————  [ 1-C – Domingo 1 Advento ]

==  “…Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória»…” (Lc 21,26-27–3ªL-).

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Vê lá se, por vezes, os teus pensamentos não são estes:

O que é que mais me preocupa neste instante?…

Qual a minha maior inquietação; quais, os meus medos e temores?…

Cá – no mais profundo do meu coração, do meu ser mais íntimo –

o que é que está a impedir que eu seja Feliz, totalmente, de verdade!?…

Claro que ainda não cheguei a “morrer de pavor”!… Ou sim?

Todavia, só o pensar que, algum dia, esse instante pavoroso

poderá chegar para mim… não me deixa encontrar a paz!…

Mas de que é que estou à espera para resolver estas questões!?…

Pois é, minha amiga, meu amigo,

será que ainda não procuraste ali onde está o verdadeiro “remédio”?…

Porque também – mesmo lá no fundo do teu ser mais íntimo –

é aí que está a tentar deixar-se ouvir “aquela voz”

– ténue, insistente, constante, amorosa (!) –

que tu teimas em não querer ouvir… ou preferes continuar a abafar!

Porém, só nesse “centro íntimo” – morada Deus – acharás a Salvação!

 

« Consoladora dos aflitos, Roga – a Deus – por nós!   [ De: «A LADAINHA» de N. Senhora ].

Sobretudo, Mãe, quando a nossa “aflição” permanece porque não sabemos ou não queremos aplicar o verdadeiro remédio, aquele que – intuímos – vai exigir de nós cortar ‘de raiz’ alguma coisa!… Mesmo assim, Mãe, perante os nossos medos e temores… nunca se diga que Tu não vieste, logo, “consolar-nos”!

 

— Ou, Da «Outra Poesia» —

No fim do mundo de tudo

há grandes montes que têm

ainda além e para além —

um grande além mago e mudo

Todos nós, que aqui cansamos

a alma com a negar,

no momento de sonhar

ali somos, ali estamos.

Mas, depois, volvidos onde

há só a vida que há

vemos que ante nós está

só o que vela e que esconde

(Fenando Pessoa)  

 

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