«É ‘UNIDADE’?, É ‘COMUNIDADE’?,… – É TRINDADE!!!» [I]
“Anda na minha presença…”, é o que Deus disse a Abrão e a nós (em Gn 17,1) (*). Mas também lemos (no Salmo 16(15),8) o que diz o próprio salmista: “Deus está sempre na minha presença…”, e neste caso somos nós a referir-nos a Deus. Ou seja: “Nós na presença de Deus” e “Deus na nossa presença” (!). Coisa interessante, admirável, maravilhosa!…
Então, se na verdade nos sentimos assim envolvidos e penetrados por Deus (nessa “essencial presença”) podemos interrogar-nos acerca de qual é – o qual deveria ser! – a nossa atitude a respeito de Deus; de esse Deus que é, em Si mesmo, Família-Comunidade, pelo facto de ser «Deus Uno e Trino»…
Nessora, será que algum ser humano poderá cair na tentação (‘asneira’) de substituir e ‘trocar’ este Deus – admirável, único, supremo… Amor! – por qualquer outro ‘deus-ídolo’, no decorrer da sua vida? Será alguém capaz?…
Pois foi mesmo! Sim. Tantas vezes, ao longo da sua história, o homem – o ser humano – ‘criou e continua a criar’ deuses (‘ídolos’) à sua própria imagem; e, claro, com todos os defeitos humanos!…
Mas a Divindade nunca pode mudar para ser como a imagem do homem… É exatamente ao invés: O homem é que «foi criado (e deveria ser transformado se não o estiver!) à imagem e semelhança de Deus» (com as qualidades e virtudes d’Ele!)…
Quer dizer, no caminho da nossa vida, não se trata de “conquistar” seja lá o que for; e, ainda menos, de “construir” ou “criar”…
Trata-se, apenas e só, de DESCOBRIR e SABOREAR o que já foi ‘criado’, ‘construído’, ‘conquistado’; e que já existe em nós e para nós: Ou seja, DEUS!
Porém, nunca esqueçamos «a cruz», pois sabemos muito bem, na teoria e na prática, que «ela» nos visita com alguma frequência (para não dizer que ‘nos acompanha’) no caminho da nossa tarefa vital…
Em definitivo, tratar-se-á – apenas e só ! – de “Descobrir e Saborear” DEUS!
Esta é, então, a nossa tarefa fundamental nesta vida terrena… E, por consequência, há de ser a nossa Feliz Ocupação na Vida Eterna!…
E, quando ‘chegar’ esta vida-VIDA, quando se “abrir” a ETERNIDADE… então acabará o meu ‘eu’, e o ‘tu’, e o ‘ele’… E já só EXISTIRÁ o NÓS. Esse grande e único NÓS – D E U S – que é integrado por todos os “eus” – possíveis e impossíveis, passados e futuros –. Todos, já que, nessa altura em que ‘desaparecem’ os ‘eus’ individuais, continua a existir a “pessoa”, única e irrepetível – de cada qual! – num eterno e ‘mutável’ PRESENTE, não estático mas dinâmico, e em contínuo “movimento” (!?). Mas isto, como se explica?
Bom. Parece que o ser humano pode ser considerado como integrado por duas ‘dimensões’: a dimensão como pessoa (que é a essencial) e a dimensão como indivíduo (que é a acidental). Esta dimensão ‘individual’ desaparecerá no instante em que «se inicia (!?) a eternidade», porque é incompatível com a tal “inserção” no Deus Trindade. Porém, a dimensão “pessoal” – como “pessoa” – ficará ‘imersa’ na Divina Trindade à semelhança das três “Pessoas” divinas (sempre utilizando a ‘linguagem humana’ espácio-temporal) …
E esta poderia ser a nossa tentativa de idealizar, conceber e ‘entender’(?) – desde o ‘aquém’ – o incompreensível Mistério do DEUS-TRINDADE! (15-06-2025)
(*)– Aliás, esta ‘passagem’ bíblica nos brinda a oportunidade repararmos na “mudança de nome”, que, em muitas pessoas, acontece na Bíblia (já desde o AT). Aqui, trata-se da personagem bíblica, considerada “o Pai de todos os fiéis monoteístas”(=crentes “num só” Deus). Repare-se que este “amigo” de Deus aparece primeiro com o seu nomeoriginal, ‘Abrão’(!), que tinha anteriormente (Gn 17,1). Mas (cinco versículos após) a partir de (Gn 17,5) já se verifica que é o próprio Deus quem lhe muda o nome, de ‘Abrão’ para “Abraão”(!)(=‘Abraham’), com o ‘significado’ que lá se explica.
