———-  [ 21.Ccc- ASCENSÃO do Senhor – 7 da Páscoa]

===  “Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos”. (At 1,8-9 -1ªL-).   

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Prestes a concluir sua “Missão

visível”, Encarnado nesta terra,

Jesus – como anunciara várias vezes –

deixa-nos o melhor que Ele possui:

o Espírito Divino, também Deus,

com Ele e com o Pai, Trindade Santa.

Porém, e desde já, fica mais clara

“a missão” que pertence aos discípulos:

“Serão então as Suas testemunhas

desde Jerusalém, por toda a parte,

até o remoto dos confins do mundo”.

E agora, com o ‘encargo’ bem entregue,

Jesus pode partir, bem satisfeito…

Mas que digo ‘partir’ (!) se Ele ‘se fica’

das mil formas e modos inventados

por Seu Amor eterno omnipotente?

É que afinal Ele não vai; apenas

deixa de estar visível e palpável

aos sentidos espácio-temporais

(“elevou-Se e a nuvem escondeu-O”!):

Questão de habituar-nos, meus amigos!

E a História – dois milénios já volvidos –

deixa-o bem patente a quem ‘quer ver’,

que a Missão-Salvação da Sua Igreja

há de continuar – indefinida –

contra as forças do Mal (“portas do Abismo”)!-(Mt 16)

 

    

            « Rainha dos Mártires, Porta do Céu, Rainha Assunta ao Céu,…    [ Da: «LADAINHA» de N. Senhora]

Desde hoje, Mãe, queremos imitar melhor os “confessores da Fé”, e sermos autênticas testemunhas do teu Filho Jesus, pela força e vigor do Espírito Santo, para termos a coragem de professarmos a nossa fé, se for preciso até ao martírio, ó “Rainha dos Mártires”!… Seguiremos, assim, o Caminho de Jesus na Sua Ascensão, como Tu o seguiste na Tua Assunção, ó “Rainha Assunta ao Céu”. E que então, naquele dia e hora, sejas – para cada um de nós e todos – a tão desejada “Porta do Céu”!

 

                   —- Da «Outra Poesia» —-

— “ODE à ASCENSÃO do Senhor” —

E deixas, Pastor Santo,

a tua grei no vale fundo, escuro,

de solidão e pranto,

e abrindo o ar puro

avanças para o Imortal seguro?

 

Antes abençoados,

e agora, mesmo tristes e afligidos,

a Teus peitos criados,

de Ti despossuídos,

p’ra onde orientaremos os sentidos?

 

Que vão fitar os olhos

que viram do Teu rosto a formosura

senão picos e abrolhos?

Saboreou doçura,

e já tudo é insulso e amargura!

 

Aqueste mar turvado

quem lhe porá travão? Quem o concerto

ao vento forte, irado?

Estando Tu encoberto,

para guiar a nau quem será esperto?

 

Ai!, nuvem invejosa,

que o nosso Amor Divino tu arrastas!

Onde vais pressurosa?

Quão rica tu te afastas!

E como nos assolas e devastas!

(“Ode à Ascensão”– Frei Luís de Leão / Adaptado)

 

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