2Rs 4,8.10: “Uma distinta senhora, convidou o profeta Eliseu com insistência a comer em sua casa… E disse ao marido: «Mandemos-lhe fazer no terraço um pequeno quarto… Quando ele vier à nossa casa, poderá lá ficar»…”. // Rm 6,8-9: “Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos. Sabemos que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer…”. // Mt 10,42: «E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: Não perderá a sua recompensa».
O – ELA CONVIDOU-O A COMER EM SUA CASA E DISSE AO MARIDO: FAÇAMOS-LHE NO TERRAÇO UM PEQUENO QUARTO (2Rs 4)
C – SE MORREMOS COM CRISTO, ACREDITAMOS QUE TAMBÉM COM ELE VIVEREMOS… ELE NÃO PODE MORRER… (Rm 6)
D – «…E SE ALGUÉM DER DE BEBER… NEM QUE SEJA UM COPO DE ÁGUA… NÃO PERDERÁ A SUA RECOMPENSA» (Mt 10)
C – Se reparamos, há uma constante que aparece nos três textos. Toda a boa obra, realizada principalmente por caridade, nunca fica sem uma recompensa maior.
O – Sim, porque no primeiro texto (o da mulher atenciosa com o profeta Eliseu) também ela teve a desejada ‘honra’ de ter um filho; e de, mais tarde, recuperá-lo vivo de uma morte prematura.
D – Porém, a recompensa não se mede pela importância aparente da boa obra feita, mas pelo amor-caridade com que é realizada e as motivações profundas… Por isso, “nem que seja um simples copo de água fresca, dado ao mais pequeno discípulo Meu, terá a sua recompensa”!
C – E Paulo – como tantas vezes – teve a sábia intuição de colocar a base e fundamento lógico de todo o binómio ‘trabalho-prémio’: “Se morremos com Cristo… também com Ele viveremos”.
X — Será que fazemos as coisas, ou deixamos de as fazer, pelo facto de termos prémio ou não? Porém, a nossa motivação – para o pensar, o dizer ou o agir – deverá ser principalmente o amor e o bem de todos e cada um, embora também seja verdade que a perspetiva do prémio (ou do castigo?) anima, encoraja e ajuda. Aí está a dita “pedagogia de Deus”, que bem conhece a matéria de que os humanos fomos feitos e criados por Ele próprio. Não devemos esquecer que – como pertencentes à espécie humana – levamos sempre connosco a componente animal do “instinto”, ligado ao natural prazer sensorial… — Mas Tu, Jesus, conheces melhor do que ninguém a nossa natureza humana, pois foi nela que Te encarnaste. E, ao tempo que colocas no nosso horizonte a ‘recompensa’ que atrai e alicia, pões, antes de mais, como motivo e meta principal o Amor. Então, Jesus, contamos conTigo para percorrermos – por entre os irmãos – este Caminho de Amor que és Tu.
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Se vivemos, vivemos para o Senhor. Se morremos, morremos para o Senhor. Na vida e na morte, somos do Senhor. Somos do Senhor!» …
(♪) – «Felizes seremos se formos pela senda que segue a Tua sombra ao caminhar! Felizes seremos, Senhor!» …
(♪) – «Sou feliz porque a vida é partilhar; mais do que no receber, a alegria está no dar!» …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]
— Papa Francisco – Acerca de: O valor dos pequenos gestos…
«…Deus, nosso Pai, não Se deixa vencer em generosidade, e semeia. Semeia a Sua presença no nosso mundo, porque «é nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou primeiro» (1 Jo 4, 10). Aquele amor dá-nos esta certeza profunda: somos procurados por Ele, Ele está sempre à nossa espera… Pôr em dúvida a obra do Espírito, ou dar a impressão de que a Sua obra não tem nada a ver com aqueles que não são «do nosso grupo», que não são «como nós»: Isso é uma tentação perigosa. Não só bloqueia a conversão à fé, como constitui uma perversão da fé.
A fé abre a «janela» à presença operante do Espírito e demonstra-nos que a santidade, tal como a felicidade, está sempre ligada aos pequenos gestos. «Seja quem for que vos der a beber um copo de água – um pequeno gesto – por serdes discípulos de Cristo… não perderá a sua recompensa», diz Jesus (Mc 9, 41). São gestos mínimos, que uma pessoa aprende em casa; gestos de família que se perdem no anonimato da vida diária, mas que fazem cada dia diferente do outro. São gestos de mãe, de avó, de pai, de avô, de filho, de irmãos. São gestos de ternura, de afeto, de compaixão. Gestos como o prato quente de quem espera para jantar, como o café da manhã de quem sabe acompanhar o levantar na alvorada. São gestos familiares. É a bênção antes de dormir, e o abraço ao regressar duma jornada de trabalho. O amor exprime-se em pequenas coisas, na atenção aos detalhes de cada dia que fazem com que a vida sempre tenha sabor de casa. A fé cresce, quando é vivida e plasmada pelo amor. Por isso, as nossas famílias, as nossas casas são autênticas igrejas domésticas: são o lugar ideal onde a fé se torna vida e a vida cresce mais e mais na fé … ».
