
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 1 da Quaresma)
“…Assim como, pelo pecado de um só (Adão) veio para todos os homens a condenação, assim também, pela obra de justiça de um só (Jesus Cristo) virá para todos a justificação, que dá a vida”. (Rm 5,18 / 2ª L.)
É difícil aceitar que a culpa de alguém, por um erro ou pecado cometido, seja transferida a outrem, que nada tem a ver, e por tal ser punido!… Ou será que têm razão os que dizem aquilo de «aqui, pagam justos por pecadores»? Que significa então – já desde o AT (Jr 31,29) – aquilo de: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que ficaram embotados”?… Ora bom, esclarecer esta aparente “injustiça” é o que Paulo, inspirado por Deus, tenta fazer na Carta aos Romanos…
A – Podemos começar por aceitar – como faz Paulo no seu raciocínio – a parte de verdade que pode ter aquilo de “pelo pecado de um só (‘Adão’) veio para todos a perdição”…
B – Sim, porque, mesmo aceitando essa realidade (para o mal!), o seu argumento (para o bem!) tem lógica: “pela obra de justiça de um só (Cristo) virá, para todos, a justificação que dá a Vida”.
A – E isto “com muita mais força e razão” (confirma o Apóstolo)… Porém, podemos continuar a perguntar-nos: Será assim tão fácil e simples aceitar um e outro raciocínio, sem mais? Isto é, nós – cada um de nós! – será que não temos nada a ver com a nossa sorte “desgraçada” e/ou “salvífica”?
B – Uma coisa parece evidente. A quem se queixar dessa “culpa transferida”, poder-se-ão aplicar as palavras de Jesus: “Quem estiver livre de pecado, que lance a primeira pedra”(Jo 8,7).
A – Ou seja, essa “herança de culpa” só tem sentido porque, todos e cada um, inclinados para o mal (?), somos, de facto, transgressores, livre e voluntariamente… Ninguém poderá negar isto!
B – E pela mesma razão, também não poderíamos usufruir da Salvação (“justificação”) de Cristo se não existisse a nossa pessoal colaboração – livre e voluntária – na Sua Paixão, Morte e Vida…
A – Realmente, porque somos solidários «na culpa do pecado», individual e coletivamente… do mesmo modo somos solidários – temos de o ser! – na «tarefa, ativa e livre, da Vida e Salvação»…
B – Não será esse o sentido daquela afirmação, «Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti»?
A/B: Mas nós sabemos muito bem, Jesus, que, “sem Ti, nada podemos fazer”.
E enquanto nós clamamos «Ajuda-nos! Salva-nos!»,
Tu acrescentas “quem não quiser carregar a sua cruz para Me seguir”
põe-se de fora no Caminho da Salvação e renuncia à Vida.
Por isso, queremos caminhar, sempre solidários, com “eles” e conTigo!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA:
http://palavradeamorpalavra.sallep.net
28 Fevereiro, 2020
«Pela obra de justiça de um só…»
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 1 da Quaresma)
“…Assim como, pelo pecado de um só (Adão) veio para todos os homens a condenação, assim também, pela obra de justiça de um só (Jesus Cristo) virá para todos a justificação, que dá a vida”. (Rm 5,18 / 2ª L.)
É difícil aceitar que a culpa de alguém, por um erro ou pecado cometido, seja transferida a outrem, que nada tem a ver, e por tal ser punido!… Ou será que têm razão os que dizem aquilo de «aqui, pagam justos por pecadores»? Que significa então – já desde o AT (Jr 31,29) – aquilo de: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que ficaram embotados”?… Ora bom, esclarecer esta aparente “injustiça” é o que Paulo, inspirado por Deus, tenta fazer na Carta aos Romanos…
A – Podemos começar por aceitar – como faz Paulo no seu raciocínio – a parte de verdade que pode ter aquilo de “pelo pecado de um só (‘Adão’) veio para todos a perdição”…
B – Sim, porque, mesmo aceitando essa realidade (para o mal!), o seu argumento (para o bem!) tem lógica: “pela obra de justiça de um só (Cristo) virá, para todos, a justificação que dá a Vida”.
A – E isto “com muita mais força e razão” (confirma o Apóstolo)… Porém, podemos continuar a perguntar-nos: Será assim tão fácil e simples aceitar um e outro raciocínio, sem mais? Isto é, nós – cada um de nós! – será que não temos nada a ver com a nossa sorte “desgraçada” e/ou “salvífica”?
B – Uma coisa parece evidente. A quem se queixar dessa “culpa transferida”, poder-se-ão aplicar as palavras de Jesus: “Quem estiver livre de pecado, que lance a primeira pedra”(Jo 8,7).
A – Ou seja, essa “herança de culpa” só tem sentido porque, todos e cada um, inclinados para o mal (?), somos, de facto, transgressores, livre e voluntariamente… Ninguém poderá negar isto!
B – E pela mesma razão, também não poderíamos usufruir da Salvação (“justificação”) de Cristo se não existisse a nossa pessoal colaboração – livre e voluntária – na Sua Paixão, Morte e Vida…
A – Realmente, porque somos solidários «na culpa do pecado», individual e coletivamente… do mesmo modo somos solidários – temos de o ser! – na «tarefa, ativa e livre, da Vida e Salvação»…
B – Não será esse o sentido daquela afirmação, «Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti»?
A/B: Mas nós sabemos muito bem, Jesus, que, “sem Ti, nada podemos fazer”.
E enquanto nós clamamos «Ajuda-nos! Salva-nos!»,
Tu acrescentas “quem não quiser carregar a sua cruz para Me seguir”
põe-se de fora no Caminho da Salvação e renuncia à Vida.
Por isso, queremos caminhar, sempre solidários, com “eles” e conTigo!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA:
http://palavradeamorpalavra.sallep.net