15 Junho, 2025
«É ‘UNIDADE’?, É ‘COMUNIDADE’?,… – É TRINDADE!!!» [I]
Luis López A Palavra REFLETIDA
«É ‘UNIDADE’?, É ‘COMUNIDADE’?,… – É TRINDADE!!!» [I]
“Anda na minha presença…”, é o que Deus disse a Abrão e a nós (em Gn 17,1) (*). Mas também lemos (no Salmo 16(15),8) o que diz o próprio salmista: “Deus está sempre na minha presença…”, e neste caso somos nós a referir-nos a Deus. Ou seja: “Nós na presença de Deus” e “Deus na nossa presença” (!). Coisa interessante, admirável, maravilhosa!…
Então, se na verdade nos sentimos assim envolvidos e penetrados por Deus (nessa “essencial presença”) podemos interrogar-nos acerca de qual é – o qual deveria ser! – a nossa atitude a respeito de Deus; de esse Deus que é, em Si mesmo, Família-Comunidade, pelo facto de ser «Deus Uno e Trino»…
Nessora, será que algum ser humano poderá cair na tentação (‘asneira’) de substituir e ‘trocar’ este Deus – admirável, único, supremo… Amor! – por qualquer outro ‘deus-ídolo’, no decorrer da sua vida? Será alguém capaz?…
Pois foi mesmo! Sim. Tantas vezes, ao longo da sua história, o homem – o ser humano – ‘criou e continua a criar’ deuses (‘ídolos’) à sua própria imagem; e, claro, com todos os defeitos humanos!…
Mas a Divindade nunca pode mudar para ser como a imagem do homem… É exatamente ao invés: O homem é que «foi criado (e deveria ser transformado se não o estiver!) à imagem e semelhança de Deus» (com as qualidades e virtudes d’Ele!)…
Quer dizer, no caminho da nossa vida, não se trata de “conquistar” seja lá o que for; e, ainda menos, de “construir” ou “criar”…
Trata-se, apenas e só, de DESCOBRIR e SABOREAR o que já foi ‘criado’, ‘construído’, ‘conquistado’; e que já existe em nós e para nós: Ou seja, DEUS!
Porém, nunca esqueçamos «a cruz», pois sabemos muito bem, na teoria e na prática, que «ela» nos visita com alguma frequência (para não dizer que ‘nos acompanha’) no caminho da nossa tarefa vital…
Em definitivo, tratar-se-á – apenas e só ! – de “Descobrir e Saborear” DEUS!
Esta é, então, a nossa tarefa fundamental nesta vida terrena… E, por consequência, há de ser a nossa Feliz Ocupação na Vida Eterna!…
E, quando ‘chegar’ esta vida-VIDA, quando se “abrir” a ETERNIDADE… então acabará o meu ‘eu’, e o ‘tu’, e o ‘ele’… E já só EXISTIRÁ o NÓS. Esse grande e único NÓS – D E U S – que é integrado por todos os “eus” – possíveis e impossíveis, passados e futuros –. Todos, já que, nessa altura em que ‘desaparecem’ os ‘eus’ individuais, continua a existir a “pessoa”, única e irrepetível – de cada qual! – num eterno e ‘mutável’ PRESENTE, não estático mas dinâmico, e em contínuo “movimento” (!?). Mas isto, como se explica?
Bom. Parece que o ser humano pode ser considerado como integrado por duas ‘dimensões’: a dimensão como pessoa (que é a essencial) e a dimensão como indivíduo (que é a acidental). Esta dimensão ‘individual’ desaparecerá no instante em que «se inicia (!?) a eternidade», porque é incompatível com a tal “inserção” no Deus Trindade. Porém, a dimensão “pessoal” – como “pessoa” – ficará ‘imersa’ na Divina Trindade à semelhança das três “Pessoas” divinas (sempre utilizando a ‘linguagem humana’ espácio-temporal) …
E esta poderia ser a nossa tentativa de idealizar, conceber e ‘entender’(?) – desde o ‘aquém’ – o incompreensível Mistério do DEUS-TRINDADE! (15-06-2025)
(*)– Aliás, esta ‘passagem’ bíblica nos brinda a oportunidade repararmos na “mudança de nome”, que, em muitas pessoas, acontece na Bíblia (já desde o AT). Aqui, trata-se da personagem bíblica, considerada “o Pai de todos os fiéis monoteístas”(=crentes “num só” Deus). Repare-se que este “amigo” de Deus aparece primeiro com o seu nome original, ‘Abrão’(!), que tinha anteriormente (Gn 17,1). Mas (cinco versículos após) a partir de (Gn 17,5) já se verifica que é o próprio Deus quem lhe muda o nome, de ‘Abrão’ para “Abraão”(!) (=‘Abraham’), com o ‘significado’ que lá se explica.
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