tendência a exagerar que temos os humanos (mormente aquelas culturas “orientais”, em cujo seio nasceu a Bíblia)…
Mas talvez já tenhamos reparado que estas realidades ou verdades – que estamos a constatar e declarar – têm a sua razão de ser e o seu fundamento (nada mais e nada menos!) no Amor e na Misericórdia de Deus… que – estes sim – são Eternos!
Porém, levanta-se então uma complexa sequência de questões (?):
Será que, então – e amparados nessa Infinita Misericórdia Divina – já não vai haver ‘crime e castigo’ nem “juízo e condenação”?… Ou, afinal, todos vamos ser iguais, seja qual for o bem ou o mal que tivermos praticamos e vivido nesta vida?… Ou será que vai ser assim, mesmo para aqueles humanos que causaram, neles próprios e/ou nos outros, os maiores males e perversões?…
A resposta é não, evidentemente, pois partimos da base de que a Justiça não pode faltar. É o que todos ‘pedimos’ sempre, não é?! E, além do mais, deveremos ter em conta que a Justiça é igualmente um dos atributos de Deus…
Por isso, é também impreterível – por ser de justiça – que, aqueles que chegarem, ou chegarmos, ao tal “dia e hora da Verdade”, imersos – consciente e livremente! – no Mal, teremos que pôr as coisas no seu lugar: “limpar” o que estiver ‘sujo’; “endireitar” o que estiver ‘torto’… Numa palavra, “purificar como se purifica o ouro no crisol”. É o que escreve o Apóstolo Paulo: “Mas, se a obra de alguém se queimar, perdê-la-á; porém, ele será salvo, embora como quem passa pelo fogo” (1Cor 3,15 )… Mas como será isso, máxime nos casos ‘mais graves’!?… Deus é que sabe! Até porque, a partir desse “instante” estaremos, já todos e cada um, na ‘outra margem’, isto é,numa “Outra Dimensão”, fora das «coordenadas espácio-temporais» que nos envolvem e determinam neste mundo… Ou seja, a justiça há de ficar a salvo, sem prejuízo de ninguém e para bem de todos!…
Porém, nunca devemos esquecer isto: a Misericórdia é, e será sempre, superior à Justiça! Di-lo a própria Sagrada Escritura, pelo Apóstolo Tiago: “Quem não pratica a misericórdia será julgado sem misericórdia. Mas a misericórdia está sempre acima da justiça e do julgamento”.(Tg 2,13).
Bem. Já ficou suficientemente claro que a liberdade humana deverá continuar sempre; até porque a sua supressão também não seria a solução para todos os males deste mundo (!?)…
Consequência disso, meus amigos, é que – antes ou depois, e com maior ou menor gravidade – continuarão a existir, no nosso mundo, males, guerras, catástrofes, barbaridades… que poderão ser a causa – além da nossa morte – também das nossas contínuas lamentações… Teremos de aprender a viver e conviver com esta realidade! E, sem nunca desesperar!
E aqui conectamos com o último parágrafo da nossa anterior reflexão. Ninguém pode nem deve pensar na possibilidade daquela conclusão (que apontávamos): «Afinal, para nós, isto não tem remédio(!); e, enfim, acabaremos todos – após tanto sofrimento e angústia – ‘num caos’ ou ‘num nada’!»… Pois não! Isso não!… Seria como esquecer (e já ficou afirmado) que esse Deus Criador, esse Ser Omnipotente, Omnisciente, Omnipresente e Eterno não pode falhar em qualquer uma de todas as maravilhas na Sua permanente Criação!!!
Porém, vamos lá à questão que agora interessa: Será que tantos seres humanos – afinal todos filhos de Deus, “gerados à sua imagem e semelhança” (Gn 1,26) – mas vítimas das suas liberdades mal-entendidas, deturpadas, abusadas… será que, quanto pessoas, estão perdidas sem remédio!?…
Já sabíamos – e os que temos fé o reafirmamos! – que existe um Além, mais importante e definitivo que o aquém(o presente), e que, portanto, «esta vida presente não termina, apenas se transforma…» (como nos lembra a Liturgia, na nossa Eucaristia). Podemos imaginar que, talvez muitos (?) desejariam que esta vida ‘acabasse de vez’ e não houvesse mais nada; isto pelas terríveis consequências de sofrimentos que elespreveem no seu futuro devido à sua má ou depravada (!) vida presente…
Mas não! Ela não pode terminar, já que a vida presente é, apenas e só, a primeira etapa dessa Vida (com maiúscula) que teve o seu início no instante em que fomos criados, “gerados”, pelo nosso Pai. (E se foi ‘infinitamente’ antes desse instante???). Quer dizer, “somos da natureza de Deus”, como afirmou Jesús (Jo 10,34.35 / citando Sl 82,6); e nós temo-lo já lembrado mais do que uma vez… Sendo assim, nunca poderemos deixar de existir!!!
