– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
( Ciclo B – Domingo.1. Quaresma )
“Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens, e os anjos serviam-n’O”. (Mc 1,12-13 / 3ª L.).
Não se podem registar 4 coisas (sic), tão diferentes, com menos palavras! É verdade, Marcos é assim de preciso e direto no seu evangelho. Como se costuma dizer, ele sempre ‘vai ao grão’ e não perde tempo nem espaço com a ‘palha’!… Sabemos que tudo isto acontece num ambiente desértico; e o deserto, para os que não o saibam, é um ambiente onde podem suceder as coisas mais díspares, extremas, radicais… (a começar palas temperaturas (extremas), no ritmo diário das 24 horas, que vai desde as muito elevadas durante o dia até às muito baixas durante a noite)… Bom, mas centremo-nos no nosso texto.
A – Para um outro evangelista (Mt 4,1) o objetivo claro desta ida de Jesus “ao deserto, conduzido pelo Espírito”, era o “ser tentado pelo diabo”… E os três “sinópticos” coincidem em que Ele “jejuou”.
B – Porém, podemos pensar que na intenção de Jesus – ao deixar-Se guiar pelo Espírito – estava, como finalidade imediata, a de Se preparar, mediante a oração e o jejum, para a Missão que estava prestes a iniciar. Todo o resto que lá aconteceu, veio por acréscimo…
A – Era natural que Jesus sentisse sobre Si todo o peso da responsabilidade da Missão messiânica que iria começar… E, antes de mais, tinha de contar e conectar com o Seu Pai, pela Oração…
B – Porém, um cenário desértico reúne as condições e requisitos para o “surgimento” todo o tipo de tentações, máxime se, ainda, se pratica o jejum e a renúncia! Pois o tentador é, sempre, Satanás!
A – E será tentado precisamente nas «três ‘concupiscências’ do mundo» (na linguagem da 1ª Carta de João / 1 Jo 2,16): a ‘concupiscência da carne’ (“muda as pedras em pão”); a ‘concupiscência dos olhos’ (“todos os reinos… te darei”); o ‘estilo de vida orgulhoso’ (“lança-te daqui abaixo”). (Cf.: Mt 4).
B – Exatamente, são essas as três tendências negativas mais fortes da natureza humana. Se Jesus foi tentado nessas direções e sentidos, nós não vamos ser menos!… Estaremos preparados!? …
A – E viver entre as feras ou “animais selvagens” (como aponta Marcos) pode ter este sentido: Os humanos que – em vez de seguir o exemplo de Jesus – se deixam vencer e arrastar pelas tentações, acabam vivendo como “animais selvagens”, embora sem deixar de ser “humanos”!…
B – Enfim, a satisfação e alegria que se sente – pela vitória sobre as tentações – é similar ao que sentiríamos, no nosso íntimo, se fôssemos “consolados e animados” pelos próprios ‘anjos de Deus’!
A-B: Olhamos para Ti, Jesus, como o nosso Modelo perfeito, mas bem próximo de nós.
E nós precisamos dessa Tua docilidade em Te deixares guiar pelo Espírito
na obediência constante à Vontade do Pai, apesar das dificuldades…
Que, ao iniciarmos cada missão, saibamos “retirar-nos” verdadeiramente
para, como Tu, juntarmos a “Oração ao Pai” com a ‘renúncia’ e o ‘sacrifício’…
De modo que, ao surgir as tentações – que hão de chegar ‘certamente’ –
sejamos capazes de as vencer, pela força da Palavra de Deus, como Tu fazias!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
16 Fevereiro, 2018
«E era tentado por Satanás…
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
( Ciclo B – Domingo.1. Quaresma )
“Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens, e os anjos serviam-n’O”. (Mc 1,12-13 / 3ª L.).
Não se podem registar 4 coisas (sic), tão diferentes, com menos palavras! É verdade, Marcos é assim de preciso e direto no seu evangelho. Como se costuma dizer, ele sempre ‘vai ao grão’ e não perde tempo nem espaço com a ‘palha’!… Sabemos que tudo isto acontece num ambiente desértico; e o deserto, para os que não o saibam, é um ambiente onde podem suceder as coisas mais díspares, extremas, radicais… (a começar palas temperaturas (extremas), no ritmo diário das 24 horas, que vai desde as muito elevadas durante o dia até às muito baixas durante a noite)… Bom, mas centremo-nos no nosso texto.
A – Para um outro evangelista (Mt 4,1) o objetivo claro desta ida de Jesus “ao deserto, conduzido pelo Espírito”, era o “ser tentado pelo diabo”… E os três “sinópticos” coincidem em que Ele “jejuou”.
B – Porém, podemos pensar que na intenção de Jesus – ao deixar-Se guiar pelo Espírito – estava, como finalidade imediata, a de Se preparar, mediante a oração e o jejum, para a Missão que estava prestes a iniciar. Todo o resto que lá aconteceu, veio por acréscimo…
A – Era natural que Jesus sentisse sobre Si todo o peso da responsabilidade da Missão messiânica que iria começar… E, antes de mais, tinha de contar e conectar com o Seu Pai, pela Oração…
B – Porém, um cenário desértico reúne as condições e requisitos para o “surgimento” todo o tipo de tentações, máxime se, ainda, se pratica o jejum e a renúncia! Pois o tentador é, sempre, Satanás!
A – E será tentado precisamente nas «três ‘concupiscências’ do mundo» (na linguagem da 1ª Carta de João / 1 Jo 2,16): a ‘concupiscência da carne’ (“muda as pedras em pão”); a ‘concupiscência dos olhos’ (“todos os reinos… te darei”); o ‘estilo de vida orgulhoso’ (“lança-te daqui abaixo”). (Cf.: Mt 4).
B – Exatamente, são essas as três tendências negativas mais fortes da natureza humana. Se Jesus foi tentado nessas direções e sentidos, nós não vamos ser menos!… Estaremos preparados!? …
A – E viver entre as feras ou “animais selvagens” (como aponta Marcos) pode ter este sentido: Os humanos que – em vez de seguir o exemplo de Jesus – se deixam vencer e arrastar pelas tentações, acabam vivendo como “animais selvagens”, embora sem deixar de ser “humanos”!…
B – Enfim, a satisfação e alegria que se sente – pela vitória sobre as tentações – é similar ao que sentiríamos, no nosso íntimo, se fôssemos “consolados e animados” pelos próprios ‘anjos de Deus’!
A-B: Olhamos para Ti, Jesus, como o nosso Modelo perfeito, mas bem próximo de nós.
E nós precisamos dessa Tua docilidade em Te deixares guiar pelo Espírito
na obediência constante à Vontade do Pai, apesar das dificuldades…
Que, ao iniciarmos cada missão, saibamos “retirar-nos” verdadeiramente
para, como Tu, juntarmos a “Oração ao Pai” com a ‘renúncia’ e o ‘sacrifício’…
De modo que, ao surgir as tentações – que hão de chegar ‘certamente’ –
sejamos capazes de as vencer, pela força da Palavra de Deus, como Tu fazias!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net