— 23.A3 – TRINDADE Santíssima  /  “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico —

 

«DEUS… ‘UNO’ EM ‘TRINDADE’»

Desta vez, foi coincidência, sem o pretender. Vemos o ‘título’ de hoje, tão semelhante ao ‘título’ da reflexão anterior («Diversidade-Unidade») do passado domingo (Pentecostes)… Mas trata-se – agora plenamente! – do Mistério da Trindade (Pai-Filho-Espírito). E não esqueçamos que, já desde o AT, parece ter havido como que uma ‘preocupação divina’ por “revelar” ou ‘desvelar’ o facto de «Deus ser Trindade» continuando – ao mesmo tempo – «um só Deus». [Cf. Reflexão correspondente a este mesmo domingo (Ciclo A) de há três anos]… Na Palavra de hoje (nas três Leituras) aparece-nos, mais ou menos ‘velada’, a “revelação” deste Mistério… É verdade que, no texto transcrito do Evangelho (3ªL.), não aparece ‘explicitamente’ o Espírito Santo (“a 3ª Pessoa”) mas descobre-se de modo ‘implícito’ se observarmos isto. Reparemos que, nesse texto, quando diz, “para que todo o homem que acredita n’Ele (no Filho) tenha a vida eterna”, pressupõe-se que está aí a presença do Espírito Santo, já que, sem a sua ação sobre o homem, este não pode acreditar (ter Fé)!  E é o próprio S. Paulo quem o escreve aos coríntios (na 2ª Leitura do passado domingo – 1Cor 12): “Ninguém pode dizer «Jesus é o Senhor» a não ser pela ação do Espírito Santo” (de resto, uma “afirmação” atrevida e abrangente!)…

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»»   “«O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo… e cheio de misericórdia e fidelidade»”.(Ex 34 / 1ªL)

»»   “O Deus do amor e da paz estará convosco… A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus (Pai) e a comunhão do Espírito Santo esteja convosco…”.(2Cor 13 / 2ªL)

»»   “Disse Jesus: «Deus (Pai) amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele… tenha a vida eterna»”.(Jo 3 / 3ªL)

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Porém, não é possível compreender(!), e menos explicar, este “mistério dos mistérios”, a Trindade Divina (Deus ‘Trino e Uno’)… Mas, isso sim, podemos tentar extrair “lições” para a nossa vida… Perante a existência lógica de um “único Deus” (pois parece razoável que – Ser Supremo – não pode haver mais do que Um!). Sabemos que este Deus criou o homem – a espécie humana – “à sua imagem e semelhança”(Gn 1,26…)… E nós, poderíamos deduzir: «Deus ‘Uno’ – então, o homem ‘uno’». (Ainda que isso pudesse acentuar o ‘egoísmo’ do indivíduo humano!?). Contudo, verificamos que os seres humanos são ‘inumeráveis’… E não só isso, mas é que, a seguir, o mesmo texto do Génesis acrescenta: “à imagem de Deus o criou; Ele criou-os homem e mulher”. Antes de mais, é curioso que, na maneira de o exprimir, usa as duas formas: “o criou”(singular) e, a seguir, “criou-os”(plural). E, sobretudo, diz que os fez “homem e mulher”. Isto é, que não é possível ser “um só” já que, por natureza, são “complementares”! Será que isso parece difícil de entender? Mas nós interpretamo-lo como: Unidade na Trindade ou Trindade na Unidade. Porque, Deus, mostra aos humanos que não há verdadeira unidade sem complementaridade, pela simples razão de que – cada um/a de nós – somos incompletos… Esta é a origem, base e fundamento: do casal, da família, da comunidade, da Igreja, da Humanidade!…

 

[ De «Outras Invocações e/ou Títulos» de Nossa Senhora: ]

+ Nossa Senhora da Trindade; Mãe da Igreja; Rainha da Família;

Senhora de “Theotokos”(=“Mãe de Deus”);… nossa Mãe:

Começamos a ver claro, Mãe, que, por termos sido “criados à imagem de Deus”,

temos de saber olhar continuamente para o “espelho” (modelo) da Trindade.

Tu “conheces” (pensamos nós!?) – como Senhora da Trindade e “Mãe de Deus” – quais são as relações “familiares” existentes no seio do «Deus Trino e Uno».

Queres que as nossas Famílias e a nossa Igreja tentem imitar o “modelo Trinitário”.  

Então, Mãe: Acompanha Tu sempre todas as nossas “Comunidades”!

 

  

// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net