Bom, mas aparece então, de novo, a grande questão de sempre: Como é que vai ser o Além para aqueles que, infelizmente, fizeram, nesta “primeira ‘etapa’ da Vida” e pelo mau uso da sua liberdade, todo o tipo de males ou perversões!?… Realmente, é a interrogação que muitos podem fazer relativamente a si próprios, ou a outrem… Bem, logo à primeira vista, a resposta a esta questão – para ser explicada satisfatoriamente – parece muito difícil, ou até impossível.
Porém – à luz da mesma Palavra de Deus, em Cristo, pelo Evangelho – a questão ficará esclarecida, graças a Deus! (Mas isto, na próxima reflexão).
[*] – NOTA INTERESSANTE (desde a Imagem). “TRANSFORMAR-SE” é sofrer uma«METAMORFOSE».Isto é: realiza-se uma “mudança profunda”, e não apenas na “forma”. O exemplo maravilhoso que nos apresenta a “Mãe-Natureza” (ou seja, o Criador) é perfeito, ‘espetacular’ (!). É o conhecido como «metamorfose das borboletas», com as suas 4 fases: ovo-larva-crisálida-imago (ou os seus nomes vulgares). Aqui, interessa-nos agora destacar o seguinte. A “passagem” de larva (‘lagarta’) para imago (‘borboleta’) através da crisálida (‘casulo’), é o exemplo perfeito (‘parábola’) de: a vida humana (‘lagarta’), a nossa morte (no ‘casulo’) e a Ressurreição-Vida do Além (na ‘borboleta’). Então, aquilo que nós chamamos “morte” é, apenas e só, «a passagem pelo ‘casulo’». Por enquanto, meus amig@s, nesta “vida terreal e mortal”, somos apenas (e com a melhor intenção!) uma espécie de “lagarta” ou “verme” ou “bichinho”… (cada qual escolha o que mais goste! :). Afinal, esta “fase” vai ser sempre “efémera”!
Podemos escolher qualquer um destes nossos dias – presentes, passados ‘e até futuros’(!) – e espreitar as notícias, reais ou falsas(‘fake news’), e verificamos como é que está “a saúde” do nosso mundo…
Encontraremos de tudo… Claro, sem esquecer tantas coisas boas, positivas, salvadoras… que, infelizmente, não aparecem nos “grandes titulares” (e, por vezes, também não nas “notícias breves”), mas que existem e existirão cada vez mais, graças a Deus!… Porém, acharemos, isso sim, notícias de catástrofes naturais e/ou provocadas (direta ou indiretamente) pela ação humana; acidentes de todo o tipo (em meios terrestres, aéreos, aquáticos…); guerras e/ou outras provocações bélicas; crimes, agressões, graves delitos, ‘maldades’ de todo o tamanho; vítimas de doenças y graves enfermidades; etc.
Por favor, ninguém pense que somos pessimistas (ou ‘negacionistas’) ou que pretendemos provocar a desesperança nem, pior ainda, a desesperação. Longe disso! Antes pelo contrário – como a seguir se verá – o que tentamos e desejamos, por cima de tudo, é abrir as mentes de todos (também as mentes mais ‘obcecadas’) para um realismo sincero e imparcial, mas sobretudo para uma esperança consciente e iluminada pelas convicções mais profundas nas pessoas que ainda não acharam a fé sobrenatural…
Então, agora sim, introduzimos já a palavra fundamental: Liberdade!
E digamos, antes de mais, que, nas nossas anteriores reflexões habituais, já foi ‘tocado’ este tema da liberdade, direta ou indiretamente…
Nenhum ser humano normal quer deixar de “ser livre antes e por cima de tudo”. Estamos cansados de escutar: Liberdade! Liberdade! Liberdade!… E quando alguém pretende tirar-nos a liberdade, ficamos revoltados e somos capazes de qualquer coisa! Pensamos que a liberdade, para nós, humanos, é a melhor e maior qualidade que temos e queremos conservar!
Tudo bem, sim senhor! Mas já pensamos, antes de mais, onde é que está a origem deste precioso atributo que nós temos e defendemos? – Acontece que nenhum ser humano imaginou, inventou ou criou para si mesmo esta qualidade; suponho que toda a gente reconhece isto!
Resulta evidente que quem imaginou e criou a Liberdade humana foi o Criador de Tudo. Esse Ser Omnipotente e Omnisciente que, apesar de Se esconder e ocultar em tudo e de todos pela sua Invisibilidade, este Ser é ‘o Maior’, ‘o Melhor’, e o mais Presente em Tudo (Omnipresente, também)!
