
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo 1 da Quaresma)
“Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-Se das margens do Jordão. Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado pelo Diabo. Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome. (…) Então o Diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo”. (Lc 4,1-3.13 / 3ª L).
O texto completo (Lc 4,1-13) contém – perfeitamente descritos – os três ‘tipos modelares’ que abrangem toda a classe de ‘tentações’ (ou “toda a espécie de tentação”, que diz o v. 13) a que os humanos estamos expostos… Com isto, quer se demonstrar – segundo o comum sentir – duas coisas principalmente. A primeira, que Jesus, enquanto homem, estava submetido às mesmas tentações do comum dos mortais, tipificadas nessas três direções… E a segunda coisa é que, tal como Ele venceu, nós também podemos ser vitoriosos, em “toda a espécie de tentação”, desde que sigamos o Seu exemplo, utilizando, como Ele, as Sagradas Escrituras (“está escrito”). E, desde logo, contando sempre com a companhia, a orientação e a força do Espírito Santo…
A – Naquela altura, Jesus acabava de realizar o ‘gesto’ de ser batizado por João Batista. Cumprida já a sua missão no rio Jordão e entre aquela multidão, é preciso afastar-se e encontrar a solidão.
B – Sabemos que o deserto é, não apenas um lugar descampado e ermo, mas também, e por isso, ambiente propício para: dialogar com o Pai, fazer penitência, enfrentar a luta contra as ‘tentações’…
A – Mas, reparemos. Ele “está cheio do Espírito Santo”; e “é conduzido a esse ‘deserto’ pelo mesmo Espírito”. Fica assim bem claro que Jesus não está a agir só por ‘decisão própria’ (!?).
B – Alguém poderá perguntar: Como é que um homem (e ainda mais o homem-Jesus) pode ser atacado pelo ‘espírito Maligno’ estando possuído e conduzido pelo Espírito Santo?…
A – E se lembrássemos que (como escreve outro evangelista/Mt 4,1) “o Espírito conduziu Jesus ao deserto” – precisamente – “para ser tentado pelo diabo”? – Ou seja, o próprio Espírito leva-O à luta!
B – Já se vê que, então, a tentação – que supõe combate e conflito, ataque e defesa – não se pode considerar como coisa má, negativa ou pecaminosa. Porém, as tentações são necessárias, isto é, deverão ser, apenas e só, um meio para provar os humanos, testá-los, purificá-los… e salvá-los!
A – Aliás, só nesta ordem de ideias podemos entender aquelas palavras de Jesus, na altura da sua última luta (= ‘agonia’) no «horto das Oliveiras»: “esta é a hora do poder das trevas” (Lc 22,53).
B – Certamente, as palavras finais do nosso texto – “o Diabo retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo” – referem-se (três anos depois daquelas tentações no deserto) àquelas últimas «24 horas» da Sua vida mortal, em que Jesus foi visitado (~terrivelmente tentado!) pelo Maligno.
A – Mal podia imaginar o Diabo, que esse Jesus (tal como no deserto) ia vencê-lo – paradoxal e definitivamente! – deixando-se crucificar até à morte para arrancar os homens das ‘suas garras’!
A-B: Se é verdade, ó Pai, que Tu “com provações corriges aqueles que amas” (Pr 3,12),
deveremos estar prontos para o combate das tentações e os ataques do inimigo…
Para tal, deixar-nos-emos encher, possuir e conduzir pelo Espírito de Jesus Cristo…
pois só como Ele – guiados por este Espírito Santo – poderemos contar por vitórias
o número das tentações que defrontemos, fortalecidos sempre pelos Seus Dons.
Deus e Pai nosso, é assim que nós queremos vencer, por Cristo Senhor nosso!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
8 Março, 2019
«Conduzido pelo Espírito, foi tentado pelo Diabo…
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo 1 da Quaresma)
“Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-Se das margens do Jordão. Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado pelo Diabo. Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome. (…) Então o Diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo”. (Lc 4,1-3.13 / 3ª L).
O texto completo (Lc 4,1-13) contém – perfeitamente descritos – os três ‘tipos modelares’ que abrangem toda a classe de ‘tentações’ (ou “toda a espécie de tentação”, que diz o v. 13) a que os humanos estamos expostos… Com isto, quer se demonstrar – segundo o comum sentir – duas coisas principalmente. A primeira, que Jesus, enquanto homem, estava submetido às mesmas tentações do comum dos mortais, tipificadas nessas três direções… E a segunda coisa é que, tal como Ele venceu, nós também podemos ser vitoriosos, em “toda a espécie de tentação”, desde que sigamos o Seu exemplo, utilizando, como Ele, as Sagradas Escrituras (“está escrito”). E, desde logo, contando sempre com a companhia, a orientação e a força do Espírito Santo…
A – Naquela altura, Jesus acabava de realizar o ‘gesto’ de ser batizado por João Batista. Cumprida já a sua missão no rio Jordão e entre aquela multidão, é preciso afastar-se e encontrar a solidão.
B – Sabemos que o deserto é, não apenas um lugar descampado e ermo, mas também, e por isso, ambiente propício para: dialogar com o Pai, fazer penitência, enfrentar a luta contra as ‘tentações’…
A – Mas, reparemos. Ele “está cheio do Espírito Santo”; e “é conduzido a esse ‘deserto’ pelo mesmo Espírito”. Fica assim bem claro que Jesus não está a agir só por ‘decisão própria’ (!?).
B – Alguém poderá perguntar: Como é que um homem (e ainda mais o homem-Jesus) pode ser atacado pelo ‘espírito Maligno’ estando possuído e conduzido pelo Espírito Santo?…
A – E se lembrássemos que (como escreve outro evangelista/Mt 4,1) “o Espírito conduziu Jesus ao deserto” – precisamente – “para ser tentado pelo diabo”? – Ou seja, o próprio Espírito leva-O à luta!
B – Já se vê que, então, a tentação – que supõe combate e conflito, ataque e defesa – não se pode considerar como coisa má, negativa ou pecaminosa. Porém, as tentações são necessárias, isto é, deverão ser, apenas e só, um meio para provar os humanos, testá-los, purificá-los… e salvá-los!
A – Aliás, só nesta ordem de ideias podemos entender aquelas palavras de Jesus, na altura da sua última luta (= ‘agonia’) no «horto das Oliveiras»: “esta é a hora do poder das trevas” (Lc 22,53).
B – Certamente, as palavras finais do nosso texto – “o Diabo retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo” – referem-se (três anos depois daquelas tentações no deserto) àquelas últimas «24 horas» da Sua vida mortal, em que Jesus foi visitado (~terrivelmente tentado!) pelo Maligno.
A – Mal podia imaginar o Diabo, que esse Jesus (tal como no deserto) ia vencê-lo – paradoxal e definitivamente! – deixando-se crucificar até à morte para arrancar os homens das ‘suas garras’!
A-B: Se é verdade, ó Pai, que Tu “com provações corriges aqueles que amas” (Pr 3,12),
deveremos estar prontos para o combate das tentações e os ataques do inimigo…
Para tal, deixar-nos-emos encher, possuir e conduzir pelo Espírito de Jesus Cristo…
pois só como Ele – guiados por este Espírito Santo – poderemos contar por vitórias
o número das tentações que defrontemos, fortalecidos sempre pelos Seus Dons.
Deus e Pai nosso, é assim que nós queremos vencer, por Cristo Senhor nosso!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net