Ap 7,2-3.9: “Ele (o ‘Anjo do Nascente’) clamou em alta voz aos quatro Anjos…: «Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus»… E vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas”. // 1Jo 3,8-9: “Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto… Agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser… Todo aquele que tem n’Ele esta esperança purifica-se a si mesmo, para ser puro, como Ele é puro”. // Mt 5,7-9: “«…Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus…»”.
D – «NÃO CAUSEIS DANO À TERRA, NEM AO MAR … ATÉ QUE TENHAMOS MARCADO NA FRONTE OS SERVOS DO NOSSO DEUS» (Ap 7)
O – SOMOS, DE FACTO, FILHOS DE DEUS, MAS AINDA NÃO SE MANIFESTOU O QUE HAVEMOS DE SER… (1Jo 3)
C – «…BEM-AVENTURADOS OS QUE PROMOVEM A PAZ, PORQUE SERÃO CHAMADOS FILHOS DE DEUS…» (Mt 5)
O – Devemos saber que, na Bíblia, já desde o AT, o nome dado (“chamado”) por Deus a uma pessoa – e até a qualquer criatura, mormente às ‘animadas’ (animais e plantas) – significa “a existência” desse ser…
D – É que, aquilo que é pronunciado pela Palavra Divina é, desse modo, “chamado à existência”, é Criado… Assim, diz-se na Escritura, entre outras coisas, que “a Palavra de Deus é viva e eficaz…” (Hb 4,12).
C – Isso quer dizer que: se, na Palavra de hoje, a Carta 1ª de João, lemos que “o amor do Pai-Deus é admirável por nos ‘chamar’ filhos”; e se Jesus, o Filho, no Evangelho, diz que “os pacificadores serão ‘chamados’ filhos de Deus”… é porque realmente, “de facto” (diria João), somos filhos! Chamar é Criar!
O – Porém, no meio disto tudo – e a pensar na «Solenidade de Todos os Santos» – não acabamos de ver a conexão que tem esta Palavra, que estamos a refletir, com a Santidade dos humanos, em todas as suas formas e cores e numa dimensão universal…
C – Bom, parece fácil de ver e aceitar que, afinal, são santos todos os que chegaram, já nesta vida, a serem conscientes da sua filiação divina. Pois só somos santos quando ficamos ‘convencidos’ de que “somos, de facto, filhos de Deus…”! (1Jo 3,1). E quem estiver, deveras, convencido, deve vivê-lo!!!
X — Quando um ser nasce de outro ser (aliás, isto acontece não apenas nos humanos como também em todos os seres “vivos”, animais e plantas) dizemos que o segundo ser é filho do primeiro, e que o primeiro é pai-mãe do segundo. Acontece, porém, que em todos estes casos (salvo ‘exceções’ interessantes (!) que confirmam a regra) é necessário o concurso de dois seres – o feminino e o masculino – para acontecer a nova ‘geração’ de um ser. É, portanto, preciso haver, normalmente, a cooperação de dois sexos, a que chamamos mãe e pai. Se nos cingirmos ao caso humano, dizemos que os pais “geram” os filhos. Por consequência, um filho não ‘fez nada’ – nem a bem nem a mal – para nascer; ou seja, não podemos dizer que tenha ‘mérito’ ou ‘culpa’ de ter recebido a vida como tal. Ora bom, se bem o pensarmos, também não se trata de verdadeira “geração”; não são esses ‘pais’ (ou esses ‘sexos’) que, na verdade, dão a vida, uma vez que só pode dar vida – no sentido de “criar”, “originar” – quem é capaz de dar aquilo que tem “por essência” sem tê-lo recebido de outrem! Chegamos à conclusão (facilmente compreensível por todos) de que aquilo que realmente acontece é apenas uma ‘transmissão’ da vida, de pais para filhos, sendo eles apenas canais transmissores, e “colaboradores” mais ou menos conscientes, isso sim!… Perguntar-se-á: de quem procede então, na sua “origem”, a vida, toda a vida? Claro, só pode ser ‘do’ único Criador! E por isso, só Ele é verdadeiro Pai, ou Pai-Mãe! Que sentido tem, então, na Criação, a relação ‘pais-filhos’? – Sim, Deus criou as ‘figuras’ pai-mãe e filho-filha, apenas e só, para que os humanos tivéssemos uma “imagem e semelhança” do que é a Paternidade divina e a conseguinte filiação divina (!?). E tal como, enquanto filhos humanos, aceitamos agradecidos as nossas filiações humanas, com muito mais amor e gratidão assumimos o facto – gratuito e não merecido! – de sermos «filhos de Deus»!… — Nós já sabíamos, ó Deus e Pai nosso, que só Tu podes ser o único «Pai de toda a vida», e assim, tudo o que “vive” procede de Ti! Por isso, só Tu és o nosso “Pai-Mãe” (não podemos ter outro). Porém, foi o Teu Filho, Jesus, quem nos “Revelou” a autêntica verdade quando nos ensinou a chamar-Te: «Abbá (Pai-Mãe)»! Pai (Abbá) nosso, seja feita a Tua vontade, em nós e em todos!