Então, agora, pensemos e reflitamos – mesmo que já o tivermos feito alguma vez (?) – no facto seguinte: A causa e motivo do mal, e dos males, deste mundo é a Liberdade humana; sim, esse ‘sagrado(!) atributo’ a que nenhum humano queremos renunciar impunemente! …
Mas (uma vez que a presente reflexão alongou-se demais), esta questão interessante, e um tanto complexa, tem de ficar para a próxima (II).
Os «Santos Reis ‘Magos’» aparecem-nos, cada ano, para nos demonstrar, exatamente, que não é preciso irmos ‘a lugares longínquos’ para descobrirmos a nossa “estrela”. Eles souberam descobri-la, achá-la, na sua terra, nas suas casas, nos seus afazeres diários…! Embora – isso sim! – logo foi preciso segui-la fielmente por terras distantes, difíceis e ‘perigosas’(!?)…
Quer dizer, ninguém pense que é difícil encontrar a ‘sua estrela’ – a sua “vocação”–. Ela virá até nós, como no caso dos Magos do Oriente… Ora bom, depois, poderá ser difícilsegui-la!
Porém, se não tivermos abertos os olhos, os ouvidos, e principalmente o coração, claro que não vamos descobri-la. Ela pode passar por nós sem deixar rasto ou sinal. Tal como acontece com os Cometas que atravessam o nosso ‘espaço sideral’ quando lhes calha passar por nós, sem deixar rasto ou sinal, até que apareçam novamente seguindo a sua ‘rota periódica’ (?) …
Felizes, ditosos, os que estiverem assim, atentos, para descobrir “a sua estrela” quando lhes aparecer, e continuam a segui-la com fidelidade!…
E mais felizes ainda aqueles que tendo perdido a ‘sua primeira estrela’ (por circunstâncias diversas imprevisíveis-!-) têm a coragem e a persistência de procurar e encontrar “outra”, que certamente lhe estará destinada!… Há tantas ‘estrelas’ no firmamento das nossas possibilidades (desde que não demos ouvidos aos ‘maus agouros’!)… Importante é aprendermos a nunca desistir! Para isso temos a esperança!
E esta é a segunda lição que também nos trazem os “Santos Reis Magos”. Eles ‘perderam’ igualmente a “sua estrela” (‘o seu caminho’) ao passarem pela cidade de Jerusalém. Mas não desistiram. Antes bem, não pararam até a encontrarem de novo… E a sua recompensa foi chagar até ao “Rei dos Reis”!… Aprendamos!
Poderá ser este um«POSTAL de NATAL ‘DIFERENTE’» ? Distinto de todos?… Bem. Na realidade, todos os “Natais” são diferentes… E este ano (que agora se despede, para se ir embora…) trouxe-nos – e deixa-nos – «lições de vida», tal como todos os outros anos, de todos os tempos… No entanto, ‘as’ deste ano, talvez nos tenham parecido “lições” mais espantosas e imprevisíveis (embora, afinal, acabam por ser apenas diferentes das anteriores e das que virão)…
Precisamente, a nossa reflexão mais “persistente” nos últimos tempos (como muitos de nós teremos notado e observado) foi, exatamente, o sentido e o valor que o sofrimento – a cruz! – tem na nossa ‘vida’; ou melhor, na nossa “vida-Vida” (!).
Repentinamente (ou, pelo menos, isso pareceu-nos!), visitaram-nos, ao tempo que nos ‘surpreendiam’: ‘catástrofes’, ‘guerras’, ‘episódios sinistros’… que ‘nos tocam’, de perto ou de longe, mas que, em todo o caso, nos marcam ‘na pele’ do nosso espírito (?)…
Ora, a questão é esta: Na verdade, ‘tocam-nos’?… Ou, melhor dizendo, deixamo-nos “tocar” por elas?… Será que chegam a atingir a nossa vida real? Em que coisas?…
Acontece que (vivendo imersos nesta sociedade do bem-estar que, sem darmos por isso, torna-nos ‘egoístas’) existe o risco de ficarmos insensíveis e alheios a essas “realidades” que estão a reclamar, insistentemente, uma autêntica solidariedade: a queestá fundada no Amor…
Apesar de tudo – e precisamente por isso! – temos o exemplo ineludível do próprio DEUS-em-JESUS, que contemplamos anualmente neste ‘Tempo Natalício’, nesta Quadra de Natal, e não só… Deus faz-se “carne”, e se introduz no ‘mistério da Dor’, da Cruz, para mostrar e demonstrar, a todos, o que Ele é capaz de fazer e viver: desde esta ‘Incarnação’-Nascimento – tão pobre e humilde quanto real e autêntico! – e ao longo de toda a sua vida mortal… até chegar às últimas consequências “no patíbulo da Cruz”, em toda a sua crua e penetrante realidade(*).
