Ex 34,6: “O Senhor passou diante de Moisés e proclamou: «Senhor, Senhor, Deus clemente e compassivo, sem pressa para Se indignar e cheio de misericórdia e fidelidade»”. // 2Cor 13,12-13: “Todos os santos vos saúdam. A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco”. // Jo 3,16: “Disse Jesus…: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna…»”.

D – EU, O SENHOR, CLAMO: «SENHOR, SENHOR, DEUS CLEMENTE E COMPASSIVO, MISERICORDIOSO E FIEL» (Ex 34)
C – DISSE JESUS…: «DEUS AMOU TANTO O MUNDO QUE ENTREGOU O SEU FILHO UNIGÉNITO…» (Jo 3)
O – A GRAÇA DO SENHOR JESUS, O AMOR DO PAI E A COMUNHÃO DO ESPÍRITO SANTO ESTEJAM CONVOSCO (At 2)
C – Senhor, quando Tu repetes o teu próprio ‘Nome’… será que queres afirmar qualquer coisa de muito valor, tal e qual como fazem os homens, ao quererem dizer algo importante? …
O – Por isso então, o Filho, Jesus, quando queria revelar alguma realidade que não oferecesse a menor dúvida para ninguém, começava por dizer: «Em verdade, em verdade vos digo…»
D – E se for – também e ao mesmo tempo – para tentar revelar (‘desvelar’) a realidade ‘plural’ do mistério do próprio Deus!? Ou seja, o mistério futuro da Trindade: um Deus em três Pessoas!
C – É verdade. Se repararmos no Texto original (do Êxodo) vemos clara a repetição, até 3 vezes, do mesmo Nome: «“Yahveh”, ao passar… exclamou: “Yahveh”, “Yahveh”, Deus clemente e misericordioso…». Três vezes ‘Yahveh’?… Não deixa de ser ‘revelador’ (!?).
D – Ou, então, naquela outra passagem bíblica, tão antiga (Gn 18) em que Eu apareço a conversar com o meu amigo Abraão, na figura ou representação de ‘três personagens’…!?
O – Em verdade, em verdade, podemos nós concluir: Estava já o caminho preparado para que Jesus de Nazaré, a ‘segunda Pessoa’, nos revelasse, já com toda a clareza que: «Javé – o Deus de sempre! – é afinal um Deus em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo».

 X – É interessante, aliás, constatar que, ao longo da história – em várias religiões e similares – foram surgindo diversas ‘imagens’ ou ‘figuras’ das suas divindades, projetadas em ‘três direções individualizadas’… Basta lembrarmos algumas, como exemplos mais estudados (surgidos independentemente da ‘cultura cristã’, e alguns até muito mais antigos): na religião egícia (o grupo trinitário: ‘Osíris, Ísis e Hórus’); na religião babilónica (a tríade: ‘Anu, Enlil e Ea’; no Hinduísmo (a trimúrti: ‘Shiva, Brama e Vishnu’)… Ou seja que o Deus de Jesus (a única Divindade Universal que o Cristianismo ‘herdou’) foi inspirando ‘progressivamente’, ao longo da história humana, o Seu sentido Trinitário, como realidade final revelada pelo Jesus histórico de Nazaré, aliás, resultando ser, Ele próprio, a segunda Pessoa (o Filho) deste Deus “Uno e Trino”. — É verdade, Jesus. Não fosses Tu, a ideia de Trindade Divina teria ficado a “flutuar” indefinidamente, sob diversas formas e imagens representativas… Porém, ajuda-nos Tu a aceitar e interiorizar este Mistério dos mistérios!

— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’) :
(♪) – «Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo estamos aqui» (2). Para louvar e agradecer, bendizer e adorar; e aclamar “Deus Trino de Amor”!
(♪) – «Trindade Santa, eu Te adoro. Te ofereço a minha vida. Como eu Te amo! (Como eu Te amo!)» … Pai Santo, eu te adoro… Jesus Cristo… Espírito Santo…

«CITAÇÕES» À LUZ DESTA PALAVRA
[ Textos: do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]

