
“«Não acrescentareis nada ao que vos ordeno, nem suprimireis coisa alguma, mas guardareis os mandamentos do Senhor vosso Deus, tal como eu vo-los dou»”. [Dt 4,2 (1ªL.)].
“Acolhei docilmente a palavra em vós plantada, que pode salvar as vossas almas. Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, o que seria enganar-vos…”. [Tg 1,21-22 (2ªL)].
“Na verdade, os fariseus e os judeus em geral… seguem muitos costumes a que se prenderam por tradição… «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas…»”.[Mc 7,3-4 (3ªL)].
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E o que é que acontece quando essa Palavra – sempre antiga e sempre nova – tenta ser manipulada ou deturpada (por gente antiga ou gente nova, tanto faz) apesar de, inicialmente, ser identificada e aceite como palavra Divina?…
Quando nas Escrituras sagradas mais antigas se alerta para o risco que supõe “acrescentar” ou “suprimir”, qualquer coisa que seja, naquela “palavra-lei”, é porque o autor sagrado conhece, por um lado a fraqueza humana e por outro, a tendência – também humana – para manipular o que nasce puro da boca de Deus…
Isto pode acontecer – infelizmente! – sempre que, numa atitude farisaica, disfarçamos uma Lei, que é divina, com mil emendas, concertos, reparos, ‘máscaras’, inúmeros “costumes de tradição”… de maneira que já não se consegue encontrar o sentido original, e “fica apenas nos lábios o que devia estar no coração”. Ou, então, fica “apenas nos ‘ouvidos ouvintes’ o que devia passar e permanecer na ‘vida vivida’, sempre”.
Sim, era tão simples e verdadeira aquela ‘original’ Palavra de Amor que, após ter sido ‘multiplicada’ e ‘pervertida’ de mil maneiras – por incontáveis “preceitos humanos”! – teve que vir o Filho de Deus, Jesus, a transformar aquela “palavra inicial” no «seu mandamento novo e único do Amor»: “Amai-vos uns aos outros para Amar a Deus… tal e qual como Eu vos amo sempre”… E foi restabelecida a ‘metamorfose’ Divina!
« Ó Senhora e Mãe dos humanos pecadores, Nossa Senhora das Lágrimas, que não Te cansas de nos lembrar, uma e mil vezes, ‘mesmo a chorar’, que estarás sempre connosco – junto com o teu Filho Jesus! – para nos acompanhar, compadecer, aconselhar, perdoar… E assim, ó Mãe, ficou escrito na tua «Medalha» isto que nós agora rezamos: «Ó Virgem Dolorosa, as Tuas Lágrimas derrubem o império infernal! / Por Tua Mansidão Divina, ó Jesus Manietado, salva o mundo do erro que o ameaça!».
NOTAS COMPLEMENTARES:
1-] Nossa Senhora das Lágrimas (Campinas/Brasil). É uma das Invocações da Virgem Maria, que teve a sua origem nas aparições recebidas [apenas uma dúzia de anos após as Aparições de Fátima!] pela Irmã Amália de Jesus Flagelado, na capela do convento do Instituto das Missionárias de Jesus Crucificado (na cidade de Campinas-Estado de São Paulo). De nome de batismo Amália Aguirre, a futura religiosa missionária nasceu em Riós (na Galiza, Espanha), junto à fronteira com Portugal… A família teve de emigrar para o Brasil quando ela tinha 18 anos (1919)… Querendo ser religiosa, fez parte do grupo de primeiras irmãs e foi cofundadora do Instituto, já mencionado, Missionárias de Jesus Crucificado. Agraciada com o fenômeno dos sagrados “estigmas” de Nosso Senhor Jesus Cristo, as várias Aparições e revelações foram a partir do ano 1930… O fundamental das «mensagens» (de Jesus e de Maria) pode ser resumido nestas linhas. – De Jesus [‘Manietado’]:«Minha filha, o que os homens Me pedem pelas lágrimas da Minha Mãe, Eu amorosamente o concedo…». – De Maria [apresentada como ‘Senhora das Lágrimas’, ao lhe fazer entrega da ‘Coroa (ou Rosário) das Lágrimas’]: «Este é o Rosário das Minhas lágrimas, que alcançará a conversão de muitos pecadores, especialmente dos “possuídos pelo demônio”… e que derrotará o espírito maligno, destruindo o poder do inferno…». Em duas ocasiões diferentes (1931 e 1934) foi reconhecida “a autenticidade” das aparições e mensagens, junto com as Orações da Coroa (Rosário) de Nossa Senhora das Lágrimas, pelo Bispo de Campinas (Dom Francisco de Campos Barreto)… E, já neste séc. XXI, coincidindo com o Centenário das Aparições de FÁTIMA (2017), o missionário católico português, Renato Carrasquinho, tornou pública a fundação da Associação de fiéis católicos, com o título de «Apostolado Internacional de Nossa Senhora das Lágrimas».