Então, quem é que ousará pedir algo de “mais suave” na sua vida !?…
E tudo… para que nós, humanos, possamos continuar a desejar-nos, uns aos outros, na Verdade (e apesar das ‘cruzes’ na vida que continua!) os melhores desejos:
FELIZ NATAL-2024 e PRÓSPERO ANO-2025!
(25-12-2024)
(*).[Cf.: Relatos da Paixão de Cristo, nos 4 Evangelhos / O ‘facto’ mais “histórico”(!) da humanidade].
Movemo-nos, quase sempre, entre dois ‘polos’ de atração…
E é necessário “optar”, em todo o momento!…
O “Coração Imaculado de Maria”, precisamente no Dia da “Conceição Imaculada”!… Sempre o Coração, ou seja, o Amor!… Ainda mais e melhor, se em Tempo do Advento…
Temos um texto poético, dirigido à Mãe Imaculada:
«O que Eva nos perdeu tão tristemente /
Tu o devolves por teu fruto santo; /
p’ra que no Céu ingressem os que choram /
és Tu a porta daquel’ lado sacro» …
E a Palavra bíblica, a que alude o poema, é evidente:
“Um dos soldados traspassou-lhe o peito com
uma lança e logo brotou sangue e água…”(Jo 19,34).
Quer no ‘lado sacro’ do poema, quer no ‘peito’ da Palavra, aquilo que subjaz é: o mesmo Coração, o mesmo Amor;
o Coração do Filho e o da Mãe: o Amor de Cristo e o de Maria.
Deploramos e repetimos (neste nosso mundo frio) a ‘falta de calor e fogo’ que devia nascer nos nossos pobres corações!…
Apesar de estarmos rodeados, ‘inundados’, de ‘corações’(?),
permanecemos, porém, imersos nos ‘polos frios’ do mundo…
— Continua sempre, Mãe, a abrir-nos ‘esse lado’, o Coração do Filho; pois é aí que vamos encontrar sempre o Amor: o Amor d’Ele e o Teu, ó Senhora do Coração Imaculado, isto é, do Amor Puríssimo, sem nódoa de egoísmo nem pecado!
(08-12-2024)
// PARA outras REFLEXÕES, afins aos Tempos Litúrgicos, ABRIR o ‘BLOG’:
Olá a tod@s! É verdade que –neste mundo e vida terreal que depende das coordenadas ‘espácio-temporais’– tudo está submetido a mudanças constantes (uma das quais é ‘ter um princípio e um final’). Isto não deve estranhar-nos…
Mas para quê este ‘prelúdio filosófico’? Bom, pode ser uma maneira curiosa de iniciar este AVISO (!).
O nosso “Blog” («Palavra de Amor, Palavra») já não pode continuar no “formato” que teve até agora… por motivos óbvios. Poderá continuar – se Deus quiser! – noutros moldes (!?).
A pessoa responsável pela Publicação Semanal das tais “Reflexões sobre a Palavra”, por questões de idade e saúde, não pode continuar com essa tarefa, que tem funcionado durante onze anos (desde 2013) graças aos nossos “visitantes” e admiradores(?)…
Então, contando com a opinião de algumas das pessoas mais relacionadas com a criação e/ou continuidade do Blog, decidimos
que este ‘website’ (Blog) como tal, vai continuar entretanto “Ativo” (aberto):
—> Para consultar e/ou utilizar (copiar) o que já ficou escrito e/ou arquivado, no Blog, ao longo destes anos todos.
— Isto não obsta a que, doravante, possa aparecer, de vez em quando (já não periodicamente!) alguma publicação, feita por alguma(s) pessoa(s) (na posse do ‘URL’, password …) acerca de certos temas (direta ou indiretamente relacionados com a Palavra de Deus). Preferivelmente, tipo “reflexão curta”.
E é tudo. O nosso imenso agradecimento a tod@s @s ‘visitantes’ e/ou ‘utilizadores’ do nosso trabalho, e não só aos que manifestaram a sua gratidão de diversos modos… MUITO OBRIGADO a Tod@s!
