Is 42,1: “Diz o Senhor: «Eis o meu servo, a quem Eu protejo, o meu eleito, enlevo da minha alma. Sobre ele fiz repousar o meu espírito, para que leve a justiça às nações…»”. //  At 10,38: “«Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo demónio, porque Deus estava com Ele»”. //  Mt 3,16:Logo que Jesus foi batizado, saiu da água. Então abriram-se os céus e Jesus viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre Ele…”.

 

D SOBRE ELE (o ‘meu servo’) FIZ REPOUSAR O MEU ESPÍRITO PARA QUE LEVE A JUSTIÇA ÀS NAÇÕES…

O APÓS SER BATIZADO… JESUS VIU O ESPÍRITO DE DEUS DESCER COMO UMA POMBA E POUSAR SOBRE ELE…

CDEUS UNGIU COM A FORÇA DO ESPÍRITO SANTO A JESUS DE NAZARÉ, QUE PASSOU FAZENDO O BEM…

O – Como é que Deus (por Isaías) referindo-se ao Messias futuro, chama-lhe ‘servo’ e não filho?…

C – Sabe-se que no AT, como também no NT, aparecem esses dois termos como ‘equivalentes’…

O – Outrossim, no primeiro texto fala-se do ‘meu espírito’ e nos outros dois de ‘Espírito Santo’. Porquê?

C – É preciso ter em atenção que, só no início do NT é que Jesus nos revelou que ‘o espírito de Deus’ era, na realidade, a terceira Pessoa da Santíssima Trindade, ou seja, o Espírito Santo.

D – Se assim não fosse, como é que Eu teria aplicado ao meu Filho Jesus as mesmas palavras que (vários séculos antes) tinha inspirado a Isaías: “És o meu eleito, enlevo da minha alma”?

 

X – E é preciso observar que, nestes textos (de épocas e situações bem diferentes), vêm confluir realidades onde o agir do nosso Deus – tão próprio d’Ele! – é, mais uma vez, ‘desconcertante’! Assim, embora não era de esperar que este Jesus de Nazaré fosse batizado por João, mas ao invés “João é que deveria ser batizado por Jesus” como ele próprio salientou naquela altura (Mt 3,14-15), o que na realidade aconteceu foi o primeiro, porque “era assim que convinha” segundo a vontade de Deus…  E é verdade também que ‘textos’ do Antigo e do Novo Testamento que, à partida, não tinham porque ser ‘coincidentes’, acabaram por apresentar uma estranha (e ‘desconcertante’) coincidência, como já antes ficou indicado. [E cf.: (Is 42,1 ou Sl 2,7) com (Mt 3,17 ou 17,5)]…  Para já não falar no tal “o meu espírito” (em Isaías) que viria ser “Espírito Santo” (em Jesus)…  

 

[♫] – ANTÍFONA (~ ‘Mantra’):

«O Espírito de Deus hoje está sobre mim, foi quem me ungiu para proclamar a Boa Nova aos mais pobres, a graça da sua Salvação»… / ou / «A palavra de Deus, como a água, cai sobre a terra que somos tu e eu, e quer germinar: Deixa-a que inunde o teu coração!»…

 

«CITAÇÕES» À LUZ DESTA PALAVRA

[ Textos:  do Papa / da Bíblia / da poesia / das fábulas / provérbios / etc. ]

«Em sua santidade divina, cheia de graça e de misericórdia, o Filho de Deus se fez carne justamente para tomar sobre si e tirar o pecado do mundo. Assumir as nossas misérias, a nossa condição humana. Deixando-se batizar por João, Jesus manifesta a lógica e o sentido de sua missão … Unindo-se ao povo que pede a João o Batismo da conversão, Jesus compartilha dele o profundo desejo de renovação interior. E o Espírito Santo que desce sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba, é o sinal de que com Jesus inicia um mundo novo, uma nova criação, da qual fazem parte todos aqueles que acolhem Cristo em sua vida … Como Jesus após o seu Batismo, deixemo-nos ser guiados pelo Espírito Santo em tudo o que fazemos. Mas para isso, devemos invocá-lo! Aprendamos a invocar o Espírito Santo com mais frequência, em nossos dias, para poder viver com amor as coisas ordinárias, e assim, torná-las extraordinárias».             

[ Papa Francisco: na Festa do “Batismo de Jesus”Catequese (‘Angelus’, 13-1-2019) ]

 

Quando Jesus exercia a sua Missão de Salvação, pelo serviço da Palavra e pelas curas realizadas nos doentes e possessos dos demónios, o mesmo evangelista Mateus, num outro capítulo (c.12), citando Isaías, apresenta «Jesus, o Servo de Javé» deste modo:

“Assim se cumpriu o que fora anunciado pelo profeta Isaías:

«Aqui está o meu servo, que escolhi,

o meu amado,

em quem a minha alma se deleita.

Derramarei sobre Ele o meu espírito,

e Ele anunciará a minha vontade aos povos.

Não discutirá nem bradará,

e ninguém ouvirá nas praças a sua voz.

Não há de quebrar a cana fendida,

nem apagar a mecha que fumega,

até conduzir a minha vontade à vitória.

E, no seu nome, hão de esperar os povos!»”.

[ Do: Evangelho segundo S. Mateus (Mt 12,17-21)]

 

// PARA outras REFLEXÕES AFINS:  http://palavradeamorpalavra.sallep.net