———-  [ 12-C – Domingo 4 da Quaresma ]

Æ  “«Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’ (…) Quando o pai o viu, encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos (…) Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’…”. (Lc 15,11-12.20.24 -3ªL-).

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Havendo um Amor Infindo (!)

e um ABBA (Pai-Mãe) cabal…

não importa a imensa desgraça

da ‘queda’ profunda do filho, fatal (!)…

Havendo o Amor Eterno do Abba

também não importa o baixo e o longe,

nem “ter que alfarrobas de porcos comer”

Surgirá, saudosa, logo uma lembrança:

“Ah, os jornaleiros da casa do pai(!).

Irei ter com ele”! (sendo eu um “tal”)…

Havendo, assim, um Abba

‘esquecido’(!) p’ra tudo o que não for “seu filho”

– e Abba de Perdão incondicional(!) –

sobram os ‘discursos’ e ‘palavras vãs’!…

Apenas – sobre o ‘filho aparecido’ –

uma “chuva de beijos num abraço”

que abafa e desatende tudo o mais…

“Façamos grande Festa, meus amigos,

recuperei meu filho e vosso irmão”!

 

             « Mãe do bom conselho, Refúgio dos pecadores,…      [ Da: «LADAINHA» de N. Senhora ]

Sempre que ficamos afastados do Amor-origem por não querermos atender os conselhos daqueles que mais nos amam, nessora, Mãe, sentimo-nos mal, e acabamos desfeitos, afundamos… Então, aí sim, acudimos a Ti, “Refúgio dos pecadores”, como abrigo seguro de salvação… Porém, quanto melhor teria sido – para evitar tanto o mal – termos sabido escutar os teus conselhos, “Mãe do bom conselho”!… Todavia, Mãe, prometemos hoje olhar para Ti e escutar melhor a tua palavra amorosa!

 

                 —- Da «Outra Poesia» —-

— Como aquel “filho perdido” —

Volto já – disse-te naquele dia

quando o tempo me era favorável –

chamando a toda a gente de culpável

e eu achando-me ir por reta via.

Larguei tua destra, atou-me a agonia

de vícios nesse vale inesgotável;

às apalpadelas de um andar instável,

ondas fortes criei nminha baía.

Regresso como aquel filho perdido

após ter convivido com rameiras

e gastado os ‘talentos’ sem sentido.

Regresso como quem não viu maneiras

de se salvar a si: Anjo caído

sem espada e sem asas mensageiras.

(Soneto – Willie Moreno)

 

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