– Sabemos, aliás, que todo o AT está cheio de alusões (“textos”) sobre “rei”(s) [‘humano(s)’ e ‘divino(s)’]…
Neste Salmo, logo no início, “o Senhor-Deus” é proclamado como “rei num trono de luz”. Todo o resto do salmo são consequências, isto é, os “atributos” –causas e efeitos ao mesmo tempo– da sua “Realeza”…
– Assim: “revestido de majestade e cingido de poder”; “é firme o seu trono desde sempre”; “existe desde toda a eternidade”; [“mais forte que o bramido e o fragor dos mares… mais forte é o Senhor lá nas alturas”]; “os seus testemunhos são dignos de toda a fé”; “a santidade habita na sua casa, por sempre”…
– Todavia, devemos refletir e meditar nesta questão… Antes de mais é preciso aceitar que, se ‘algo’ é tão antigo como a humanidade, isso é a ‘figura do rei/rainha’… Desde as tribos mais primitivas, houve alguém (homem/mulher) que surgia, e era aceite, como chefe, ‘líder’, responsável, guia, do(s) grupo(s)…
– Esta(s) ‘figura’(s)… acabaram por originar, através da história, a(s) realeza(s), nas suas diversas formas e ‘matizes’, até chegar ao que hoje chamamos globalmente ‘monarquia’(s). Contudo, esta realidade nada tem a ver com a(s) ‘política’(s). (Ex.: monarquia?,república?, outras formas de governo…) (!?).
– É que, neste tema, estamos num outro nível, numa outra “dimensão”. Cristo mesmo, deixou-o bem claro, ante a pergunta de Pilatos: “Logo tu és Rei? Jesus responde: «É como dizes: Eu sou rei!…»”. E já tinha Ele esclarecido (no versículo anterior): “«A minha realeza não é deste mundo!…»”.(Jo 18, 36-37).
>> «NOSSA SENHORA dos CONTINENTES e das NAÇÕES (dos Países, das Pátrias)»
=‘Títulos’/‘Invocações’/(‘Piropos’) de Nossa Senhora. Países com «Título Mariano ‘Nacional’» conhecido(!?).
[Seguindo a ordem dos Continentes (de menor a maior número ‘dos seus Países’ com ‘título Nacional’):
«Um rei, que nasceu para isso…». E ainda, «Um reino, o seu, que não é deste mundo…». Mas que história é esta(!?) E se, para mais, é afirmado e proclamado numa outra parte que: “Podem passar – e passarão – o céu e a terra, mas as minhas palavras não podem passar” (Mt 24,35). Aliás, tal como “o seu poder e o seu reino que, igualmente, não podem passar porque são eternos”! Isto tinha sido já anunciado no AT (Dn 7).
Mas nós, os humanos, continuamos à procura da Verdade, por diversos modos e caminhos; embora, em muitos casos, ela, a Verdade, não aparece. Porquê? É que, nesta procura, estamos cheios de palavras, sejam daquelas que leva o vento; ou das outras, que não se cumprem (mesmo ‘com juramentos’!); ou daquelas em que ninguém confia (exatamente por isso)!… E assim, poderão (ou poderemos) ‘buscar e buscar’… durante a vida toda; mas ela – a Verdade – para muitos, não aparece em toda a vida… Isso sim, surgirá, de súbito, ao “fim do mundo”! Como? – Sim, no fim da vida mortal de cada um de nós (como víamos na Reflexão anterior!).
Então, deveríamos interrogarmo-nos muitas vezes – no mais íntimo –: A ‘verdade’ que procuramos, terá a ver com esse Reino, e com esse Rei que “viveu neste mundo para dar testemunho da Verdade”? Ou andamos à procura (‘buscando, buscando’) outras verdades, outros reinos, outros reis?… Porém, não teremos desculpa, já que podíamos, e não quisemos(?), “escutar a voz (a Palavra) de Jesus”. Teríamos “sido da verdade”!(Jo 18).
«Claro que sim, Mãe, Nossa Senhora do Pilar, que desde o primeiro instante escutaste a Palavra do Senhor: Senhora da Palavra e, portanto, Senhora da Verdade! Tu que – também desde os inícios – quiseste assistir e acompanhar a Igreja nascente de Jesus. Tu que, para sentirmos a segurança e a firmeza da Verdade do Teu Filho, quiseste deixar-nos “um pilar”, que permanece “firme”; como “as palavras d’Ele, que não passarão”!… Mãe, que na vida, aprendamos a “transformar” os tempo em Eternidade. (Seria a metamorfose final!).
