52bb- «Jesus foi provado em tudo tal como nós...

– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –

(Ciclo B – Domingo 29 do T. Comum)

 

“Na verdade, nós não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas. Pelo contrário, Ele mesmo foi provado em tudo, tal como nós, exceto no pecado. Vamos, portanto, cheios de confiança ao trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia”. (Hb 4,15-16 / 2ª L.).

 

Visto ser, o texto de hoje, exatamente a continuação do anterior (que refletíamos na semana passada) tudo o que lá foi dito como ‘introdução informativa’ pode ser aplicado neste caso. Aqui, transcrevemos apenas (porque relacionado diretamente com o texto) o que lá diziam os especialistas bíblicos: «A pessoa de Jesus Cristo, Filho de Deus e irmão dos homens, é o Sumo Sacerdote superior a Moisés e comparável à figura misteriosa de Melquisedec… O tema central é, portanto, o sacerdócio de Cristo e o culto Cristão. Pela sua paixão, morte e glorificação, Ele é o mediador entre Deus e os homens; o seu sacrifício substitui todos os sacrifícios antigos» (Ver).

 

A – A primeira questão que se levanta é acerca do “sacerdócio” de Cristo, que não era nem como os sacerdotes dos ídolos… nem tampouco no sentido que foi atribuído aos sacerdotes cristãos durante certas etapas (!?) da história da Igreja. Será ‘a atual’ uma dessas etapas?…

B – O que importa agora é reconhecer e proclamar que: o Sacerdócio de Cristo é “Único”! Em primeiro lugar, porque o Mediador entre Deus e os humanos só pode ser “Um”. E este é o verdadeiro sentido da expressão “sumo sacerdote” ou “pontífice” (=‘que faz de ponte’).

A – Claro que os sacerdotes cristãos serão verdadeiros mediadores, com Cristo e em Cristo, só na medida em que exerçam o seu sacerdócio ministerial como Ele, «Servo Sofredor»!

B – Aliás, exatamente como o descreve Is 53 (1ª L.), ao falar do “servo de Javé” («sofredor») que: “por ter oferecido a sua vida como sacrifício de expiação, terá uma descendência duradoira… O justo, meu servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas iniquidades”.

A – Mas afinal, quem é este servo de Javé (que ainda por cima leva o apelido de sofredor)? Temos a certeza de que é o mesmo Cristo Jesus, o profeta de Nazaré, o homem-Deus?…

B – Desde logo, o próprio texto que refletimos – da carta aos hebreus – afirma-o com clareza, ao analisar a história já passada, na pessoa de Jesus de Nazaré, ressuscitado após a sua morte: “Jesus, o filho de Deus, foi provado em tudo, tal como nós, exceto no pecado”.

A – E para que não fique a menor dúvida, é o mesmo Jesus no Evangelho (Mc 10 / 3ª L.) quem o proclama: “Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas veio para servir e dar a vida pela redenção de todos»”. Assim: “Ele se compadece das nossas faltas”.

 

A/B: Senhor Jesus, encarnado no ‘profeta de Nazaré’, sem deixar de ser Deus:

Na verdade, não teríamos perdão se não seguíssemos o Teu exemplo,

pelo menos para conseguir vivermos nessa atitude habitual de servir

e nunca de sermos servidos ou sentirmos por cima de ninguém.

Será que vamos a ser capazes, Jesus, de darmos a vida pelos outros

– no dia a dia, gota a gota, ou ‘toda de uma vez’ se for caso disso –

tal como Tu fizeste («servo de Javé, sofredor») livre e dócil à vontade do Pai?

Porém, “iremos, cheios de confiança, ao trono da graça, onde está a misericórdia”!

   

// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net