29aa- Diante do homem estão a vida e a morte...

– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –

(Ciclo A – Domingo 6 do T. Comum)

 

“…Ser fiel depende da tua vontade. Deus pôs diante de ti

o fogo e a água; estenderás a mão para o que desejares…

Diante do homem estão a vida e a morte;

o que ele escolher ser-lhe-á dado…”. (Sr 15,16-17).

 

Antes de mais, de qual “vida” e de que “morte” se trata? Será que se fala da vida mortal, e da morte corporal que acaba com essa vida? Não se tratará, porém, de uma outra vida que não acaba com essa morte?… Desde logo, se a escolha tem de ser feita entre essas duas realidades, assim, à primeira vista, não parece tão fácil a opção como o seria, por exemplo, entre «o fogo e a água»…

 

A – O cerne de toda e qualquer eleição, entre duas ou mais possibilidades, está – como aponta o mesmo texto do Sirácide – na vontade, livre, da pessoa, da qual depende o ser fiel ou não…

B – Uma coisa fica clara para nós: Deus vai honrar sempre a nossa decisão livre e nunca vai forçar a nossa vontade. Para Ele é sagrada a nossa liberdade, que sempre respeitará! Bem certo!

A – Outra coisa bem diferente será quando, a nossa opção, não for verdadeiramente livre. Quantas vezes permitimos que a nossa liberdade seja influenciada por factores que, apenas, nos agradam!

B – Mas o que o autor inspirado pretende transmitir-nos é precisamente isso: que o agir de Deus está livre de toda a responsabilidade no referente às nossas escolhas, conscientes e livres…

A – Esta é a razão pela qual, igualmente, o mérito ou a culpa, corresponderá a quem decidiu e optou livre e conscientemente. Aliás, é esse o sentido da frase: “o que escolheres, isso terás”!

B – E ao que parece, o sentido da «árvore da ciência do bem e do mal» no paraíso terreal era este: Não que “não se pudesse comer também dela”, mas significar um alerta para o perigo de uma decisão errada – escolhendo “o mal” – por não estar esclarecido “para a ciência do bem” (!?)…

A – Voltando então àquela escolha entre “vida” ou “morte”, agora “a chave” está naquela outra “«árvore da Vida» cujo fruto faz viver para sempre” (Gn 3,22). Não é, portanto, uma “vida” mortal!

 

A/B: Pai nosso, do Céu e da Terra, que criaste e respeitas sempre a nossa liberdade;

hoje queremos pedir-Te que ilumines o nosso entendimento e a nossa vontade,

para fazermos – no espaço desta vida mortal – a Tua Vontade e não a nossa;

e não nos deixes cair na tentação de “optarmos pelo prazer do mal”.   

 

// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA:

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