25bb- «Eis o Cordeiro de Deus!»

 – A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –

(Ciclo B – Domingo 2 do T. Comum)

 

“Estava João Batista com dois dos seus discípulos e, vendo Jesus que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus!». Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus. André, irmão de Simão Pedro, foi um dos que ouviram João e seguiram Jesus. (…) Disse-lhes Jesus: «Vinde ver!». Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Era por volta das quatro horas da tarde”. (Jo 1,36-37.39 / 3ª L.).

 

O episódio acontece depois de Jesus ter passado aqueles ‘quarenta dias’ no deserto, em jejum e penitência, e, portanto, algumas semanas após Ele ter sido batizado por João Batista no rio Jordão. E estes dois acontecimentos – ‘batismo’ e ‘deserto’ – constituem a preparação imediata de Jesus de Nazaré para o seu ministério como Messias Salvador… Começa, então, por “chamar” os discípulos para o Seu seguimento e companhia…

 

A – A vocação e missão de João, o Batista, tem sido admirável. Primeiro, como «precursor», que preparou o «caminho de Jesus». Mas, também e porque tinha concluído a sua “missão”, quando ‘transferiu’, entregou, os seus próprios discípulos a Jesus (“porque Ele era antes de mim”)…

B – Verdadeiramente, é preciso reconhecer que ‘este João’ tem sido impecável… E para rubricar a sua vida e missão exemplares, acabará (degolado) dando a vida pela Verdade, ou seja, por Jesus!

A – A destacar igualmente, neste texto, o ‘segundo discípulo’, que permanece anónimo ao dizer apenas: “um dos que ouviram João e seguiram Jesus era André, irmão de Simão”… E o outro?…

B – É fácil deduzir, se pensarmos com atenção, que “o outro” só pode ser quem escreve, isto é, João, o Evangelista. É igualmente admirável a humildade deste João, tal como a do Batista. Aliás, este “discípulo amado”, sempre que aparece num relato, substitui o nome por «o outro discípulo»…

A – E, talvez para confirmar esta mesma ‘autoria’, encontramos outro pormenor significativo quando regista, logo a seguir: “Era por volta das quatro horas da tarde” (a «hora décima», no original).

B – Quer dizer, este discípulo João, que evita o seu nome, “ficou em evidência” ao recordar este “pormenor”, após tantos anos. E significa que, não tendo esquecido aquela hora, quer manifestar a importância que para ele teve a hora em que, pela primeira vez, disse “sim” ao seu Divino Mestre!

A – Dois exemplos (os dois ‘Joões’), admiráveis e imitáveis, para todos os que pretendem(os) seguir Jesus, como resposta ao Seu apelo e vocação: “Vinde ver!”; ou: “Vem e segue-Me”! …

 

A/B: Senhor, se já formos batizados, estamos a ser conscientes do nosso Batismo?…

Tomar consciência disto é o primeiro passo do verdadeiro discípulo Teu.

Falta-nos, porém, a preparação constante, na nossa “vida em deserto”,

ou seja, sabermos unir a penitência da cruz com a oração e diálogo íntimo com o Pai.

Ajuda-nos a seguir o caminho da humildade na entrega à salvação dos outros,

como fez João, «o Batista e precursor», e João, «o discípulo amado»… 

 

// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net