NOTAS COMPLEMENTARES:
( —Ver – em baixo – NOTA Informativa )
1-] Nossa Senhora do Pilar (Saragoça-Espanha). Ou “La Virgen del Pilar” (em espanhol). É o primeiro e mais antigo dos Títulos (Invocações) de Maria (~ano 40 d.C.!). Mas, além desta singularidade, não deixa de ser interessante e curiosa a sua história-tradição. Para já, partimos da realidade presente do seu Santuário (na sua origem, uma humilde capelinha): com a atual categoria de «Catedral-Basílica do Pilar», que se ergue à beira do rio Ebro (‘Íbero’), na cidade de Saragoça (a romana ‘Cæsaraugusta’). Partindo deste facto, constatado historicamente desde a sua origem romana, foi-se construindo a História (não isenta de uma rica tradição, como aliás, na maior parte das Invocações Marianas, como sabemos). Para já, esta Aparição de Maria, naquela ‘primordial’ data, é considerada como uma “bilocação” (=‘dois lugares’ ao mesmo tempo), dado que Maria (ainda viva em carne mortal em Jerusalém, e apenas alguns anos após a Ascensão de Jesus) fez-se presente (“Apareceu”) na Hispânia Romana, onde se encontrava o Apóstolo Santiago Maior (que seria depois «o de Compostela») pregando o Evangelho naquelas terras junto do rio Íbero (Ebro). Um tanto desanimado pelos escassos frutos na sua difícil missão, a Mãe de Jesus e nossa Mãe dignou-se “visitá-lo”, trazendo consigo (‘por mãos de Anjos!’) a pequena imagemsua e um pilar (toda Ela envolta numa ‘coluna de luz´). Ao tempo que o animava, disse-lhe para construir um pequeno templo… A Imagem, é uma estátua em miniatura – de Maria com o Menino Jesus – acompanhada de uma coluna, esta, de uma matéria “estranha” (~jaspe?). [*]… Mas é curioso registar um dado: Numa “visão” que, muito tempo depois, teve uma freira alemã, Anna Catarina Emmerich (1774-1824) ficou confirmada esta Aparição (‘Visita’?)… De todos estes vinte séculos de história do Santuário, que por falta de espaço não podemos nem sequer resumir, ficaremos ainda com um dado: Já no século IV, é atestada, naquela região, a presença de imagens votivas colocadas em “colunas” ou “pilares”… [Porém, quem tiver interesse, é fácil encontrar informações – e curiosidades – através dos vários meios de pesquisa que hoje existem]. Sim, porque uma coisa é certa e inegável: Tendo cruzado 20 séculos, “o Pilar” mantém-se “Firme”! Aí estão os registos da sua história. O ‘Pilar’ viveu de tudo: guerras… atentados… incêndios…: ‘ELA’ aí está!… Bom, mas concluindo: Esta «Senhora do Pilar» (com Festa: 12 de Outubro), além de ser a mais antiga das ‘Invocações’ de Maria – venerada como tal em todo o mundo católico – é tida como especialpadroeira da hispanidade (conjunto de países e povos de cultura e língua hispânicas, que ‘também sofrem’…!).
[*] – A Estátua: 36,5 cm; o Pilar: 1,8 m. Desde há vários séculos, este Pilar é ‘Vestido’ – diariamente! – com ‘Mantos oferecidos’; mantos esses que são todos “diferentes” e formam uma ‘Coleção’, iniciada no ano 1504, que atualmente consta de mais de 450, de todas as cores e feitios!
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— NOTA Informativa: Há um ano atrás, com a graça de Deus, iniciávamos as “Visitas” aos Santuários Marianos (através das nossas Reflexões); o primeiro: Santuário de Fátima, por ser, na opinião geral, o mais importante dos ‘Santuário modernos’ – já que é considerado também «o Altar do Mundo» (na expressão de alguns Papas) –; e findamos o Ciclo com esta última ‘Visita’: o Santuário do Pilar, por se tratar do primeiro e mais antigo entre os Santuários de Nossa Senhora e Mãe (como se acaba de ver). Portanto, quanto ao primeiro e ao último, foram esses os motivos e a intenção inicial… Para todos os outros, “a ordem” foi surgindo de acordo com diversos motivos: além da importância (embora discutível!), intentando sobretudo, abranger a maior parte das Regiões – geográficas e étnicas – do Globo Terrestre, para, deste modo, sentirmo-nos representados todos! Mas há muitos mais Santuários, g.a.D.! «Bendito seja Deus e Sua Mãe Santíssima» (que também é nossa Mãe!), como diz o povo fiel.
— Este próximo Ciclo, C (do Ano Litúrgico), cá estaremos, se Deus quiser, mas mudando o ‘estilo’ (como cada ano).