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Teus santos brilharão como as estrelas: resplandecerão eternamente no Teu Reino. De glória vestes os teus santos, como as estrelas do céu» …
(♪) – «Pai, procuro o Teu amor! Pai, volto a Ti! Olha, que Teu filho sou! Pai, volto a Ti!» …
(♪) – «Aconteça o que acontecer, nós temos um Pai que espera por nós» (x2) …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / Outros ]
— Papa Francisco
‘Extratos’ de dois Textos do Papa, acerca da Santidade:
A /- Filhos de Deus, batizados no Espírito.
«É importante fazermos um exame de consciência, refletirmos no nosso interior, para conhecer o que acontece no coração e sermos capazes de avançar movidos pelo Espírito Santo e não pelo instinto animal: Nós somos filhos de Deus, não somos animais.
O exame de consciência e a reflexão, permitem conhecer o que acontece no coração. Se nós não fizermos isso, se nós não soubermos o que acontece no nosso coração – e isso não o digo eu, di-lo a Bíblia – então somos como os ‘animais que não entendem nada’, vão avante com o instinto. Mas nós não somos animais, somos filhos de Deus, batizados com o dom do Espírito Santo. Por isso, é importante entender o que acontece hoje no meu coração».
[ Da Homilia / Missa – Casa Santa Marta – (04.09.2018) ]
B /- A Santidade, dom e vocação.
«Além de dom, a santidade é também um chamado, uma vocação comum de todo o discípulo de Cristo. É a estrada de plenitude que todo cristão é chamado a percorrer na fé, procedendo rumo à meta final: a comunhão definitiva com Deus na vida eterna…
Desse modo, a santidade se torna resposta ao dom de Deus, porque se manifesta como aceitação de responsabilidade. Nesta perspetiva, é importante assumir um sério e cotidiano compromisso de santificação nas condições, nos deveres e nas circunstâncias da nossa vida, procurando viver tudo com amor, com caridade…
Os Santos da Igreja Celeste, abandonaram-se com confiança à luz divina e agora cantam eternamente a sua glória. Eles constituem a “Cidade santa” para a qual a humanidade olha com esperança, como a meta definitiva, enquanto é peregrina na “cidade terrena”…
“Ao olharmos para a vida dos Santos, somos estimulados a imitá-los. Entre eles há tantos testemunhos de uma santidade ‘ao pé da porta’, daqueles que viveram e dos que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus”. (Exortação apostólica ‘Gaudete et exsultate’ sobre: O chamamento à santidade)…
A recordação dos Santos anima-nos a elevar os olhos para o Céu: não para esquecer a realidade da terra, mas para enfrentá-la com mais coragem e esperança».
