“… «Quem de entre vós estiver sem
pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no
chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a
começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio… Disse-lhe
então Jesus: «Eu não te condeno. Vai e não tornes a pecar»”. (Jo 8,7-11/
3ª L).
Antes de mais, e como simples curiosidade, digamos que são
várias as ‘opiniões’ que propõem os ‘amadores’, acerca da expressão
‘misteriosa’ do texto: “escrever no chão”. O que é que Jesus
estaria a escrever no chão?… Uns opinam que talvez escrevesse alguns pecados graves daqueles acusadores (que por acaso deviam estar de
olhos fixos naquele ‘chão’)… ou, alguma ‘daquelas
leis rabínicas’ que convidavam a não condenar o irmão… ou, simplesmente,
‘palavras soltas’ que incitassem à reflexão daqueles denunciantes, ‘desvelando’ a sua “armadilha” (‘o tal dilema: se
perdoa… se condena…’); ou… Bom, seja como for, o desfecho foi impactante e maravilhoso!
A – É interessante que Jesus comece por chamar a atenção para a
consciência e conduta anterior dos acusadores: “Quem estiver sem pecado…”. É
esta reflexão antes de agir que importa!
B – Mais uma vez, Jesus ‘troca-lhes as voltas’ e, com a sua intuição humana e sabedoria divina, põe em evidência a sua malícia e dureza de coração
para com o próximo, tendo eles maior
pecado!
A – Para Jesus, fica bem claro, que nunca ninguém deve julgar
nem condenar o irmão, mormente quando culpado
de pecado igual ou maior. (Então… desandaram “a começar pelos mais velhos”).
B – O mais importante, ou essencial, para Jesus é a opção pelo amor e o perdão. Porém,
também não se trata – num primeiro passo – de decidir entre justiça e amor, ou entre lei e perdão. Mas sim, entre verdade e mentira! A sinceridade de
se reconhecer pecador e a falsidade
de se achar justo!
A – É evidente que, antes de mais nada, haverá que defender a Verdade contra toda a forma de mentira. Mas afinal, é evidente, acaba impondo-se o Amor e o Perdão, superando-se lei
e justiça!
B – Quando, finalmente, ficaram sós, Jesus – “O-homem-Deus-sem-pecado” – e aquela
pobre mulher – ‘pecadora indefesa e contrita’
–, então, ficou refulgente a Luz da Verdade
e do Perdão!
A – Agora estavam confrontados: o Amor misericordioso – que só sabe “perdoar amando” – e uma mulher humilhada por causa do pecado,
que, após o perdão, deverá mudar: “Não tornes a pecar”!
B – “Amontoar pecado sobre
pecado”, isso é condenável, já
desde antigo, na Sagrada Escritura… Jesus, por seu lado, reprova energicamente
o “pecado contra a Luz” ou “contra o Espírito Santo”, aquele que,livre e conscientemente, ‘não se quer reconhecer’. E, claro, “não se pode perdoar” (!).
A – Isto é, não se trata do pecado em si, mas da atitude de
“malícia” que supõe! Fora disso, afirma Jesus: “Todo o pecado será perdoado aos homens…”(Mt 12/Mc 3/Lc
12).Mas requer a “conversão”!
A-B: Senhor Jesus, se existe alguma coisa que o Teu Coração misericordioso
não pode suportar é a malícia
humana revestida de hipocrisia e
falsidade…
Então, Jesus, ‘escreve’ para nós, não ‘no chão’, mas nos nossos corações:
«que é mesmo urgente e necessário procurar sempre a Verdade e o Amor
e lutar contra a mentira,
a malícia e esse egoísmo odioso que nos espreita;
que nunca devemos julgar nem condenar, mas oferecer compreensão…».
Dá-nos o Teu Espírito Santo, pois só Ele ilumina e transforma o nosso espírito!
5 Abril, 2019
«Eu não te condeno. Vai e não tornes a pecar»
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo 5 da Quaresma)
“… «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio… Disse-lhe então Jesus: «Eu não te condeno. Vai e não tornes a pecar»”. (Jo 8,7-11 / 3ª L).
Antes de mais, e como simples curiosidade, digamos que são várias as ‘opiniões’ que propõem os ‘amadores’, acerca da expressão ‘misteriosa’ do texto: “escrever no chão”. O que é que Jesus estaria a escrever no chão?… Uns opinam que talvez escrevesse alguns pecados graves daqueles acusadores (que por acaso deviam estar de olhos fixos naquele ‘chão’)… ou, alguma ‘daquelas leis rabínicas’ que convidavam a não condenar o irmão… ou, simplesmente, ‘palavras soltas’ que incitassem à reflexão daqueles denunciantes, ‘desvelando’ a sua “armadilha” (‘o tal dilema: se perdoa… se condena…’); ou… Bom, seja como for, o desfecho foi impactante e maravilhoso!
A – É interessante que Jesus comece por chamar a atenção para a consciência e conduta anterior dos acusadores: “Quem estiver sem pecado…”. É esta reflexão antes de agir que importa!
B – Mais uma vez, Jesus ‘troca-lhes as voltas’ e, com a sua intuição humana e sabedoria divina, põe em evidência a sua malícia e dureza de coração para com o próximo, tendo eles maior pecado!
A – Para Jesus, fica bem claro, que nunca ninguém deve julgar nem condenar o irmão, mormente quando culpado de pecado igual ou maior. (Então… desandaram “a começar pelos mais velhos”).
B – O mais importante, ou essencial, para Jesus é a opção pelo amor e o perdão. Porém, também não se trata – num primeiro passo – de decidir entre justiça e amor, ou entre lei e perdão. Mas sim, entre verdade e mentira! A sinceridade de se reconhecer pecador e a falsidade de se achar justo!
A – É evidente que, antes de mais nada, haverá que defender a Verdade contra toda a forma de mentira. Mas afinal, é evidente, acaba impondo-se o Amor e o Perdão, superando-se lei e justiça!
B – Quando, finalmente, ficaram sós, Jesus – “O-homem-Deus-sem-pecado” – e aquela pobre mulher – ‘pecadora indefesa e contrita’ –, então, ficou refulgente a Luz da Verdade e do Perdão!
A – Agora estavam confrontados: o Amor misericordioso – que só sabe “perdoar amando” – e uma mulher humilhada por causa do pecado, que, após o perdão, deverá mudar: “Não tornes a pecar”!
B – “Amontoar pecado sobre pecado”, isso é condenável, já desde antigo, na Sagrada Escritura… Jesus, por seu lado, reprova energicamente o “pecado contra a Luz” ou “contra o Espírito Santo”, aquele que,livre e conscientemente, ‘não se quer reconhecer’. E, claro, “não se pode perdoar” (!).
A – Isto é, não se trata do pecado em si, mas da atitude de “malícia” que supõe! Fora disso, afirma Jesus: “Todo o pecado será perdoado aos homens…” (Mt 12/Mc 3/Lc 12). Mas requer a “conversão”!
A-B: Senhor Jesus, se existe alguma coisa que o Teu Coração misericordioso
não pode suportar é a malícia humana revestida de hipocrisia e falsidade…
Então, Jesus, ‘escreve’ para nós, não ‘no chão’, mas nos nossos corações:
«que é mesmo urgente e necessário procurar sempre a Verdade e o Amor
e lutar contra a mentira, a malícia e esse egoísmo odioso que nos espreita;
que nunca devemos julgar nem condenar, mas oferecer compreensão…».
Dá-nos o Teu Espírito Santo, pois só Ele ilumina e transforma o nosso espírito!
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA:http://palavradeamorpalavra.sallep.net