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2-] Mamey (Pouteria sapota). Também chamada Sapote (ou mamey sapote) é uma árvore originária (nativa) de América Central e as Caraíbas (portanto, zonas tropical-norte e subtropical, da América). A palavra mamey provém de “mamí”, termodo taíno, uma língua pré-colombiana das Antilhas. É uma planta arbórea de grande porte, de folha perene, pertencente à família Sapotaceæ (dentro da ordem Ericales), e pode atingir uma altura de 15 a 45 m!. Encontra-se tanto na forma selvagem como cultivada. As folhas (4-10 cm de comprimento) crescem, en ‘cachos circulares’, nas pontas dos ramos. O fruto é do tipo “baga”, de forma ovoide [Ø=15-20 x 10-15 cm (~melão-pequeno)]; casca (‘exocarpo’) de cor trigueira, e textura um tanto áspera. A parte comestível, polpa (‘mesocarpo’) é carnosa, doce (mas com mistura de vários sabores!); a cor varia, desde rosada à vermelha (geralmente, cor ‘salmão vibrante’). Utilização alimentar: consumida em cru (ao natural); ou elaborada: em batidos, sorvetes, marmeladas, geleias… Conteúdo químico-nutricional: excelente fonte de vitamina B6 e vitamina C; boa fonte de vitamina E, riboflavina, niacina; e contém: manganésio, potássio e fibra dietética; em frutos maduros: contém ‘novos’ carotenoides …
3-] ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE,Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões (os primeiros e últimos):[Para ver na íntegra: cf. ‘link’do Blog (arquivo de TODAS as REFLEXÕES) que vai sempre no fim].
— 1. DE FÁTIMA (Europa / Portugal). // 2. DE GUADALUPE (América / México). // 3. DE LURDES (França). // 4. DE APARECIDA (Brasil). // 5. DE KIBEHO (África / Ruanda). // 6. DE AKITA e NAJU (Ásia / Japão e Coreia do S.). // 7. AUXILIADORA (Oceânia / Papuásia e Austrália). // [ … ] // 52. AUXÍLIO DOS CRISTÃOS (Filippsdorf – República Checa). // 53. DO SAMEIRO (Braga-Portugal). // 54. DE SHE SHAN (Xangai-China). // 55. DE SIRACUSA (Itália). // 56. DE VERVIERS (Bélgica). // 57. DE MANTARA (Harissa-Líbano). // 58. DE ALTÖTTING (Baviera-Alemanha). // 59. DE WU FUNG CHI (Taiwan). // 60. DO PILAR (Saragoça-Espanha). // PARA outras REFLEXÕES AFINS:http://palavradeamorpalavra.sallep.net
– Para alguns autores, este Salmo (individual) – de plenaconfiança em Deus – pode ter sido escrito por “um convertido à fé em Javé”. E assim, é natural que ele rejeite[como se vê noutras partes do salmo não transcritas aqui (Cfr. Sl 15, 3-4)] todas as outras divindades (‘ídolos’), falsos deuses (sem existência real).
– Aliás, o esquema do orante, através do seu salmo – de confiança! – move-se entre sentimentos de tristeza e de ternura, próprios de uma Elegia (poema lírico que dá título a este Salmo). Começa por pedir ao Senhor, em Quem confia, que “o guarde e o defenda” porque Ele é “sua esperança” e “seu refúgio”.
– Continua descrevendo alguns dos “atributos” do Senhor – já experimentados por ele – e que são a base e os motivos da sua confiança: “Tu és a porção da minha herança e do meu cálice, está nas tuas mãos o meu destino”…
– E, logo a seguir, manifesta os efeitos dessas realidades na sua pessoa e na sua vida: “O meu coração se alegra, a minha alma exulta, e até o meu corpo descansa tranquilo”…
– Tanto assim, que ‘se atreve’ a afirmar: “Tu não abandonarás a minha alma na mansão dos mortos, nem deixarás o teu fiel sofrer a corrupção. Dar-me-ás a conhecer os caminhos da vida, alegria plena na tua presença…”. O que não deixa de ser ‘ousado’, em tempos (AT) em que ‘a fé no Além’ era muito rara (!).
>> «NOSSA SENHORA dos CONTINENTES e das NAÇÕES (dos Países, das Pátrias)»
=‘Títulos’/‘Invocações’/(‘Piropos’) de N. Senhora. Países com «Título Mariano ‘Nacional’» conhecido(!?).
[Seguindo a ordem dos Continentes (de menor a maior número ‘dos seus Países’ com ‘título Nacional’):
21 Março, 2025
«A MISERICÓRDIA… ACIMA da JUSTIÇA!»
Luis López A Palavra REFLETIDA
«A MISERICÓRDIA… ACIMA da JUSTIÇA!»
