“Eram vinte pães de cevada e trigo… Eliseu disse: «Dá-os a comer a essa gente»… «Como posso com isto dar de comer a cem pessoas?» Eliseu insistiu… E comeram todos”.[2Rs 4,42…(1ªL.)].
“Empenhai-vos em manter a unidade de espírito pelo vínculo da paz… Porque há um só Espírito… um só Senhor… um só Deus e Pai de todos…”. [Ef 4,3-6 (2ªL)].
“Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram…”.[Jo 6,11 (3ªL)].
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O que resulta evidente, no primeiro caso – embora não demos conta ou não queiramos reparar – é que os grãos devem passar pelo moinho, ou seja, perder algo da sua ‘natureza’, da sua ‘forma’ e ‘figura’ exteriores – que não é a sua essência interior, a farinha – para constituir a massa ou matéria prima! Logo virá o fermento (levedura), sem o qual nunca chegaria a ser pão genuíno e autêntico. Mas terá também que passar pelo fogo, ou seja, a cozedura do forno… Nada fácil, isto do ‘moinho’ e do ‘forno’!… Mas toda a gente sabe, ou intui, que isto constitui a outra ‘face’ da vida, necessária, imprescindível, embora árdua e difícil!
Aliás, também a Palavra de hoje avisa-nos: “Devemos empenhar-nos em manter a unidade de espírito pelo vínculo da paz… porque há um só Espírito… um só Senhor… um só Deus e Pai de todos”(Ef 4).
Ora bom. Se é difícil «fazer de muitos um só», não é menos difícil «de ‘um’ fazer ‘muitos’»: (“vinte para cem” / “cinco para cinco mil”). Não será isto uma impossível ‘metamorfose’?… Ou será que é possível e até simples?… Bem, parece que foi muito fácil, quer para Eliseu (o profeta) quer para Jesus (o Salvador)!… Mas porquê!? – Apenas e só porque contaram com a força e o poder do Senhor Deus. O primeiro “tinha fé na Palavra do Senhor”(2Rs 4). E Jesus “deu graças sobre os pães”(Jo 6) após ter elevado os olhos para o Pai.
« Claro que a nós, Mãe, “Senhora de Gunadala”, também nos parecia impossível que isto acontecesse: Numa ‘terra inóspita’ como é a Índia ‘para o cristianismo católico’ (tão minúsculo no meio de outras ‘religiões’) que Tu pudesses, Maria, achegares-Te ao solo indiano para unir muçulmanos, hindus e cristãos num só povo, o povo de Deus. Por isso unimo-nos a esta Oração que eles rezam no teu Santuário de Gunadala. Sim, Mãe, como deve ser lindo o sobe e desce de pessoas de diferentes culturas a prestar-Te homenagem; até mesmo o facto de seres coroada por um islamita (!?). Virgem Maria, obrigado por nos mostrares o caminho da paz. Que esta chegue aos corações de todos os homens! Nossa Senhora de Gunadala, vela por nós!
NOTAS COMPLEMENTARES:
1-] Nossa Senhora de Gunadala (Índia) – É este um outro caso em que a Virgem Maria Se manifesta por maneiras diversas (não propriamente por Aparição ou Visão) para Se fazer presente entre os seus filhos. Ter em atenção, antes de mais, que a percentagem de cristãos neste imenso país asiático é baixíssima (um 3%, isto é, 30 M, sobre os 1000 M de habitantes da Índia) sendo ainda menos os cristãos católicos … A “intervenção” de Maria começou, em 1924, quando o Pe italiano, Paulo Arlati (missionário na Índia) recebeu, desde sua terra natal, uma estátua de Nossa Senhora de Lurdes, que mandoucolocar no ponto mais alto, sobre uma colina, no bairro de Gunadala, na periferia da cidade de Vijayawada (de 1 M de habitantes, no Estado de Andhra Pradesh/costa leste)… Perante o rápido fluxo de devotos, construíram-se dois escadórios para facilitar e dar vazão ao crescente deslocamento das pessoas que procuravam Nossa Senhora (e não apenas para – como diziam muitos – «tocar nos pés da Branca Senhora»)… Ofereciam o que tinham e podiam: flores, frutas, velas, etc. E os milagres começaram a acontecer… Atualmente, muitas curas de cancros, lepra e outras graves moléstias (após terem feito a romaria de Nossa Senhora de Gunadala), são confirmadas pelos médicos nos hospitais de Vijayawada… Hoje, neste Santuário Mariano dedicado a Nossa Senhora de Lurdes, quando chega o dia da festa anual, 11 de fevereiro, as comemorações se estendem, de modo contínuo nas 24 horas, por três dias. De ressaltar que, entre os devotos de Maria, não há discriminação entre diversas ‘religiões’… Como o peregrino hindu, que ao ser questionado pelo motivo de acudir ao Santuário, diz: «Ela também é Mãe dos hindus pois Maria é Mãe de todos»!