2-] Goiabeira (Psidium guajava). Pequena árvore frutífera tropical, semidecídua (meio-caducifólia), de até 6 m de altura. Pertencente à família Mirtaceæ é nativa das zonas tropicais do continente Americano, considerando-se originária da zona Amazónica (no Brasil ocorre espontaneamente), embora estendida amplamente por todas as zonas tropicais do planeta, principalmente do continente Asiático. Conhecida por muitos nomes vulgares, é muito cultivada para a produção do fruto (a goiaba) em pomares domésticos ou comerciais. Apresenta-se sob três variedades importantes, todas elas cultivadas e comercializadas, partindo de diversificados e abundantes cultivares… Os frutos (do tipo ‘bagas’) amadurecem no verão e são, externamente, amarelos ou verdes, de casca rugosa, mas com polpa suculenta doce-acidulada aromática; polpa esta que se apresenta sob várias cores (branca, rósea, avermelhada ou arroxeada) e com muitos “caroços” (sementes). A produção e comercialização mundial desta fruta distribui-se por vários países, pertencentes sobretudo a dois continentes: Ásia (Índia, China, Tailândia, Paquistão, Indonésia, Bangladesh, Filipinas…) e América (México, Brasil…); e, de África, apenas Nigéria.
3-] Os ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões, até ao presente, são, por esta ordem: [O ‘link’do Blog – arquivo de todas as REFLEXÕES – vai sempre no fim].
— 1. DE FÁTIMA (Europa / Portugal). // 2. DE GUADALUPE (América / México). // 3. DE LURDES (França). // 4. DE APARECIDA (Brasil). // 5. DE KIBEHO (África / Ruanda). // 6. DE AKITA e NAJU (Ásia / Japão e Coreia do S.). // 7. AUXILIADORA (Oceânia / Papuásia e Austrália). // 8. DO CARMO (Israel e Inglaterra). // 9. DAS NEVES (Itália). // 10. DOS POVOS (Holanda). // 11. DAS GRAÇAS (França). // 12. DE CZESTOCHOWA (Polónia). // 13. DE COROMOTO (Venezuela). // 14. DE LIPA (Filipinas). // 15. DA CANDELÁRIA (Espanha). // 16. DE KNOCK (Irlanda). // 17. DE BEAURAING (Bélgica). // 18. DE LORETO (Itália). // 19. DO ROSÁRIO (França). // 20. DE LUJÁN (Argentina). // 21. DE ZEITOUN (Egito). // 22. DA CRUZ / DE HERFORD (Alemanha). // 23. DA BOA SAÚDE (Índia). // 24. DE KAZAN (Rússia). // 25. DE WALSINGHAM (Inglaterra). // 26. DE LA SALETTE (França). // 27. DE CARAVAGGIO (Itália). // 28. DE BANNEUX (Bélgica). // 29. DE SILUVA (Lituânia). // 30. DE CUA (Venezuela). // 31. DE CUAPA (Nicarágua). // 32/33. DA CHINA (Donglü-Hebei). // 34. EM JERUSALÉM (Israel/Palestina). // 35. DE LA VANG (Vietname). // 36. DE NECEDAH (Wisconsin-USA). // 37. DE HEDDE (Alemanha). // 38. DE TRÉ FONTANE (Itália-Roma). // 39. DE CALANDA (Espanha). // 40. DE GUNADALA (Índia). // 41. DE ÁFRICA (Argélia e Ceuta). // 42. DE LICHEN (Polónia). // 43. DO BOM SUCESSO (Quito/Equador). // 44. DA ARÁBIA (Kuwait e Bahrein). // 45. DAS LÁGRIMAS (Campinas/Brasil). //
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30 Agosto, 2024
« “VIVER NA TUA CASA, PAI …”- NÃO É O QUE PARECE! »
Luis López A Palavra REFLETIDA
— 45.B3 – Domingo 22 – T. Comum / “A Palavra” (“Salmos R.”) refletida, ao ritmo Litúrgico —
« “VIVER NA TUA CASA, PAI …”– NÃO É O QUE PARECE! »