[ Papa Francisco – Da Homilia: Encerramento-8º Encontro Mundial das Famílias (Filadélfia-27.09.2015) ]
— Texto Bíblico – ‘As falsas recompensas’… [Do «Sermão da Montanha» / Mateus – c. 5 e 6]
“Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores. Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos? E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste. Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu. Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há de premiar-te. Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há de recompensar-te” … (Mt 5,43 – 6,6…)
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
26 Junho, 2020
«Em verdade vos digo-Não perderá a sua recompensa»
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
O – ELA CONVIDOU-O A COMER EM SUA CASA E DISSE AO MARIDO: FAÇAMOS-LHE NO TERRAÇO UM PEQUENO QUARTO (2Rs 4)
C – SE MORREMOS COM CRISTO, ACREDITAMOS QUE TAMBÉM COM ELE VIVEREMOS… ELE NÃO PODE MORRER… (Rm 6)
D – «…E SE ALGUÉM DER DE BEBER… NEM QUE SEJA UM COPO DE ÁGUA… NÃO PERDERÁ A SUA RECOMPENSA» (Mt 10)
C – Se reparamos, há uma constante que aparece nos três textos. Toda a boa obra, realizada principalmente por caridade, nunca fica sem uma recompensa maior.
O – Sim, porque no primeiro texto (o da mulher atenciosa com o profeta Eliseu) também ela teve a desejada ‘honra’ de ter um filho; e de, mais tarde, recuperá-lo vivo de uma morte prematura.
D – Porém, a recompensa não se mede pela importância aparente da boa obra feita, mas pelo amor-caridade com que é realizada e as motivações profundas… Por isso, “nem que seja um simples copo de água fresca, dado ao mais pequeno discípulo Meu, terá a sua recompensa”!
C – E Paulo – como tantas vezes – teve a sábia intuição de colocar a base e fundamento lógico de todo o binómio ‘trabalho-prémio’: “Se morremos com Cristo… também com Ele viveremos”.
X — Será que fazemos as coisas, ou deixamos de as fazer, pelo facto de termos prémio ou não? Porém, a nossa motivação – para o pensar, o dizer ou o agir – deverá ser principalmente o amor e o bem de todos e cada um, embora também seja verdade que a perspetiva do prémio (ou do castigo?) anima, encoraja e ajuda. Aí está a dita “pedagogia de Deus”, que bem conhece a matéria de que os humanos fomos feitos e criados por Ele próprio. Não devemos esquecer que – como pertencentes à espécie humana – levamos sempre connosco a componente animal do “instinto”, ligado ao natural prazer sensorial… — Mas Tu, Jesus, conheces melhor do que ninguém a nossa natureza humana, pois foi nela que Te encarnaste. E, ao tempo que colocas no nosso horizonte a ‘recompensa’ que atrai e alicia, pões, antes de mais, como motivo e meta principal o Amor. Então, Jesus, contamos conTigo para percorrermos – por entre os irmãos – este Caminho de Amor que és Tu.
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Se vivemos, vivemos para o Senhor. Se morremos, morremos para o Senhor. Na vida e na morte, somos do Senhor. Somos do Senhor!» …
(♪) – «Felizes seremos se formos pela senda que segue a Tua sombra ao caminhar! Felizes seremos, Senhor!» …
(♪) – «Sou feliz porque a vida é partilhar; mais do que no receber, a alegria está no dar!» …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]
— Papa Francisco – Acerca de: O valor dos pequenos gestos…
«…Deus, nosso Pai, não Se deixa vencer em generosidade, e semeia. Semeia a Sua presença no nosso mundo, porque «é nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou primeiro» (1 Jo 4, 10). Aquele amor dá-nos esta certeza profunda: somos procurados por Ele, Ele está sempre à nossa espera… Pôr em dúvida a obra do Espírito, ou dar a impressão de que a Sua obra não tem nada a ver com aqueles que não são «do nosso grupo», que não são «como nós»: Isso é uma tentação perigosa. Não só bloqueia a conversão à fé, como constitui uma perversão da fé.
A fé abre a «janela» à presença operante do Espírito e demonstra-nos que a santidade, tal como a felicidade, está sempre ligada aos pequenos gestos. «Seja quem for que vos der a beber um copo de água – um pequeno gesto – por serdes discípulos de Cristo… não perderá a sua recompensa», diz Jesus (Mc 9, 41). São gestos mínimos, que uma pessoa aprende em casa; gestos de família que se perdem no anonimato da vida diária, mas que fazem cada dia diferente do outro. São gestos de mãe, de avó, de pai, de avô, de filho, de irmãos. São gestos de ternura, de afeto, de compaixão. Gestos como o prato quente de quem espera para jantar, como o café da manhã de quem sabe acompanhar o levantar na alvorada. São gestos familiares. É a bênção antes de dormir, e o abraço ao regressar duma jornada de trabalho. O amor exprime-se em pequenas coisas, na atenção aos detalhes de cada dia que fazem com que a vida sempre tenha sabor de casa. A fé cresce, quando é vivida e plasmada pelo amor. Por isso, as nossas famílias, as nossas casas são autênticas igrejas domésticas: são o lugar ideal onde a fé se torna vida e a vida cresce mais e mais na fé … ».
[ Papa Francisco – Da Homilia: Encerramento-8º Encontro Mundial das Famílias (Filadélfia-27.09.2015) ]
— Texto Bíblico – ‘As falsas recompensas’… [Do «Sermão da Montanha» / Mateus – c. 5 e 6]
“Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores. Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos? E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste. Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu. Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há de premiar-te. Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há de recompensar-te” … (Mt 5,43 – 6,6…)
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net