– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo do PENTECOSTES)
“Se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós… também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que está em vós… Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus… e podem exclamar: «Abbá, Pai». O próprio Espírito Santo dá testemunho, em união com o nosso espírito, de que somos filhos de Deus”. (Rm 8,11.14-16 / 2ª L(2)).
Trata-se da Carta (de Paulo aos cristãos de Roma) escrita quando se achava em Corinto, prestes a rumar para Jerusalém, a fim de entregar aquela ‘coleta monetária’ dos coríntios, feita para as Comunidades mais pobres da capital judaica… E escreve também para anunciar o seu projeto futuro de, passando por Roma, ir ‘evangelizar’ Hispânia, Província mais ocidental do Império Romano (cf. Rm 15,24.28). Ao que parece, esta Carta seria a primeira e única que escreveu a uma Comunidade cristã (Roma) não fundada por ele. Porém, escreve, longamente, acerca do Evangelho, “de que se tornou Apóstolo”, que agora anuncia por escrito, esclarecendo, não apenas os pontos mais polémicos, como também conteúdos nucleares, essenciais, da doutrina do Cristianismo. É o caso do nosso texto.
A – Fica bem claro – no texto e no contexto – que Paulo dominava também o tema do Espírito Santo, e não apenas o tema do Filho, Jesus Cristo, e o tema do Pai Deus… no mistério Trinitário.
B – Embora sem o indicar explicitamente, vê-se, por todos os escritos de S. Paulo, que ele próprio era o arauto principal desse “Espírito, que era protagonista” na Igreja nascente, como já falamos anteriormente…
A – Chama a atenção, todavia, a inter-relação que descobre, identifica e salienta, entre Cristo e o Espírito, bem como entre Cristo e o Pai ou entre o Pai e o Espírito.
B – Caberia pensar que Paulo conhecia o Discurso de Despedida (incluída a ‘Oração Sacerdotal’) após a Última Ceia (Jo, cc.13-17). Contudo, o evangelho de João é 40 anos posterior a esta carta. Isto quer dizer que é o mesmo Espírito quem inspira a Paulo e a João, en situações totalmente independentes (!?)…
A – Mesmo no início do nosso texto, aparece logo um ‘esquema’ magistral acerca da ‘ação Trinitária’: “o Espírito (o E. Santo) d’Aquele (o Pai) que ressuscitou Jesus (o Filho) de entre os mortos”…
B – Além disso, em várias outras passagens deste cap. 8 da Carta, são apresentados dois termos – “espírito” e “Espírito” – que Paulo distingue magistralmente. Será que, também nós, os conhecemos, e os vivemos?…
A – Por exemplo, contrapõe corpo – espírito (“o corpo é mortal por causa do pecado, mas o espírito permanece vivo”…); e também espírito – Espírito (“não recebestes um espírito de escravidão, mas o Espírito de adoção filial”…). Se assim for, então estamos prontos para entender a nossa questão central.
B – Ou seja, “se habita em nós o Espírito Santo”, e se “nos deixamos guiar por este Espírito de Deus, então somos filhos de Deus e – nesse mesmo Espírito – podemos exclamar, com toda a verdade: «Abbá, Pai!»”.
A-B: Espírito Santo, Deus, conduz os nossos passos, transformados pelo Teu Fogo.
Espírito Criador e Santificador, traz luz à nossa mente, e fortaleza à nossa vontade…
Vem iluminar: os nossos esforços, os nossos caminhos e os nossos encontros!
Vem iluminar: as nossas trevas, as nossas misérias, as nossas angústias!
Vem iluminar: as nossas vidas, as nossas certezas, as nossas partilhas!
Ó Espírito Santo, vem iluminar: a nossa família, a nossa comunidade, a nossa Igreja!
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
3 Junho, 2022
«Guiados pelo Espírito de Deus… podemos exclamar, ‘Abbá, Pai’»
Luis López A Palavra REFLETIDA
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo do PENTECOSTES)
“Se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós… também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que está em vós… Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus… e podem exclamar: «Abbá, Pai». O próprio Espírito Santo dá testemunho, em união com o nosso espírito, de que somos filhos de Deus”. (Rm 8,11.14-16 / 2ª L(2)).
Trata-se da Carta (de Paulo aos cristãos de Roma) escrita quando se achava em Corinto, prestes a rumar para Jerusalém, a fim de entregar aquela ‘coleta monetária’ dos coríntios, feita para as Comunidades mais pobres da capital judaica… E escreve também para anunciar o seu projeto futuro de, passando por Roma, ir ‘evangelizar’ Hispânia, Província mais ocidental do Império Romano (cf. Rm 15,24.28). Ao que parece, esta Carta seria a primeira e única que escreveu a uma Comunidade cristã (Roma) não fundada por ele. Porém, escreve, longamente, acerca do Evangelho, “de que se tornou Apóstolo”, que agora anuncia por escrito, esclarecendo, não apenas os pontos mais polémicos, como também conteúdos nucleares, essenciais, da doutrina do Cristianismo. É o caso do nosso texto.
A – Fica bem claro – no texto e no contexto – que Paulo dominava também o tema do Espírito Santo, e não apenas o tema do Filho, Jesus Cristo, e o tema do Pai Deus… no mistério Trinitário.
B – Embora sem o indicar explicitamente, vê-se, por todos os escritos de S. Paulo, que ele próprio era o arauto principal desse “Espírito, que era protagonista” na Igreja nascente, como já falamos anteriormente…
A – Chama a atenção, todavia, a inter-relação que descobre, identifica e salienta, entre Cristo e o Espírito, bem como entre Cristo e o Pai ou entre o Pai e o Espírito.
B – Caberia pensar que Paulo conhecia o Discurso de Despedida (incluída a ‘Oração Sacerdotal’) após a Última Ceia (Jo, cc.13-17). Contudo, o evangelho de João é 40 anos posterior a esta carta. Isto quer dizer que é o mesmo Espírito quem inspira a Paulo e a João, en situações totalmente independentes (!?)…
A – Mesmo no início do nosso texto, aparece logo um ‘esquema’ magistral acerca da ‘ação Trinitária’: “o Espírito (o E. Santo) d’Aquele (o Pai) que ressuscitou Jesus (o Filho) de entre os mortos”…
B – Além disso, em várias outras passagens deste cap. 8 da Carta, são apresentados dois termos – “espírito” e “Espírito” – que Paulo distingue magistralmente. Será que, também nós, os conhecemos, e os vivemos?…
A – Por exemplo, contrapõe corpo – espírito (“o corpo é mortal por causa do pecado, mas o espírito permanece vivo”…); e também espírito – Espírito (“não recebestes um espírito de escravidão, mas o Espírito de adoção filial”…). Se assim for, então estamos prontos para entender a nossa questão central.
B – Ou seja, “se habita em nós o Espírito Santo”, e se “nos deixamos guiar por este Espírito de Deus, então somos filhos de Deus e – nesse mesmo Espírito – podemos exclamar, com toda a verdade: «Abbá, Pai!»”.
A-B: Espírito Santo, Deus, conduz os nossos passos, transformados pelo Teu Fogo.
Espírito Criador e Santificador, traz luz à nossa mente, e fortaleza à nossa vontade…
Vem iluminar: os nossos esforços, os nossos caminhos e os nossos encontros!
Vem iluminar: as nossas trevas, as nossas misérias, as nossas angústias!
Vem iluminar: as nossas vidas, as nossas certezas, as nossas partilhas!
Ó Espírito Santo, vem iluminar: a nossa família, a nossa comunidade, a nossa Igreja!
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net