Iniciamos hoje com a transcrição de um breve trecho – uma interrogação – que aparecia no final da nossa anterior Reflexão, do mês passado (22-02-25):
“Aparece a grande ‘questão’ de sempre: Como é que vai ser “o Além” para aqueles que, infelizmente, fizeram, nesta “primeira ‘etapa’ da Vida” e pelo mau uso da sua liberdade, todo o tipo de males ou perversões!?… Realmente, é a interrogação que muitos podem fazer relativamente a si próprios, ou a outrem…”.
E aqui entra a questão da justiça e, portanto, do possível castigo.
Entramos, assim, numa outra questão consequente, da qual muitos tentam fugir, ou não querem lá saber. É esta: Será que existe isso que se costuma chamar ‘inferno’, ou pior ainda, ‘inferno eterno’, mas que, seja como for, é preferível ignorar e esquecer?…
Acontece que muitos (teólogos ou não) podem defender, ou negar, a sua existência, mas ficando por aí, sem entrar em mais questões, principalmente no que diz respeito ao significado do termo ‘infinitude’ (‘para’ sempre, só num sentido)e do termo ‘eternidade’ (‘desde’ e ‘para’ sempre, nos dois sentidos)…
Quanto a nós (?), não vamos entrar nessas ‘dialéticas’. O nosso raciocínio irá no sentido de fazer algumas afirmações – pela positiva! – a começar por deixar bem claras as convicções ou verdades seguintes. E logo, cada qual decida (!).
A primeira e mais importante é: Só pode ser Eterno (que é muito mais do que infinito) Deus, o Amor, a Bondade… Ou, também, tudo o que se considera essencialmente Bom, Positivo, Vital… Isto, por uma razão muito simples: tudo o que é ‘oposto’ (Mal, Negativo, Mortal…) não tem existência em si mesmo.
Vejamos o porquê, com alguns exemplos. O mal é só a ausência do Bem; o negativo é a ausência do Positivo; a morte é ausência da Vida; e assim por diante… Do mesmo modo que – na Física – o frio é só a ausência de Calor; a treva é apenas a ausência da Luz... Ou seja, o negativo não existe!
Por consequência, o inferno… (qual outras coisas semelhantes) não pode existir como tal, e menos ainda ser eterno. Quando, nas Escrituras, apareçam expressões como ‘infinito’, ‘não terá fim’ ou ‘será eterno’… referidas ao Mal (direta ou indiretamente) haverá que ter em atenção a tendência a exagerar que temos os humanos (mormente aquelas culturas “orientais”, em cujo seio nasceu a Bíblia)…
Mas talvez já tenhamos reparado que estas realidades ou verdades – que estamos a constatar e declarar – têm a sua razão de ser e o seu fundamento (nada mais e nada menos!) no Amor e na Misericórdia de Deus… que – estes sim – são Eternos!
Porém, levanta-se então uma complexa sequência de questões (?):
Será que, então – e amparados nessa Infinita Misericórdia Divina – já não vai haver ‘crime e castigo’ nem “juízo e condenação”?… Ou, afinal, todos vamos ser iguais, seja qual for o bem ou o mal que tivermos praticamos e vivido nesta vida?… Ou será que vai ser assim, mesmo para aqueles humanos que causaram, neles próprios e/ou nos outros, os maiores males e perversões?…
A resposta é não, evidentemente, pois partimos da base de que a Justiça não pode faltar. É o que todos ‘pedimos’ sempre, não é?! E, além do mais, deveremos ter em conta que a Justiça é igualmente um dos atributos de Deus…
Por isso, é também impreterível – por ser de justiça – que, aqueles que chegarem, ou chegarmos, ao tal “dia e hora da Verdade”, imersos – consciente e livremente! – no Mal, teremos que pôr as coisas no seu lugar: “limpar” o que estiver ‘sujo’; “endireitar” o que estiver ‘torto’… Numa palavra, “purificar como se purifica o ouro no crisol”. É o que escreve o Apóstolo Paulo: “Mas, se a obra de alguém se queimar, perdê-la-á; porém, ele será salvo, embora como quem passa pelo fogo” (1Cor 3,15 )… Mas como será isso, máxime nos casos ‘mais graves’!?… Deus é que sabe! Até porque, a partir desse “instante” estaremos, já todos e cada um, na ‘outra margem’, isto é,numa “Outra Dimensão”, fora das «coordenadas espácio-temporais» que nos envolvem e determinam neste mundo… Ou seja, a justiça há de ficar a salvo, sem prejuízo de ninguém e para bem de todos!…
Porém, nunca devemos esquecer isto: a Misericórdia é, e será sempre, superior à Justiça! Di-lo a própria Sagrada Escritura, pelo Apóstolo Tiago: “Quem não pratica a misericórdia será julgado sem misericórdia. Mas a misericórdia está sempre acima da justiça e do julgamento”.(Tg 2,13).
(21-03-2025)
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