– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 3 da Páscoa)
“… Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles (os de Emaús) contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão” (Jo 20 / 3ª L.).
Este episódio, dos dois discípulos de Emaús, localiza-se no caminho – de 11 km aproximadamente – que vai de Jerusalém a esta aldeia de Emaús. Estamos no fim da jornada, daquele “1º dia da semana”, em que Jesus tinha Ressuscitado (e que corresponderia, para nós, à “1ª-feira”, como no calendário judaico). E alguém podia perguntar, como é que não existe esta 1ª-feira no nosso calendário? Sabemos que é devido, precisamente, a que, pela Ressurreição do Senhor, este dia passou a denominar-se «Domingo», isto é, “dies Domini” (=dia do “Senhor”) … Bom, uma vez situados no espaço e no tempo, vamos ao fundamental deste evento, que está cheio de “lições” …
A – Por experiência própria, a maioria das pessoas – ou todas? – sabemos o que comporta uma sensação de fracasso na vida. E no caso destes dois discípulos, o fracasso parece ter sido total…
B – Perante a morte fatal de Quem era a sua única e total Esperança, eles decidem desistir, “desertar” e… “desandar”! De um dia para o outro, o seu projeto de vida ficou “desfeito”, morto!
A – É verdade, morreu junto com a desaparição do “seu Senhor” … E, para eles, a decisão parece estar tomada: Voltar para a sua terra, as suas coisas, a sua rotina de sempre… de onde um dia saíram para seguir a aquele Homem extraordinário que os tinha “cativado” na alma…
B – Agora estão a “desfazer” esse mesmo caminho, porque, ao que parece, tudo não passou de um «belo sonho», e hoje «acordaram» outra vez para a realidade crua e dura. Que chatice, meu Deus!
A – Mas, e se a morte daquele “seu senhor” tivesse sido só morte aparente? E a sua “desaparição”, não terá sido apenas para os olhos corporais? E não será que Ele continua Vivo, embora invisível?
B – Todas estas questões, e muitas mais, vão ser resolvidas pelo próprio protagonista da história, Jesus, que vem ao seu encontro sem esperar mais – embora após um tempo para a gente ‘tomar consciência’ dessa situação – como costuma fazer com todos os fracassados.
A – Realmente, o encontro foi maravilhoso e singular… mas, sobretudo, profundo e decisivo! Primeiro, “ardiam os seus corações” (pela “Palavra”). Depois, veio ‘a conversão’ (“ao partir o Pão”).
B – E, agora, percorrem o mesmo caminho (já é pela ‘terceira’ vez!), só que, desta vez, é a correr e sem importar que seja noite! Aliás, no mesmo sentido que a primeira vez (a primeira «vocação»).
A – Diz o texto, “partiram imediatamente de regresso a Jerusalém”. Este ‘regresso’ é a ‘conversão’!
A/B: Senhor Jesus, se não sentimos “arder cá dentro os nossos corações”,
é certamente porque ainda não aprendemos a escutar, interiorizar e “saborear”
a Tua Palavra – Palavra de Amor –; e porque, nas dificuldades e cruzes do dia a dia,
deixamo-nos levar pela desesperança, até aceitarmos o fracasso mais sombrio (?) …
Nesses ‘dias’, ó Jesus, não tardes, vem ao nosso encontro. Temos necessidade de Ti!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net

24 Abril, 2020
«Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém»
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 3 da Páscoa)
“… Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles (os de Emaús) contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão” (Jo 20 / 3ª L.).
Este episódio, dos dois discípulos de Emaús, localiza-se no caminho – de 11 km aproximadamente – que vai de Jerusalém a esta aldeia de Emaús. Estamos no fim da jornada, daquele “1º dia da semana”, em que Jesus tinha Ressuscitado (e que corresponderia, para nós, à “1ª-feira”, como no calendário judaico). E alguém podia perguntar, como é que não existe esta 1ª-feira no nosso calendário? Sabemos que é devido, precisamente, a que, pela Ressurreição do Senhor, este dia passou a denominar-se «Domingo», isto é, “dies Domini” (=dia do “Senhor”) … Bom, uma vez situados no espaço e no tempo, vamos ao fundamental deste evento, que está cheio de “lições” …
A – Por experiência própria, a maioria das pessoas – ou todas? – sabemos o que comporta uma sensação de fracasso na vida. E no caso destes dois discípulos, o fracasso parece ter sido total…
B – Perante a morte fatal de Quem era a sua única e total Esperança, eles decidem desistir, “desertar” e… “desandar”! De um dia para o outro, o seu projeto de vida ficou “desfeito”, morto!
A – É verdade, morreu junto com a desaparição do “seu Senhor” … E, para eles, a decisão parece estar tomada: Voltar para a sua terra, as suas coisas, a sua rotina de sempre… de onde um dia saíram para seguir a aquele Homem extraordinário que os tinha “cativado” na alma…
B – Agora estão a “desfazer” esse mesmo caminho, porque, ao que parece, tudo não passou de um «belo sonho», e hoje «acordaram» outra vez para a realidade crua e dura. Que chatice, meu Deus!
A – Mas, e se a morte daquele “seu senhor” tivesse sido só morte aparente? E a sua “desaparição”, não terá sido apenas para os olhos corporais? E não será que Ele continua Vivo, embora invisível?
B – Todas estas questões, e muitas mais, vão ser resolvidas pelo próprio protagonista da história, Jesus, que vem ao seu encontro sem esperar mais – embora após um tempo para a gente ‘tomar consciência’ dessa situação – como costuma fazer com todos os fracassados.
A – Realmente, o encontro foi maravilhoso e singular… mas, sobretudo, profundo e decisivo! Primeiro, “ardiam os seus corações” (pela “Palavra”). Depois, veio ‘a conversão’ (“ao partir o Pão”).
B – E, agora, percorrem o mesmo caminho (já é pela ‘terceira’ vez!), só que, desta vez, é a correr e sem importar que seja noite! Aliás, no mesmo sentido que a primeira vez (a primeira «vocação»).
A – Diz o texto, “partiram imediatamente de regresso a Jerusalém”. Este ‘regresso’ é a ‘conversão’!
A/B: Senhor Jesus, se não sentimos “arder cá dentro os nossos corações”,
é certamente porque ainda não aprendemos a escutar, interiorizar e “saborear”
a Tua Palavra – Palavra de Amor –; e porque, nas dificuldades e cruzes do dia a dia,
deixamo-nos levar pela desesperança, até aceitarmos o fracasso mais sombrio (?) …
Nesses ‘dias’, ó Jesus, não tardes, vem ao nosso encontro. Temos necessidade de Ti!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net