
(Ciclo A – Domingo 8 -Tempo Com.)
AMOR QUE DÁ VIDA e AMORES QUE MATAM!
Quando dizemos “amor de mãe”, queremos significar o melhor e maior de todos os possíveis “amores”. Nada a ver, desde logo, com o “amor de paixão” por exemplo, ainda que este seja uma outra criação maravilhosa de Deus! Quer isto dizer que também no «amor» existe uma «hierarquia de valor»… Por isso há que alertar: ai daquele que não saiba distinguir um amor de outro amor, porque também é verdade que – como diz o povo – “há amores que matam”! Apostemos nós pelo Amor que sempre dá vida, cada vez mais Vida… e nunca mata!
A Palavra de Deus – porque é «Palavra de Amor» – tem sempre a dizer “a primeira e a última palavra” (e valha a redundância) neste campo do amor. E a Palavra de hoje não ia ser menos. Logo na primeira leitura, Deus coloca a base e fundamento do amor verdadeiro. É o mesmo Deus que, sendo Amor por natureza e definição, não pode deixar de amar e de transformar em Amor tudo o que toca, “tudo o que cria”. Vê-se claro no texto do profeta Isaías, onde é o mesmo Deus a falar: “Poderá a mulher esquecer a criança que amamenta e não ter compaixão do filho das suas entranhas? Mas ainda que ela se esqueça, Eu não te esquecerei!” (Is 49 / 1ª L.). É verdade que foi Deus quem criou, e cria continuamente, o ser de mãe e, portanto, todas as mães. Mas criou igualmente a liberdade – ai a Liberdade! Lembram-se? – para todas e cada uma das mães, como para toda a pessoa. E essa liberdade é que pode estragar tudo em diversos casos! Ora, toda “a mãe” ao sair das mãos de Deus, leva em si o reflexo do seu Amor divino de Abbá (Pai-Mãe). E, portanto, todo o amor humano que mais se aproxime de este Amor divino – que supera o melhor amor de mãe! – será um Amor que nunca há de falhar. É que Amor e Fidelidade são inseparáveis! Assim poderíamos aplicar ao amor o que Paulo aplica a todo o administrador, na sua carta aos cristãos de Corinto: “O que se requer do administrador (que ama) é que seja fiel” (1 Cor 4 / 2ª L). O amor – se for este Amor de que falamos – não tem, nem pode ter, data de validade ou data de caducidade!
E também é sinal de que amamos de verdade se confiamos na outra pessoa amada; ou, por outras, se descansamos confiados no ser amado porque sentimos que nos ama. Quer dizer, também Amor e Confiança vão sempre associados. E tudo isto é mais verdade quando a pessoa que nos ama pode tudo, é “omnipotente”, como é o caso de Deus. Então, a nossa falta de confiança n’Ele não tem desculpa nem justificação. Jesus, o Filho, no Evangelho de hoje, se encarrega de o explicar, tão clara como radicalmente. “Por isso vos digo: «Não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir… Porque, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?… Pois é evidente que as aves do céu e os lírios do campo não se “preocupam” com a sua vida… mas Deus Pai cuida deles. E como para Jesus, como para Deus, “nós valemos muito mais” do que as flores e os passarinhos, porque é que nos vamos preocupar?… Por outro lado, acontece que este nosso Deus e Pai, além de ser omnipotente, é igualmente “omnisciente” (sabe e conhece tudo): “Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso”. Então, sendo assim, a conclusão é clara e lógica: “Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo” (Mt 6 / 3ª L.).
Agora, portanto, tudo depende de nós! Tudo depende da nossa «classe de amor»!
Como a criancinha confiada,
que está ao colo da sua mãe carinhosa,
que lhe ensina a amar enquanto ama…
nós, desde um outro seio maternal amoroso,
olhamos para Ti, ó Pai-mãe (Abbá),
para Te dizer com toda a confiança:
Só em Ti descansa a nossa alma,
porque só no Teu Amor, Senhor,
está o nosso refúgio e salvação.
Não há para nós – aprendizes no amor –
outra fortaleza nem outra esperança
fora do Teu Amor, desse Amor que dá vida
e nos faz descansar confiados e serenos…
E, como aquela criancinha satisfeita,
nós, desde o colo da nossa mãe, Maria,
– esta Mãe singular que criaste para Ti e para nós –
nunca, Senhor, nos sentiremos abalados,
apesar dos afogos e asfixias da vida,
porque é no Teu Coração Amável
que os nossos corações podem desafogar…
e a nossa alma pode descansar tranquila!
[ do Salmo Responsorial / 61 (62) ]
24 Fevereiro, 2017
AMOR QUE DÁ VIDA e AMORES QUE MATAM!
