59bb- «Meditando-as no seu coração»

A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –

(Ciclo B – Santa Maria, MÃE de DEUS – 1 de jan.)

 

“Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura… e Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração”. (Lc 2, 16.19 / 3ª L.).

 

Vê-se logo que o Evangelista Lucas não pode disfarçar a sua predileção por Maria; pois, neste caso, ao nomear os protagonistas da cena, põe em primeiro lugar Maria (quando, naturalmente, a ordem seria outra). Isto demonstra igualmente – segundo reconhece a Tradição – que S. Lucas aproveitou toda a ocasião, nos seus encontros com Maria, naquelas primeiras comunidades cristãs, para escutar, em primeira mão e dos lábios d’Ela, palavras e factos que mais ninguém podia conhecer naquele tempo.

 

A – Podemos pensar, também, que S. Lucas, no tempo em que escrevia ele este texto, entendeu – como “autor inspirado” – que, nesse momento, era Maria, a Mãe, quem devia ter a “preferência”…

B – Apesar de que “o sinal” que dão os anjos é “encontrar um menino envolto em panos numa manjedoura”, a mãe desse «menino excelso» não deixa de ter aqui a importância que merece…

A – Toda a gente sabe que, no parto e no imediato pós-parto, o protagonista primeiro é sempre a mulher-mãe, cujo “trabalho” e cuidados são essenciais para, o nascimento do novo ser, ter êxito.

B – Não admira – embora seja “admirável”! – que Maria, nesses momentos, estivesse com os seus cinco sentidos, exteriores e interiores, atenta ao que os pastores ‘contavam’ e os anjos ‘cantavam’.

A – É fácil supor que, para Maria e José, essa noite estava a decorrer com uma certa rotina e modéstia, tal como os meses anteriores da gravidez da Mãe. Nada de espetacular ou de novidade! Apenas no momento em que chegam os primeiros pastores é que o cenário começa a mudar…

B – Então, um rio de alegria e de músicas angélicas inunda o ambiente, e penetra em todos os corações, presentes naquele local privilegiado, àquelas horas da noite… e da madrugada…

A – Não é difícil “imaginar” que – entre todos – Nossa Senhora vivesse o acontecimento com especial intensidade, ainda que só fosse pelo facto de sentir o alívio e gozo pelo feliz “desfecho”!

B – Mas, para certificar a nossa “imaginação”, o próprio evangelista Lucas – ou melhor, o segredo que «a Mãe» lhe confiou – vem confirmá-lo com aquelas admiráveis palavras finais: “E Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração”. Está dito. E a mãe é nosso Modelo!

 

A/B: Ensina-nos, Maria, a recebermos e aceitarmos os “eventos salvíficos” do Senhor.

Tu que és Mãe de Deus, e também nossa Mãe, envolve-nos na Luz de Jesus,

para que aprendamos a abrir-nos – com a Tua humildade e simplicidade –

aos “acontecimentos de Salvação” que o Pai nos oferece em Jesus e por Jesus…

Saibamos nós, como Tu e conTigo, Mãe, “meditá-los e ponderá-los no coração”.

  

// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA:  http://palavradeamorpalavra.sallep.net