[ No Angelus – Roma (01.11.2019) ] // PARA outras REFLEXÕES AFINS:http://palavradeamorpalavra.sallep.net
31 Outubro, 2024
«MÃOS INOCENTES e CORAÇÃO PURO»
Luis López A Palavra REFLETIDA
— 65.B3 – TODOS OS SANTOS / “A Palavra” (“Salmos R.”) refletida, ao ritmo Litúrgico —
«MÃOS INOCENTES e CORAÇÃO PURO»
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== [Do ‘Salmo Responsorial’]: «Esta é a geração dos que procuram a face de Deus!». “Do Senhor é a terra e o que nela existe, o mundo e quantos nele habitam. Ele a fundou sobre os mares e a consolidou sobre as águas. Quem poderá subir à montanha do Senhor? Quem habitará no seu santuário? O que tem as mãos inocentes e o coração puro, o que não invocou o seu nome em vão. Este será abençoado pelo Senhor e recompensado por Deus, seu Salvador”. (Sl 23, 1-6) ==
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– Concebido para uma solene função litúrgica, este Salmo pertence ao grupo dos ‘salmos processionais’, próprios para acompanhar procissões solenes, que acabam, geralmente, numa entronização (‘entrada’) no Templo. No caso deste Salmo, a “entrada solene” acontece só na descrição da sua última parte.
– Isso significa que, nesta primeira parte (a que cá refletimos) sentam-se as bases e fundamentos dessa festa solene que se celebra em honra do Senhor. Assim, começa por proclamar, antes de mais, qual “o Poder do Senhor Deus, dono da terra e do que nela existe, do mundo e todos os seus habitantes”…
– Mas, logo a seguir, introduz, de improviso, o que é mais importante do que todo o resto da Criação, ou seja, o ser humano no seu proceder e conduta, que sempre deverá tentar “ser justo aos olhos de Deus”.
– E o salmista fá-lo num estilo poético, através de questões que formula e ele mesmo responde: “Quem poderá subir à montanha do Senhor? Quem habitará no seu santuário?”… Com isto, começa apontando, além do mais, o lugar elevado onde se acha o Santuário, para onde se dirige toda essa Comitiva Festiva.
– Mas quem? Imediatamente responde ele próprio: “O que tem as mãos inocentes e o coração puro, o que não invocou o seu nome em vão. Este será abençoado pelo Senhor e recompensado por Deus, seu Salvador”. Eis o requisito essencial para andar e chegar à “Montanha”: «Mãos inocentes, coração puro».
>> «NOSSA SENHORA dos CONTINENTES e das NAÇÕES (dos Países, das Pátrias)»
= ‘Títulos’/‘Invocações’/(‘Piropos’) de N. Senhora. Países com «Título Mariano ‘Nacional’» conhecido(!?).
[Seguindo a ordem dos Continentes (de menor a maior número ‘dos seus Países’ com ‘título Nacional’):
1-Oceania… 2-Ásia… 3-Europa… 4-América… 5-África…] =
Nossa Senhora da ÁFRICA:
Senhora de Madagáscar (‘Nossa Senhora de La Salette’ – em Antsirabe).
Voaste, Mãe, desde o ‘coração da Europa’ (França) até a maior ilha do sul-este de África,
para acompanhar os missionários – que levaram consigo a tua Invocação de “La Salette” – ;
e aqui deitaste raízes, surgindo, daquela primeira “igreja de barro”, a imponente Catedral atual.
Lembramos agora, Mãe, aquela Tua Profecia («o coração das Tuas profecias» / S. J. Paulo II),
que prometia: «a futura chegada dos “Apóstolos dos Últimos Tempos” a este mundo nosso»…
Agora lembramos-Te, Mãe, «‘Senhora de La Salette’ de Madagáscar», que acompanhes sempre
os Apóstolos destes Tempos, que realizam a sua missão, não só neste país insular africano,
mas também em todos os países, onde os teus filhos querem ser do número dos “Santos”…
// PARA outras REFLEXÕES AFINS:http://palavradeamorpalavra.sallep.net