
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 24 do T. Comum)
“…E o senhor daquele servo, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração”.(Mt 18, / 3ª L.).
São palavras do próprio Jesus, na conclusão da sua “parábola” acerca da «incoerência» humana (descarada!)… Nas palavras anteriores deste texto, Jesus tinha contado que “aquele senhor – que acabava de perdoar uma imensa dívida monetária a um seu servo – mandou-o chamar” porque esse mesmo servo, “desgraçado”, não queria perdoar ao seu companheiro uma quantia minúscula de dinheiro que lhe devia… Realmente, o que aqui se manifesta é uma mistura de ruindade, ingratidão, baixeza de espírito… e, sobretudo, uma grave incoerência!
A – A verdade é que a «moral da história» com a que Jesus conclui, não deixa de nos surpreender. Parece como se “o Pai celeste” se arrependesse de ter perdoado e optasse pelo castigo terrível…
B – Através da nossa reflexão, tentaremos compreender o sentido verdadeiro da parábola que Jesus conta. Para já podemos adiantar que, para Deus, não há “um antes” nem “um depois”. Tudo está “presente”. E, portanto, não é possível Ele se arrepender de algo feito “anteriormente”!
A – Assim sendo, será que a conduta daquele senhor da parábola só pode ser um procedimento humano, e que pretender aplicá-lo a Deus, à letra ou paralelamente, estaria incorreto?
B – A questão é mais profunda. Em primeiro lugar, devemos saber que o perdão de Deus (“o Pai celeste”) é um perdão sempre disponível, generoso e incondicional!…
A – Ou seja, que Ele nunca será dependente das flutuações e variações humanas; não é? Se assim for, poderíamos chegar a confundir o Perdão Divino com uma Tolerância total e absurda!…
B – Para isso não acontecer, e uma vez que temos garantido o perdão do Pai celeste, a questão agora depende de nós: Na medida em que tu não estás em atitude de perdão para os outros, estás a impossibilitar o perdão para ti. Logo o único responsável és tu, e mais ninguém!
A – Então, quer dizer que o Perdão do Pai-Deus sempre está sobre nós, à espera de que nós “o aceitemos” (perdoando aos outros!). E quando isto não acontece, não é Deus que está a mudar!
B – Aqui está a diferença radical com o senhor da parábola (que primeiro perdoa e depois não); pois o Perdão do Pai-Deus, em todo o momento, é irreversível. Para a nossa alegria e felicidade!
A – Claro que, para entendê-lo, deveremos estar entre aqueles que, sinceramente, querem ter um espírito singelo, que sabe interpretar esta Palavra de Jesus: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!».
A/B: Agora compreendemos, Jesus, as palavras do Pai-nosso que nos falam de perdão.
Não basta dizer «Pai… perdoa as nossas ofensas como nós perdoamos»;
pois o Pai já está sempre disposto para nos perdoar, antes de nós Lho pedirmos.
Nós deveríamos, melhor, pedir: “Pai, dá-nos a força que nos falta para perdoar os outros…
pois já estamos certos do Teu perdão e misericórdia, que sempre nos envolve e acalma”.
Para isso, Jesus, precisamos, como sempre, da fortaleza e do vigor do Teu Espírito:
o fogo do Seu Amor é capaz de transformar a nossa ruindade e incoerência
em generosidade e misericórdia, para perdoarmos, como o Pai, sem condições…
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
14 Setembro, 2017
«Se cada um de vós não perdoar…
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 24 do T. Comum)
“…E o senhor daquele servo, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração”.(Mt 18, / 3ª L.).
São palavras do próprio Jesus, na conclusão da sua “parábola” acerca da «incoerência» humana (descarada!)… Nas palavras anteriores deste texto, Jesus tinha contado que “aquele senhor – que acabava de perdoar uma imensa dívida monetária a um seu servo – mandou-o chamar” porque esse mesmo servo, “desgraçado”, não queria perdoar ao seu companheiro uma quantia minúscula de dinheiro que lhe devia… Realmente, o que aqui se manifesta é uma mistura de ruindade, ingratidão, baixeza de espírito… e, sobretudo, uma grave incoerência!
A – A verdade é que a «moral da história» com a que Jesus conclui, não deixa de nos surpreender. Parece como se “o Pai celeste” se arrependesse de ter perdoado e optasse pelo castigo terrível…
B – Através da nossa reflexão, tentaremos compreender o sentido verdadeiro da parábola que Jesus conta. Para já podemos adiantar que, para Deus, não há “um antes” nem “um depois”. Tudo está “presente”. E, portanto, não é possível Ele se arrepender de algo feito “anteriormente”!
A – Assim sendo, será que a conduta daquele senhor da parábola só pode ser um procedimento humano, e que pretender aplicá-lo a Deus, à letra ou paralelamente, estaria incorreto?
B – A questão é mais profunda. Em primeiro lugar, devemos saber que o perdão de Deus (“o Pai celeste”) é um perdão sempre disponível, generoso e incondicional!…
A – Ou seja, que Ele nunca será dependente das flutuações e variações humanas; não é? Se assim for, poderíamos chegar a confundir o Perdão Divino com uma Tolerância total e absurda!…
B – Para isso não acontecer, e uma vez que temos garantido o perdão do Pai celeste, a questão agora depende de nós: Na medida em que tu não estás em atitude de perdão para os outros, estás a impossibilitar o perdão para ti. Logo o único responsável és tu, e mais ninguém!
A – Então, quer dizer que o Perdão do Pai-Deus sempre está sobre nós, à espera de que nós “o aceitemos” (perdoando aos outros!). E quando isto não acontece, não é Deus que está a mudar!
B – Aqui está a diferença radical com o senhor da parábola (que primeiro perdoa e depois não); pois o Perdão do Pai-Deus, em todo o momento, é irreversível. Para a nossa alegria e felicidade!
A – Claro que, para entendê-lo, deveremos estar entre aqueles que, sinceramente, querem ter um espírito singelo, que sabe interpretar esta Palavra de Jesus: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!».
A/B: Agora compreendemos, Jesus, as palavras do Pai-nosso que nos falam de perdão.
Não basta dizer «Pai… perdoa as nossas ofensas como nós perdoamos»;
pois o Pai já está sempre disposto para nos perdoar, antes de nós Lho pedirmos.
Nós deveríamos, melhor, pedir: “Pai, dá-nos a força que nos falta para perdoar os outros…
pois já estamos certos do Teu perdão e misericórdia, que sempre nos envolve e acalma”.
Para isso, Jesus, precisamos, como sempre, da fortaleza e do vigor do Teu Espírito:
o fogo do Seu Amor é capaz de transformar a nossa ruindade e incoerência
em generosidade e misericórdia, para perdoarmos, como o Pai, sem condições…
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net