— Palavras do Papa Francisco – Acerca da Revelação do mistério da Trindade.
«… Quando o povo infringiu a Aliança, Deus apresentou-se a Moisés na nuvem para renovar o pacto, proclamando o próprio nome e o seu significado. «O mesmo Senhor diz assim: Senhor, Senhor, Deus clemente e compassivo, tardio em irar-se e cheio de misericórdia e fidelidade» (Êx 34, 6). Este nome expressa que Deus não está distante nem fechado em si mesmo, mas é Vida que se quer comunicar, é abertura, é Amor que resgata o homem da infidelidade. Deus é «misericordioso», «piedoso» e «rico de graça» porque se oferece a nós para superar os nossos limites e as nossas faltas, para perdoar os nossos erros, para nos reconduzir pela via da justiça e da verdade. Esta revelação de Deus chegou ao seu cumprimento no Novo Testamento graças à palavra de Cristo e à sua missão de salvação. Jesus manifestou-nos o rosto de Deus, Uno na substância e Trino nas pessoas; Deus é tudo e só Amor, numa relação subsistente que tudo cria, redime e santifica: Pai e Filho e Espírito Santo …
Deus procura-nos sempre primeiro, aguarda-nos primeiro, ama-nos primeiro. É como a flor da amendoeira, a que se refere o profeta ao dizer: «Floresce primeiro» (Jr 1,11-12). Com efeito, assim fala Jesus: «Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16). O que é esta vida eterna? É o amor desmedido e gratuito do Pai que Jesus doou na cruz, oferecendo a sua vida pela nossa salvação. E este amor com a ação do Espírito Santo irradiou uma luz nova sobre a terra em cada coração humano que o acolhe; uma luz que revela os ângulos obscuros, as dificuldades que nos impedem de levar os frutos da caridade e da misericórdia.
Ajude-nos a Virgem Maria a entrar cada vez mais, totalmente, na comunhão trinitária, para viver e testemunhar o amor que dá sentido à nossa existência».
[ Papa Francisco – Angelus – Solenidade da Santíssima Trindade (Domingo – 11.06.2017) ]

— Texto Bíblico, do AT, da «primeira insinuação» do ‘mistério Trinitário’ (“os três personagens”):
“O Senhor apareceu a Abraão junto dos carvalhos de Mambré, quando ele estava sentado à porta da sua tenda, durante as horas quentes do dia. Abraão ergueu os olhos e viu três homens de pé em frente dele. Imediatamente correu da entrada da tenda ao seu encontro, prostrou-se por terra e disse: «Meu Senhor, se mereci o teu favor, peço-te que não passes adiante, sem parar em casa do teu servo. Permite que se traga um pouco de água para vos lavar os pés; e descansai debaixo desta árvore. Vou buscar um bocado de pão e, quando as vossas forças estiverem restauradas, prosseguireis o vosso caminho, pois não deve ser em vão que passastes junto do vosso servo». Eles responderam: «Faz como disseste». Abraão foi, sem perda de tempo, à tenda onde se encontrava Sara e disse-lhe: «Depressa, amassa já três medidas de flor de farinha e coze uns pães no borralho». Correu ao rebanho, escolheu um vitelo dos mais tenros e gordos e entregou-o ao servo, que imediatamente o preparou. Tomou manteiga, leite e o vitelo já pronto e colocou-o diante deles. E ficou de pé junto dos estranhos, debaixo da árvore, enquanto eles comiam. Então, disseram-lhe: «Onde está Sara, tua mulher?» Ele respondeu: «Está aqui na tenda.» Um deles disse: «Passarei novamente pela tua casa dentro de um ano, nesta mesma época; e Sara, tua mulher, terá já um filho (…) Os homens levantaram-se e partiram em direção de Sodoma, e Abraão acompanhou-os para deles se despedir. O Senhor disse, então: «Ocultarei a Abraão o que vou fazer? Ele deve tornar-se uma nação grande e poderosa e Eu abençoarei nele todos os povos da Terra. Escolhi-o, de facto, para que dê ordens a seus filhos e à sua casa depois dele, no sentido de seguirem os caminhos do Senhor, praticando a justiça e a retidão, a fim de que o Senhor cumpra a favor de Abraão as promessas que lhe fez». O Senhor acrescentou: «O clamor de Sodoma e Gomorra é imenso e o seu pecado agrava-se extremamente. Vou descer a fim de ver se, na realidade, a conduta deles corresponde ao brado que chegou até mim. E se não for assim, sabê-lo-ei». Os homens partiram dali, e encaminharam-se para Sodoma. Abraão, porém, continuava ainda na presença do Senhor. Abraão aproximou-se e disse: «E será que vais exterminar, ao mesmo tempo, o justo com o culpado? (…) Terminada esta conversa com Abraão, o Senhor afastou-se, e Abraão voltou para a sua morada”.
( Gênesis 18,1-10.16-23.33 )

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