2-] Tamarindeiro (Tamarindus indica). Pertence à ‘Família’ Fabaceæ, e ao ‘Género’ Tamarindus, que é ‘monotípico’, isto é, só tem essa ‘espécie’ (indica). A árvore, bastante ornamental, de porte até aos 25 m. de altura, é originária das savanas africanas, embora seja cultivada, desde há muito tempo, na Índia, daí o nome do Género (‘Tamar-indus’) e da espécie (‘indica’). É curioso! O fruto – tamarindo – é uma vagem alongada com 5 a 15 cm. de comprimento, com casca pardo-escura, lenhosa e quebradiça; as sementes, em números de 3 a 8, estão envolvidas por uma polpa parda e ácida contendo açucares (33%), ácido tartárico (11%), ácido acético, ácido cítrico. Em 100 gr de polpa há: 272 calorias; 54 mg. Cálcio; 108 mg. Fósforo; 1 mg. de ferro; 0,44 mg. de Vit. B e 33 mg. de Vit. C. Por isso, esta polpa, de sabor agridoce, é usada na elaboração de doces, bolos, sorvetes, xaropes, bebidas, licores, refrescos, sucos concentrados, e ainda, como tempero para arroz, carne, peixe e outros alimentos. As sementes servem de forragem para animais domésticos. E a madeira tem usos múltiplos, além do fabrico de mobília.
3-] Os ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões, até ao presente, são, por esta ordem: [O ‘link’do Blog – arquivo de todas asREFLEXÕES – vai sempre no fim].
— 1. DE FÁTIMA (Europa / Portugal). // 2. DE GUADALUPE (América / México). // 3. DE LURDES (França). // 4. DE APARECIDA (Brasil). // 5. DE KIBEHO (África / Ruanda). // 6. DE AKITA e NAJU (Ásia / Japão e Coreia do S.). // 7. AUXILIADORA (Oceânia / Papuásia e Austrália). // 8. DO CARMO (Israel e Inglaterra). // 9. DAS NEVES (Itália). // 10. DOS POVOS (Holanda). // 11. DAS GRAÇAS (França). // 12. DE CZESTOCHOWA (Polónia). // 13. DE COROMOTO (Venezuela). // 14. DE LIPA (Filipinas). // 15. DA CANDELÁRIA (Espanha). // 16. DE KNOCK (Irlanda). // 17. DE BEAURAING (Bélgica). // 18. DE LORETO (Itália). // 19. DO ROSÁRIO (França). // 20. DE LUJÁN (Argentina). // 21. DE ZEITOUN (Egito). // 22. DA CRUZ / DE HERFORD (Alemanha). // 23. DA BOA SAÚDE (Índia). // 24. DE KAZAN (Rússia). // 25. DE WALSINGHAM (Inglaterra). // 26. DE LA SALETTE (França). // 27. DE CARAVAGGIO (Itália). // 28. DE BANNEUX (Bélgica). // 29. DE SILUVA (Lituânia). // 30. DE CUA (Venezuela). // 31. DE CUAPA (Nicarágua). // 32/33. DA CHINA (Donglü-Hebei). // 34. EM JERUSALÉM (Israel/Palestina). // 35. DE LA VANG (Vietname). // 36. DE NECEDAH (Wisconsin-USA). // 37. DE HEDDE (Alemanha). // 38. DE TRÉ FONTANE (Itália-Roma). // 39. DE CALANDA (Espanha). // 40. DE GUNADALA (Índia).
