
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo B – Domingo 17 do T. Comum)
“… Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo». Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte” (Jo 6,14-15 / 3ª L.).
Este é o primeiro dos milagres sobre a multiplicação de pães e peixes realizados por Jesus; o único que João descreve no seu Evangelho, tal como Lucas. Os outros dois evangelistas, Marcos e Mateus, registam também uma “segunda multiplicação”… Antes da realização deste milagre – lemos no início do Evangelho de hoje – “seguia a Jesus uma numerosa multidão por ver os milagres que Ele realizava nos doentes”. Aos milagres que aquelas gentes já tinham visto, ou de que tinham ouvido falar, junta-se agora mais este, que atinge a todos os presentes… Compreende-se então a reação da multidão, bem como a atitude final de Jesus… E observemos que João utiliza o termo “novamente”, querendo significar que já não era a primeira vez que Jesus teve de optar por retirar-Se (‘fugir’?) para não ser proclamado rei…
A – Esta “gentinha” – no sentido meigo do termo – que, de imediato, vê resolvidos seus problemas de saúde e de alimentação, não admira que siga atrás deste poderoso e bom profeta de Nazaré!
B – Este povo simples, desgraçado, habituado a suportar o pesado jugo de todo e qualquer tirano – rei ou governante – é compreensível que queira proclamar ‘seu’ Rei a quem parece omnipotente!
A – À partida, esta multidão está a agir corretamente, uma vez que, os seus antepassados, desde sempre, estão à espera de um Salvador, ‘Messias’, ‘Rei’…, que os liberte de todo o opressor! E não é a primeira vez: Isto já acontecera com vários outros ‘falsos’ profetas, messias, salvadores, reis…
B – Acontece, porém, que Jesus ‘não vai nessa onda’. Sabe que a Missão que o Pai Lhe confiou, é realizar uma Salvação, Redenção, de um outro género, numa outra dimensão, algo transcendente!
A – Então, quer isto dizer que Jesus devia vencer – mais uma vez! – a tentação do poder material, da fama terrena, do uso da força física e violenta. Não é essa a salvação que convém ao Homem!
B – Aprendamos, de Jesus, esta lição. Quantas vezes, na nossa vida, nos assalta a tentação de optarmos pelo mais fácil, pelo prazer imediato, pelos atalhos que nos desviam da nossa verdadeira vocação e missão… Sabemos que neste caminho, o de Jesus, temos de carregar com a cruz!
A – E não haverá algum modo de contornar e suavizar esse caminho?… Será mesmo inevitável que eu – porque sou cristão – deva “subir, sozinho, para esse monte”, para não cair nessas tentações?
B – Não há ‘outro caminho’! Jesus trocou ‘o trono real’, que Lhe ofereciam, pelo trono da Cruz que se achava “no monte”… Todavia, nós temos uma vantagem, única e preciosa: Nunca “subimos” sozinhos a esse ‘monte’, pois vamos com Ele, seguindo os Seus passos com as nossas cruzes!…
A/B: Jesus, perante a Tua palavra – «quem não Me seguir com a sua cruz,
não pode ser Meu discípulo e amigo» – já não há uma outra escolha possível!
Se não for esta opção, a Tua, só restam: prazeres vazios, realezas efémeras,
messias fingidos, salvadores de miragem… soluções fáceis e frágeis!
A questão é que, nesta vida terreal, ninguém pode fugir ou escapar da ‘cruz’!
Mesmo os que não querem acreditar em Ti, não podem furtar-se às ‘cruzes’,
que acharão sempre nos seus caminhos (!?). O que fazer, Jesus – eles e nós –
para aceitá-las e assumi-las, como algo necessário ‘nas lides’ do Amor?
Sabemos que Tu vais à nossa frente! Mas… ‘não te canses’ de puxar por nós!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
27 Julho, 2018
“Mas Jesus retirou-Se novamente, sozinho, para o monte”
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo B – Domingo 17 do T. Comum)
“… Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo». Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte” (Jo 6,14-15 / 3ª L.).
Este é o primeiro dos milagres sobre a multiplicação de pães e peixes realizados por Jesus; o único que João descreve no seu Evangelho, tal como Lucas. Os outros dois evangelistas, Marcos e Mateus, registam também uma “segunda multiplicação”… Antes da realização deste milagre – lemos no início do Evangelho de hoje – “seguia a Jesus uma numerosa multidão por ver os milagres que Ele realizava nos doentes”. Aos milagres que aquelas gentes já tinham visto, ou de que tinham ouvido falar, junta-se agora mais este, que atinge a todos os presentes… Compreende-se então a reação da multidão, bem como a atitude final de Jesus… E observemos que João utiliza o termo “novamente”, querendo significar que já não era a primeira vez que Jesus teve de optar por retirar-Se (‘fugir’?) para não ser proclamado rei…
A – Esta “gentinha” – no sentido meigo do termo – que, de imediato, vê resolvidos seus problemas de saúde e de alimentação, não admira que siga atrás deste poderoso e bom profeta de Nazaré!
B – Este povo simples, desgraçado, habituado a suportar o pesado jugo de todo e qualquer tirano – rei ou governante – é compreensível que queira proclamar ‘seu’ Rei a quem parece omnipotente!
A – À partida, esta multidão está a agir corretamente, uma vez que, os seus antepassados, desde sempre, estão à espera de um Salvador, ‘Messias’, ‘Rei’…, que os liberte de todo o opressor! E não é a primeira vez: Isto já acontecera com vários outros ‘falsos’ profetas, messias, salvadores, reis…
B – Acontece, porém, que Jesus ‘não vai nessa onda’. Sabe que a Missão que o Pai Lhe confiou, é realizar uma Salvação, Redenção, de um outro género, numa outra dimensão, algo transcendente!
A – Então, quer isto dizer que Jesus devia vencer – mais uma vez! – a tentação do poder material, da fama terrena, do uso da força física e violenta. Não é essa a salvação que convém ao Homem!
B – Aprendamos, de Jesus, esta lição. Quantas vezes, na nossa vida, nos assalta a tentação de optarmos pelo mais fácil, pelo prazer imediato, pelos atalhos que nos desviam da nossa verdadeira vocação e missão… Sabemos que neste caminho, o de Jesus, temos de carregar com a cruz!
A – E não haverá algum modo de contornar e suavizar esse caminho?… Será mesmo inevitável que eu – porque sou cristão – deva “subir, sozinho, para esse monte”, para não cair nessas tentações?
B – Não há ‘outro caminho’! Jesus trocou ‘o trono real’, que Lhe ofereciam, pelo trono da Cruz que se achava “no monte”… Todavia, nós temos uma vantagem, única e preciosa: Nunca “subimos” sozinhos a esse ‘monte’, pois vamos com Ele, seguindo os Seus passos com as nossas cruzes!…
A/B: Jesus, perante a Tua palavra – «quem não Me seguir com a sua cruz,
não pode ser Meu discípulo e amigo» – já não há uma outra escolha possível!
Se não for esta opção, a Tua, só restam: prazeres vazios, realezas efémeras,
messias fingidos, salvadores de miragem… soluções fáceis e frágeis!
A questão é que, nesta vida terreal, ninguém pode fugir ou escapar da ‘cruz’!
Mesmo os que não querem acreditar em Ti, não podem furtar-se às ‘cruzes’,
que acharão sempre nos seus caminhos (!?). O que fazer, Jesus – eles e nós –
para aceitá-las e assumi-las, como algo necessário ‘nas lides’ do Amor?
Sabemos que Tu vais à nossa frente! Mas… ‘não te canses’ de puxar por nós!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net