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
(Ciclo A – Domingo 8 -Tempo Com.)
AMOR QUE DÁ VIDA e AMORES QUE MATAM!
Quando dizemos “amor de mãe”, queremos significar o melhor e maior de todos os possíveis “amores”. Nada a ver, desde logo, com o “amor de paixão” por exemplo, ainda que este seja uma outra criação maravilhosa de Deus! Quer isto dizer que também no «amor» existe uma «hierarquia de valor»… Por isso há que alertar: ai daquele que não saiba distinguir um amor de outro amor, porque também é verdade que – como diz o povo – “há amores que matam”! Apostemos nós pelo Amor que sempre dá vida, cada vez mais Vida… e nunca mata!
A Palavra de Deus – porque é «Palavra de Amor» – tem sempre a dizer “a primeira e a última palavra” (e valha a redundância) neste campo do amor. E a Palavra de hoje não ia ser menos. Logo na primeira leitura, Deus coloca a base e fundamento do amor verdadeiro. É o mesmo Deus que, sendo Amor por natureza e definição, não pode deixar de amar e de transformar em Amor tudo o que toca, “tudo o que cria”. Vê-se claro no texto do profeta Isaías, onde é o mesmo Deus a falar: “Poderá a mulher esquecer a criança que amamenta e não ter compaixão do filho das suas entranhas? Mas ainda que ela se esqueça, Eu não te esquecerei!” (Is 49 / 1ª L.). É verdade que foi Deus quem criou, e cria continuamente, o ser de mãe e, portanto, todas as mães. Mas criou igualmente a liberdade – ai a Liberdade! Lembram-se? – para todas e cada uma das mães, como para toda a pessoa. E essa liberdade é que pode estragar tudo em diversos casos! Ora, toda “a mãe” ao sair das mãos de Deus, leva em si o reflexo do seu Amor divino de Abbá (Pai-Mãe). E, portanto, todo o amor humano que mais se aproxime de este Amor divino – que supera o melhor amor de mãe! – será um Amor que nunca há de falhar. É que Amor e Fidelidade são inseparáveis! Assim poderíamos aplicar ao amor o que Paulo aplica a todo o administrador, na sua carta aos cristãos de Corinto: “O que se requer do administrador (que ama) é que seja fiel” (1 Cor 4 / 2ª L). O amor – se for este Amor de que falamos – não tem, nem pode ter, data de validade ou data de caducidade!
E também é sinal de que amamos de verdade se confiamos na outra pessoa amada; ou, por outras, se descansamos confiados no ser amado porque sentimos que nos ama. Quer dizer, também Amor e Confiança vão sempre associados. E tudo isto é mais verdade quando a pessoa que nos ama pode tudo, é “omnipotente”, como é o caso de Deus. Então, a nossa falta de confiança n’Ele não tem desculpa nem justificação. Jesus, o Filho, no Evangelho de hoje, se encarrega de o explicar, tão clara como radicalmente. “Por isso vos digo: «Não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir… Porque, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?… Pois é evidente que as aves do céu e os lírios do campo não se “preocupam” com a sua vida… mas Deus Pai cuida deles. E como para Jesus, como para Deus, “nós valemos muito mais” do que as flores e os passarinhos, porque é que nos vamos preocupar?… Por outro lado, acontece que este nosso Deus e Pai, além de ser omnipotente, é igualmente “omnisciente” (sabe e conhece tudo): “Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso”. Então, sendo assim, a conclusão é clara e lógica: “Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo” (Mt 6 / 3ª L.).
Agora, portanto, tudo depende de nós! Tudo depende da nossa «classe de amor»!
Como a criancinha confiada,
que está ao colo da sua mãe carinhosa,
que lhe ensina a amar enquanto ama…
nós, desde um outro seio maternal amoroso,
olhamos para Ti, ó Pai-mãe (Abbá),
para Te dizer com toda a confiança:
Só em Ti descansa a nossa alma,
porque só no Teu Amor, Senhor,
está o nosso refúgio e salvação.
Não há para nós – aprendizes no amor –
outra fortaleza nem outra esperança
fora do Teu Amor, desse Amor que dá vida
e nos faz descansar confiados e serenos…
E, como aquela criancinha satisfeita,
nós, desde o colo da nossa mãe, Maria,
– esta Mãe singular que criaste para Ti e para nós –
nunca, Senhor, nos sentiremos abalados,
apesar dos afogos e asfixias da vida,
porque é no Teu Coração Amável
que os nossos corações podem desafogar…
e a nossa alma pode descansar tranquila!
[ do Salmo Responsorial / 61 (62) ]