———-  [ 14-C – Dom.(6)- RAMOS na PAIXÃO]

===  “Jesus sentou-Se à mesa com os seus Apóstolos e disse-lhes: «Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de padecer; pois digo-vos que não tornarei a comê-la, até que se realize plenamente no reino de Deus»”. (Lc 43,18-19 -3ªL-).

———–

E diz também o próprio evangelista Lucas

(no mesmo “Relato da Paixão”, deste Domingo):

“Jesus dizia (desde a Cruz): «Pai, perdoa-lhes,

porque não sabem o que fazem»”(Lc 22,33-34)…  

Aliás, ao lermos este “Relato” de Lucas

– e até mesmo todo o seu Evangelho! –,

descobrimos estas maravilhosas “constantes”:

– A Misericórdia (atributo de Jesus-Deus) sobre todos…

– A comunhão íntima de Jesus e o Pai

é o segredo do Perdão da Cruz…

– Sob o sinal da Misericórdia e do Amor,

Deus desculpa e perdoa sempre a todos …

– Jesus – o “Inocente” – ao ‘sofrer’,

compadece-se de todos os ‘sofredores’…

– Há que seguir Jesus – o Amor Universal –

até à Cruz, até à Glória…

– A Cruz é o “Sacramento da Misericórdia”

mas sempre à luz da Ressurreição!…

É evidente que agora compreendemos melhor

as palavras que Lucas põe no ‘limiar’ do seu Relato

da Paixão-Morte-Ressurreição de Jesus (será?):

“«Tenho desejado ardentemente

comer convosco esta Páscoa,

antes de padecer…»”.

 

            « Mãe de misericórdia, Mãe das Dores, Mãe do Redentor,…    [ Da: «LADAINHA» de N. Senhora ]

Tu, Mãe, sabes muito “disto”, enquanto “Mãe do Redentor” e “Mãe das Dores”: Mais ninguém sentiu e viveu como Tu, os Sofrimentos do Filho – “Sofredor” – que aprendeu assim, como Homem e Deus, a «compadecer-Se de todos os “sofredores”»… Se Deus em Jesus é infinitamente Misericordioso, Tu, que és a Mãe desse Jesus-Deus, nunca podes deixar de ser “Mãe de Misericórdia”. Então, Mãe, volta para nós sempre «esses teus Olhos misericordiosos»… e logo, deixa agir o teu Coração!

 

                  —- Da «Outra Poesia» —-

            — «Stabat Mater» (Hino Litúrgico mariano)

Estava a Mãe Dolorosa

junto da cruz, e chorosa

enquanto o Filho sofria.

Tinha ‘sua alma’ plangente,

aflita e com dor pungente

enquanto ‘a espada’ a fendia!

Oh, quão triste e quão aflita

estava Ela, Mãe Bendita,

Mãe do Rei do universo.

Lamentava e se afligia,

Mãe piedosa, enquanto O via

sofrendo… já desde o berço.

(…)

Quem não se contristaria

vendo a Mãe de Quem morria

como Deus e como Filho?

Qual homem não choraria

se visse a Virgem Maria

a percorrer este trilho.

(…)

Santa Mãe, outorga-me isto:

As chagas da Cruz de Cristo

lavra no meu coração.

E, levando acesa a Luz,

que Tu refletes da Cruz,

percorrerei a Paixão.

(…)

Pela Cruz, seja eu guardado

e à morte de Cristo atado

com a graça da Vitória.

E quando o corpo morrer,

veja a minha Alma viver

no paraíso da Glória.

[ Tradução -parcial- do ‘hino latino’

         (séc. XIII – Papa Inocêncio III) ]

 

// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net