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== [Do ‘Salmo Responsorial’]: «Quem viverá na tua casa? Ensina-nos, Senhor!». “O que vive sem mancha e pratica a justiça e diz a verdade no seu coração. Quem guarda a sua língua da calúnia, e não faz mal ao seu próximo, nem ultraja o seu semelhante… O que olha com desprezo o ímpio mas estima os que amam o Senhor. Quem não falta ao juramento mesmo em seu prejuízo. E o que empresta dinheiro sem usura… Quem assim proceder jamais será abalado”.(Sl 14,1-5) ==
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– Todo o ser humano (!) tem, no mais profundo do seu ser, uma sede infinita de Felicidade: já em todo o momento e, principalmente, como projeção de Eternidade. Foi gerado assim. Portanto, há de tentar, por todos os meios, conhecer o que é preciso “fazer e não fazer” para conseguir este objetivo Vital.
– Claro que, no nosso estado atual – ‘espácio-temporal’ – só podemos imaginar esse estado de Felicidade, dentro de um ‘lugar’ (“casa, santuário, monte santo”, na linguagem do Salmo) e também durante um ‘tempo’ determinado… Sabemos, porém, no fundo, que o estado definitivo já não tem espaço nem tempo.
– Então, para poder habitar nesse lugar (“viver na tua casa, Senhor”) queremos conhecer igualmente os requisitos, as exigências que é preciso observar, cumprir, viver (quer dizer, o tal “fazer e não fazer”) para conseguir entrar e permanecer nesse estado (lugar, espaço, “casa”)… É isso que o Salmo vai contando.
– É como se o salmista pedisse: – «Ensina-nos, Senhor, quem é que pode habitar na tua casa?» E o Senhor respondesse, primeiro de modo mais direto, assim: — Aquele que tenta: “viver sem mancha”; “praticar a justiça”; “dizer a verdade de coração”; “guardar a língua da calúnia”; “emprestar sem usura”…
– Ou então, contrapondo o ‘bem’ e o ‘mal’, deste modo: — Quem procura: “não fazer mal ao seu próximo nem ultrajar o seu semelhante”; “admirar e imitar os que amam o Senhor, mas afastar-se sempre dos que são ímpios”; “nunca faltar ao juramento mesmo em prejuízo próprio”…
– De tal maneira, que o orante do Salmo pode concluir: “Quem assim proceder jamais será abalado”!
>> «NOSSA SENHORA dos CONTINENTES e das NAÇÕES (dos Países, das Pátrias)»
– ‘Títulos’/‘Invocações’/(‘Piropos’) de N. Senhora. Países com «Título Mariano ‘Nacional’» conhecido(!?). [Seguindo a ordem dos Continentes (de menor a maior número ‘dos seus Países’ com ‘título Nacional’):
1-Oceania… 2-Ásia… 3-Europa… 4-América… 5-África…] –
Nossa Senhora da ÁFRICA:
Nossa Senhora do Ruanda (‘Nossa Senhora das Dores’ – em Kibeho).
Nossa Senhora do Uganda (‘Senhora Rainha da Paz’ – em Kiwamirembe).
Conheces, Mãe, melhor do que ninguém, a vida difícil e os sofrimentos destes países irmãos.
“Terra de mártires” por viver e defender a Verdade, ó ‘Senhora das Dores’, Rainha dos Mártires:
Abençoa e acompanha, com amor materno, esse fervor exemplar dos cristãos destas terras;
que acabem de vez as guerras e as suas terríveis consequências, ó ‘Senhora Rainha da Paz’!
Com toda a razão, Mãe, invocam-te e te proclamam como Senhora das Dores e Rainha da Paz:
nós queremos acompanhá-los, para também aprendermos a superar a Dor e a viver na Paz.
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