– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo B – Domingo 26 do T. Comum)
“Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que creem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga…”. (Mc 9,42-43 / 3ª L.).
É sabido que os redatores dos textos bíblicos, como hebreus que são, judeus – e todos os semitas em geral – têm tendência ao exagero nos seus escritos e afirmações, bem como ao contar as suas histórias; é o que também se designa como «estilo oriental enérgico e paradoxal». O próprio Jesus de Nazaré, como judeu de raça, não ficava curto à hora de ‘exagerar’ (utilizando ‘hipérboles’) no Seu uso da palavra… Os “evangelistas”, ‘por sua conta e risco’, ainda amplificavam as ênfases de Jesus… Então, esta chamada de atenção serve para nos ajudar a interpretar muitas passagens dos evangelhos, como é o caso; mas não só… Portanto, não devem tomar-se “à letra”!
A – Perguntamo-nos: O que nos querem dizer, então, essas expressões que parecem tão radicais e violentas? Porque serão assim, tão exageradas ou hiperbólicas? …
B – Deveríamos, melhor, perguntar-nos pelos factos, realidades, atitudes… de certas pessoas, a respeito de outras, que provocam tais punições tão terríveis. Não é?!
A – Pensemos, então, que, por exemplo, “escandalizar os pequeninos que creem em Mim”, equivale, não só a apostar no mal e se deixar arrastar pelo Maligno, como também, e ainda pior, fazer com que os inocentes, puros, bons… façam o mesmo!!!
B – Ninguém, no seu são juízo, deixará de entender que é preciso fazer tudo por tudo (até mesmo ter de “…ser lançado ao fundo do mar”?) antes que “escandalizar”!
A – E no mesmo sentido, todas as invetivas e diatribes que vêm a seguir (“cortar a tua mão ‘escandalosa’… um pé, ‘que é ocasião de escândalo’… ou um dos teus olhos…”) para evitar todo o “escândalo”. Esses “cortes” terão remédio (!), mas ‘o outro’…!?
B – Ou seja, tendo em vista a magnitude ‘imprevisível’ do Mal que se provoca, é fácil compreender “o exagero” hiperbólico, utilizado ‘conscientemente’, para o evitar!
A – E essa “Geena”, esse “fogo que não se apaga”, há que entendê-lo a nível do espírito, fogo interior devorador, que pode durar o tempo que dure ‘a maldade’ (!?) …
A/B: Conhecemos, Jesus, a importância e transcendência que tem para Ti
(que és tão grande amigo dos ‘pequenos’ e de todos os simples e pobres)
toda e qualquer coisa que signifique fazer-lhes algum tipo de Mal…
Foram eles, simples, pequenos, pobres… os primeiros da Tua Redenção,
e para os defender, utilizas esta linguagem de ‘exagerada violência’!
Claro que nós Te ‘desculpamos’, Jesus, por estas palavras “duras”,
mas a nós não podemos desculpar a nossa cobardia para ‘denunciar’…
nem as nossas atitudes ou palavras escandalosas para os débeis e fracos.
Dá-nos, Jesus, a luz e o vigor do Teu Espírito de Fortaleza,
para sermos capazes de Te imitar em palavras e gestos “corajosos”!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
28 Setembro, 2018
«Se alguém escandalizar algum destes pequeninos…
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo B – Domingo 26 do T. Comum)
“Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que creem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga…”. (Mc 9,42-43 / 3ª L.).
É sabido que os redatores dos textos bíblicos, como hebreus que são, judeus – e todos os semitas em geral – têm tendência ao exagero nos seus escritos e afirmações, bem como ao contar as suas histórias; é o que também se designa como «estilo oriental enérgico e paradoxal». O próprio Jesus de Nazaré, como judeu de raça, não ficava curto à hora de ‘exagerar’ (utilizando ‘hipérboles’) no Seu uso da palavra… Os “evangelistas”, ‘por sua conta e risco’, ainda amplificavam as ênfases de Jesus… Então, esta chamada de atenção serve para nos ajudar a interpretar muitas passagens dos evangelhos, como é o caso; mas não só… Portanto, não devem tomar-se “à letra”!
A – Perguntamo-nos: O que nos querem dizer, então, essas expressões que parecem tão radicais e violentas? Porque serão assim, tão exageradas ou hiperbólicas? …
B – Deveríamos, melhor, perguntar-nos pelos factos, realidades, atitudes… de certas pessoas, a respeito de outras, que provocam tais punições tão terríveis. Não é?!
A – Pensemos, então, que, por exemplo, “escandalizar os pequeninos que creem em Mim”, equivale, não só a apostar no mal e se deixar arrastar pelo Maligno, como também, e ainda pior, fazer com que os inocentes, puros, bons… façam o mesmo!!!
B – Ninguém, no seu são juízo, deixará de entender que é preciso fazer tudo por tudo (até mesmo ter de “…ser lançado ao fundo do mar”?) antes que “escandalizar”!
A – E no mesmo sentido, todas as invetivas e diatribes que vêm a seguir (“cortar a tua mão ‘escandalosa’… um pé, ‘que é ocasião de escândalo’… ou um dos teus olhos…”) para evitar todo o “escândalo”. Esses “cortes” terão remédio (!), mas ‘o outro’…!?
B – Ou seja, tendo em vista a magnitude ‘imprevisível’ do Mal que se provoca, é fácil compreender “o exagero” hiperbólico, utilizado ‘conscientemente’, para o evitar!
A – E essa “Geena”, esse “fogo que não se apaga”, há que entendê-lo a nível do espírito, fogo interior devorador, que pode durar o tempo que dure ‘a maldade’ (!?) …
A/B: Conhecemos, Jesus, a importância e transcendência que tem para Ti
(que és tão grande amigo dos ‘pequenos’ e de todos os simples e pobres)
toda e qualquer coisa que signifique fazer-lhes algum tipo de Mal…
Foram eles, simples, pequenos, pobres… os primeiros da Tua Redenção,
e para os defender, utilizas esta linguagem de ‘exagerada violência’!
Claro que nós Te ‘desculpamos’, Jesus, por estas palavras “duras”,
mas a nós não podemos desculpar a nossa cobardia para ‘denunciar’…
nem as nossas atitudes ou palavras escandalosas para os débeis e fracos.
Dá-nos, Jesus, a luz e o vigor do Teu Espírito de Fortaleza,
para sermos capazes de Te imitar em palavras e gestos “corajosos”!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net