
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 5 do T. Comum)
“Disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se?
Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens…Vos sois a luz do mundo…»”. (Mt 5, 13…).
Comparação interessante e curiosa, esta que apresenta Jesus aos seus discípulos. Desde logo, o sal é dos produtos mais primitivos usados na alimentação… Temos registos antiquíssimos da sua utilização pela humanidade… Já no AT, aparece o sal como algo que dá às coisas e aos atos humanos um sentido de permanência; por exemplo, “não permitirás que falte o sal da aliança do teu Deus” (Lv 2, 13); ou quando o Senhor fala da “lei perpétua, aliança de sal, eterna…” (Nm 18, 19). Sabemos que, na vida real, o sal serve, sobretudo, para três coisas: – na alimentação, para temperar os alimentos; – como produto conservante, para preservar as provisões contra a sua deterioração; – e como «moeda-de-troca» para pagar o trabalho dos jornaleiros (daí, «salário»)…
A – É verdade, o uso mais comum do sal – será por isso que se chama “sal comum”(?) – é para temperar muitos dos alimentos que tomamos… E passa despercebido! Só se nota quando falta!…
B – Ou seja, o sal transmite sabor: o “sabor do alimento”! E parece ser esse o sentido principal que Jesus quer dar ao “valor do sal”, aplicado aos discípulos, desde que não “perca a sua força”…
A – Porém, o que mais admira é que qualquer outro produto que perde a sua virtude, é deitado fora, sem mais; enquanto o sal que perdeu a força, acaba sendo, também, “pisado pelos homens”!
B – Poderá isto ser entendido como que os cristãos, se perdermos “o sabor do nosso compromisso batismal”, acabaremos sendo absorvidos e atropelados pela própria sociedade de consumo?…
A – A outra propriedade importante do sal era “preservar e prolongar” o bom estado dos alimentos guardados, quando não existiam outras formas nem “produtos conservantes”…
B – Este atributo do “sal”, aplicado à vida de todo e qualquer discípulo de Jesus, será garantia da sua constância e fidelidade, nos compromissos acordados contra toda e qualquer inclemência…
A/B: Para Ti, Jesus, a “força do sal” complementa-se com o “fulgor da luz”!
Sejam, então, “as nossas palavras… temperadas com o sal”,
como pedia, o Teu amigo Paulo, aos cristãos de Colossos (Cl 4).
E que – tal como Tu queres – “brilhe sempre a nossa luz diante dos homens,
para que, pelas nossas boas obras, glorifiquem o nosso Pai do Céu” (Mt 5).
3 Fevereiro, 2017
«Vós sois o sal da terra…
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – Domingo 5 do T. Comum)
“Disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se?
Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens…Vos sois a luz do mundo…»”. (Mt 5, 13…).
Comparação interessante e curiosa, esta que apresenta Jesus aos seus discípulos. Desde logo, o sal é dos produtos mais primitivos usados na alimentação… Temos registos antiquíssimos da sua utilização pela humanidade… Já no AT, aparece o sal como algo que dá às coisas e aos atos humanos um sentido de permanência; por exemplo, “não permitirás que falte o sal da aliança do teu Deus” (Lv 2, 13); ou quando o Senhor fala da “lei perpétua, aliança de sal, eterna…” (Nm 18, 19). Sabemos que, na vida real, o sal serve, sobretudo, para três coisas: – na alimentação, para temperar os alimentos; – como produto conservante, para preservar as provisões contra a sua deterioração; – e como «moeda-de-troca» para pagar o trabalho dos jornaleiros (daí, «salário»)…
A – É verdade, o uso mais comum do sal – será por isso que se chama “sal comum”(?) – é para temperar muitos dos alimentos que tomamos… E passa despercebido! Só se nota quando falta!…
B – Ou seja, o sal transmite sabor: o “sabor do alimento”! E parece ser esse o sentido principal que Jesus quer dar ao “valor do sal”, aplicado aos discípulos, desde que não “perca a sua força”…
A – Porém, o que mais admira é que qualquer outro produto que perde a sua virtude, é deitado fora, sem mais; enquanto o sal que perdeu a força, acaba sendo, também, “pisado pelos homens”!
B – Poderá isto ser entendido como que os cristãos, se perdermos “o sabor do nosso compromisso batismal”, acabaremos sendo absorvidos e atropelados pela própria sociedade de consumo?…
A – A outra propriedade importante do sal era “preservar e prolongar” o bom estado dos alimentos guardados, quando não existiam outras formas nem “produtos conservantes”…
B – Este atributo do “sal”, aplicado à vida de todo e qualquer discípulo de Jesus, será garantia da sua constância e fidelidade, nos compromissos acordados contra toda e qualquer inclemência…
A/B: Para Ti, Jesus, a “força do sal” complementa-se com o “fulgor da luz”!
Sejam, então, “as nossas palavras… temperadas com o sal”,
como pedia, o Teu amigo Paulo, aos cristãos de Colossos (Cl 4).
E que – tal como Tu queres – “brilhe sempre a nossa luz diante dos homens,
para que, pelas nossas boas obras, glorifiquem o nosso Pai do Céu” (Mt 5).