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26 Julho, 2024
«SENHOR de ‘TANTOS POVOS’… DEUS de ‘TANTAS MÃOS’!»
Luis López A Palavra REFLETIDA
— 40.B3 – Domingo 17 – T. Comum / “A Palavra” (“Salmos R.”) refletida, ao ritmo Litúrgico —
«SENHOR de ‘TANTOS POVOS’… DEUS de ‘TANTAS MÃOS’!»
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== [Do ‘Salmo Responsorial’]: “«Abres, Senhor, as tuas mãos e sacias a nossa fome». Graças Te deem, Senhor, todas as criaturas e bendigam-Te os teus fiéis… Todos têm os olhos postos em Ti,
e a seu tempo lhes dás o alimento. Ao abrires as tuas mãos, todos sacias generosamente. O Senhor está perto de quantos O invocam, de quantos O invocam em verdade…”. (Sl 144,10-11.15-18.21) ==
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– No salmo responsorial, de há três domingos atrás (Sl 122), refletíamos acerca de: “os olhos do servo ou da serva se fixavam nas mãos do seu senhor ou da sua senhora…”. Mas isso era só para indicar o modo como devíamos nós elevar os olhos para “fixá-los no rosto do Senhor e obter assim a sua misericórdia”…
– No caso do salmo de hoje, Sl 144, é “nas mãos de Deus” – ricas em toda a classe de dons e de bens – que “os nossos olhos devem fixar-se”, para saciar a nossa sede e fome. Estamos assim, a mostrar e demonstrar que temos n’Ele plena confiança. Mas, “as mãos de Deus” têm a ver com ‘as dos senhores’!?
– Aliás, ainda que “todas as criaturas devem dar graças” ao Senhor… “os seus fiéis” – seres humanos – , além disso, “deverão bendizê-l’O”, dizer bem d’Ele, quer dizer, louvar o Senhor!… Isto porque ao “abrir o Senhor as suas mãos, sacia todos generosamente”: Afirmação ousada e cheia de confiada no Pai-Deus!
– Sabíamos já que são “muitos” os rostos e os olhos de Deus (?), mas, será que as Suas “mãos” são também “incalculáveis”!?… Então, devemos concluir, com o ‘orante salmista’: “O Senhor está perto de quantos O invocam, de quantos O invocam em verdade”. E “cante a minha boca os louvores do Senhor!”.
>> «NOSSA SENHORA dos CONTINENTES e das NAÇÕES (dos Países, das Pátrias)»
– ‘Títulos’/‘Invocações’/(‘Piropos’) de N. Senhora. Países com «Título Mariano ‘Nacional’» conhecido(!?). [Seguindo a ordem dos Continentes (de menor a maior número ‘dos seus Países’ com ‘título Nacional’):
1-Oceania… 2-Ásia… 3-Europa… 4-América… 5-África…] –
Nossa Senhora da ÁFRICA:
Nossa Senhora da Argélia (‘Senhora de África’ – em Argel).
Nossa Senhora da África do Sul (‘Senhora de Shongweni’– em Durban).
Nossa Senhora da Costa do Marfim (‘Nossa Senhora da Paz’- de Yamoussoukro).
Iniciamos, Mãe, as tuas Invocações e Títulos dos Países deste querido Continente Africano:
E precisamos da Tua ajuda e carinho maternos para abranger, abraçar, todos os seus povos,
do norte ao sul, do leste ao oeste, principalmente os países mais pobres e desamparados.
Ampara e acompanha aos numerosos ‘emigrantes’, que devem abandonar as suas pátrias
por diversas causas… mormente por conflitos bélicos, ó ‘Senhora da Paz’ (Costa de Marfim).
Então, ‘Senhora do Norte Africano’ (Argel), ‘Senhora do África do Sul’ (Durban)… Roga por nós!
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