– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
( Ciclo B – Domingo.2 – PÁSCOA da RESSURREIÇÃO )
“Disseram os outros discípulos a Tomé: «Vimos o Senhor!». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei» (…) Tomé respondeu (a Jesus): «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: Felizes os que acreditam sem terem visto!»”. (Jo 20,25.28 / 3ª L).
Quem ler com atenção os textos evangélicos relativos às manifestações de Jesus Vivo (“aparições do Ressuscitado”) há de verificar, nesses relatos, uma mistura destes ‘opostos’: “medo-temor” e “alegria-júbilo”; de “certeza” e “desorientação”; de “fé” e “incredulidade”… Pois precisamente nesse ‘ambiente’, um tanto ‘confuso’, tem lugar o episódio – contraditório – do discípulo Tomé, «incrédulo-crente», ao ser confrontado com a presença do próprio Jesus («Seu Senhor e seu Deus!»)…
A – Já foi afirmado: «Quem não ama não pode confiar». E aqui vemos Tomé, que não foi capaz de acreditar ou confiar na palavra dos seus colegas, irmãos, porque ‘ainda’ os não amava de verdade…
B – Temos tendência a pensar que a questão da fé – e do amor – refere-se (e ‘resolve-se’) apenas e só, com relação a Deus – a Jesus – ou seja, na vertical. E esquecemos a dimensão horizontal!… É que a fé em Deus (em Jesus) tal como o amor, são inseparáveis da confiança (amor e fé) nos irmãos…
A – Ou seja, quem não confiar na palavra sincera do irmão ou amigo, não pode dizer que o ama. E isto é assim porque, precisamente, o contrário também é verdade: Se não amas não confias!
B – E, cedo ou tarde, há de aparecer a pugna entre “razão” e “fé”, ou entre a “força dos sentidos” e a “energia do espírito”. Caso de Tomé: “Se eu não vir, não tocar, não… eu não acreditarei!”.
A – Exatamente, porque Tomé não confia na palavra dos companheiros – como faz qualquer ‘desconfiado’! – está a pôr condições (“visíveis” e “palpáveis”) para ‘acreditar’ na afirmação deles.
B – Compreendamos e desculpemos, porém, a falha deste discípulo, para ficarmos com a lição que, afinal, nos dá: Reconhece a falta de fé inicial, e “entrega-se” de todo a Jesus (Senhor-Deus)!
A – Aliás, o seu «ato de fé» – tão breve e conciso quanto profundo – «Meu Senhor e meu Deus!» – ficou para a história nas nossas Celebrações Eucarísticas, como expressão de fé verdadeira na presença (invisível) de Jesus-Deus nas espécies (visíveis) de pão e de vinho, no Sacramento e Sacrifício da EUCARISTIA…
B – Se assim for, nós é que somos realmente “Felizes, porque, na verdade, acreditamos sem termos visto”!
A-B: “Abraçar a fé”, Senhor Jesus, acreditar e confiar verdadeiramente,
exige de nós, os crentes, que cheguemos a “ter um só coração e uma só alma”(At 4)…
Porque, é verdade que a fé – como o amor – são um ‘dom’ que recebemos pelo Teu Espírito,
embora devamos cultivá-los e fazê-los crescer em nós… E sempre “em comunidade”!
Mas para que o dom da fé e da confiança mútua aumente em nós e nos contagie,
infunde-nos, Jesus, esse «espírito de fé» que nos faz «ver tudo com os olhos da fé».
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
9 Abril, 2021
«Felizes os que acreditam sem terem visto»
Luis López A Palavra REFLETIDA
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
( Ciclo B – Domingo.2 – PÁSCOA da RESSURREIÇÃO )
“Disseram os outros discípulos a Tomé: «Vimos o Senhor!». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei» (…) Tomé respondeu (a Jesus): «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: Felizes os que acreditam sem terem visto!»”. (Jo 20,25.28 / 3ª L).
Quem ler com atenção os textos evangélicos relativos às manifestações de Jesus Vivo (“aparições do Ressuscitado”) há de verificar, nesses relatos, uma mistura destes ‘opostos’: “medo-temor” e “alegria-júbilo”; de “certeza” e “desorientação”; de “fé” e “incredulidade”… Pois precisamente nesse ‘ambiente’, um tanto ‘confuso’, tem lugar o episódio – contraditório – do discípulo Tomé, «incrédulo-crente», ao ser confrontado com a presença do próprio Jesus («Seu Senhor e seu Deus!»)…
A – Já foi afirmado: «Quem não ama não pode confiar». E aqui vemos Tomé, que não foi capaz de acreditar ou confiar na palavra dos seus colegas, irmãos, porque ‘ainda’ os não amava de verdade…
B – Temos tendência a pensar que a questão da fé – e do amor – refere-se (e ‘resolve-se’) apenas e só, com relação a Deus – a Jesus – ou seja, na vertical. E esquecemos a dimensão horizontal!… É que a fé em Deus (em Jesus) tal como o amor, são inseparáveis da confiança (amor e fé) nos irmãos…
A – Ou seja, quem não confiar na palavra sincera do irmão ou amigo, não pode dizer que o ama. E isto é assim porque, precisamente, o contrário também é verdade: Se não amas não confias!
B – E, cedo ou tarde, há de aparecer a pugna entre “razão” e “fé”, ou entre a “força dos sentidos” e a “energia do espírito”. Caso de Tomé: “Se eu não vir, não tocar, não… eu não acreditarei!”.
A – Exatamente, porque Tomé não confia na palavra dos companheiros – como faz qualquer ‘desconfiado’! – está a pôr condições (“visíveis” e “palpáveis”) para ‘acreditar’ na afirmação deles.
B – Compreendamos e desculpemos, porém, a falha deste discípulo, para ficarmos com a lição que, afinal, nos dá: Reconhece a falta de fé inicial, e “entrega-se” de todo a Jesus (Senhor-Deus)!
A – Aliás, o seu «ato de fé» – tão breve e conciso quanto profundo – «Meu Senhor e meu Deus!» – ficou para a história nas nossas Celebrações Eucarísticas, como expressão de fé verdadeira na presença (invisível) de Jesus-Deus nas espécies (visíveis) de pão e de vinho, no Sacramento e Sacrifício da EUCARISTIA…
B – Se assim for, nós é que somos realmente “Felizes, porque, na verdade, acreditamos sem termos visto”!
A-B: “Abraçar a fé”, Senhor Jesus, acreditar e confiar verdadeiramente,
exige de nós, os crentes, que cheguemos a “ter um só coração e uma só alma”(At 4)…
Porque, é verdade que a fé – como o amor – são um ‘dom’ que recebemos pelo Teu Espírito,
embora devamos cultivá-los e fazê-los crescer em nós… E sempre “em comunidade”!
Mas para que o dom da fé e da confiança mútua aumente em nós e nos contagie,
infunde-nos, Jesus, esse «espírito de fé» que nos faz «ver tudo com os olhos da fé».
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net