– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – CORPO E SANGUE DE CRISTO – ou «Corpo de Deus» – T. Comum)
“«O Senhor, teu Deus, fez-te sair da terra do Egito, da casa de escravidão, e te conduziu através do imenso e temível deserto… Foi Ele quem, da rocha dura, fez nascer água para ti e, no deserto, te deu a comer o maná, que teus pais não tinham conhecido»” (Dt 8 / 1ª L).
“Imenso e temível deserto” (que “o Senhor Deus fez percorrer, ao Seu povo, durante quarenta anos”)… O mesmo Deus que “fez nascer água de uma rocha dura” para saciar a sede, e deu a comer aquele estranho alimento, “maná”, antes nunca visto… E vêm à nossa memória aqueles quarenta dias (que não anos) de Jesus: também num deserto, onde também sentiu fome, mas onde não transformou aquelas pedras duras en pão, porque aquilo não passava de uma tentação do Maligno que pretendia torcer a sua Missão…
A – Parece, por vezes, como que Deus nos introduz nos desertos da nossa vida; outras vezes, somos nós que, voluntariamente, entramos em desertos que acabam por ser “imensos e temíveis”.
B – O que sim parece normal, ao longo da nossa vida, é o facto de termos de atravessar diversos desertos. É que – neles – resulta ser bem preciso sentirmos a sede de água e a fome de pão, para compreendermos a nossa cabal insuficiência e dependência de Deus e de todo o transcendente…
A – Dir-se-ia que “a libertação” de toda “a escravidão” (e não apenas a do Egito) exige, primeiro, uma “travessia do deserto” e, depois, recuperar as forças e energias gastas “nesse caminho”…
B – E é então que aparece o Deus Providente… o Deus capaz de transformar a rocha dura em água e fazer surgir um “maná nutritivo”… o Deus capaz de – Ele – Se transformar em Pão…
A – Porque, afinal, o “caminho desértico” deve conduzir a uma meta certa e esperada, que será de completa e total realização pessoal em Felicidade, num almejado «monte da Transfiguração»…
B – Só que a «meta final», que Deus “sonhou” para nós, é nada menos que «nos transfigurarmos» n’Ele próprio, tal como os alimentos se transformam naqueles que os consomem e assimilam…
A – Então, agora já percebemos porque é que Deus quis fazer-se corpo, «o Corpo de Deus», na Pessoa do Filho, Jesus, que se encarnou e se fez “carne e sangue”, e depois, pão e vinho!…
B – E neste sentido, entende-se o «símbolo do pelicano» – aplicado a Deus pelos cristãos desde muito antigo – pelo facto de, esta ave, ser capaz (se necessário) de «rasgar o seu peito para alimentar, do próprio sangue, os seus filhotes». Jesus era, então, para eles, «o Divino Pelicano»!
A/B: Que grande dignidade, Senhor, para nós, quando, no Teu ato criador,
quiseste que nascêssemos de Ti, “à tua imagem e semelhança”!
Mas que vocação maravilhosa, a que Tu “sonhaste”, também para nós,
quando puseste à nossa frente um “caminho” que só acaba em Ti,
porque “a meta” que temos no horizonte é – ó mistério e maravilha! –
a nossa ‘alteração’ em Ti, segundo as palavras de Jesus, “haveis de ser Deus”! (*)
O que agora Te pedimos é que, com a Tua graça, aprendamos a alimentar-nos
do Corpo e Sangue do Teu Filho Jesus, que é o Teu próprio «Corpo», ó Deus!
(*) – Jo 10,34ss / Ao interpretar e confirmar o Sl 81(82),6.
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net

10 Junho, 2020
«Deu-te a comer o maná…»
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo A – CORPO E SANGUE DE CRISTO – ou «Corpo de Deus» – T. Comum)
“«O Senhor, teu Deus, fez-te sair da terra do Egito, da casa de escravidão, e te conduziu através do imenso e temível deserto… Foi Ele quem, da rocha dura, fez nascer água para ti e, no deserto, te deu a comer o maná, que teus pais não tinham conhecido»” (Dt 8 / 1ª L).
“Imenso e temível deserto” (que “o Senhor Deus fez percorrer, ao Seu povo, durante quarenta anos”)… O mesmo Deus que “fez nascer água de uma rocha dura” para saciar a sede, e deu a comer aquele estranho alimento, “maná”, antes nunca visto… E vêm à nossa memória aqueles quarenta dias (que não anos) de Jesus: também num deserto, onde também sentiu fome, mas onde não transformou aquelas pedras duras en pão, porque aquilo não passava de uma tentação do Maligno que pretendia torcer a sua Missão…
A – Parece, por vezes, como que Deus nos introduz nos desertos da nossa vida; outras vezes, somos nós que, voluntariamente, entramos em desertos que acabam por ser “imensos e temíveis”.
B – O que sim parece normal, ao longo da nossa vida, é o facto de termos de atravessar diversos desertos. É que – neles – resulta ser bem preciso sentirmos a sede de água e a fome de pão, para compreendermos a nossa cabal insuficiência e dependência de Deus e de todo o transcendente…
A – Dir-se-ia que “a libertação” de toda “a escravidão” (e não apenas a do Egito) exige, primeiro, uma “travessia do deserto” e, depois, recuperar as forças e energias gastas “nesse caminho”…
B – E é então que aparece o Deus Providente… o Deus capaz de transformar a rocha dura em água e fazer surgir um “maná nutritivo”… o Deus capaz de – Ele – Se transformar em Pão…
A – Porque, afinal, o “caminho desértico” deve conduzir a uma meta certa e esperada, que será de completa e total realização pessoal em Felicidade, num almejado «monte da Transfiguração»…
B – Só que a «meta final», que Deus “sonhou” para nós, é nada menos que «nos transfigurarmos» n’Ele próprio, tal como os alimentos se transformam naqueles que os consomem e assimilam…
A – Então, agora já percebemos porque é que Deus quis fazer-se corpo, «o Corpo de Deus», na Pessoa do Filho, Jesus, que se encarnou e se fez “carne e sangue”, e depois, pão e vinho!…
B – E neste sentido, entende-se o «símbolo do pelicano» – aplicado a Deus pelos cristãos desde muito antigo – pelo facto de, esta ave, ser capaz (se necessário) de «rasgar o seu peito para alimentar, do próprio sangue, os seus filhotes». Jesus era, então, para eles, «o Divino Pelicano»!
A/B: Que grande dignidade, Senhor, para nós, quando, no Teu ato criador,
quiseste que nascêssemos de Ti, “à tua imagem e semelhança”!
Mas que vocação maravilhosa, a que Tu “sonhaste”, também para nós,
quando puseste à nossa frente um “caminho” que só acaba em Ti,
porque “a meta” que temos no horizonte é – ó mistério e maravilha! –
a nossa ‘alteração’ em Ti, segundo as palavras de Jesus, “haveis de ser Deus”! (*)
O que agora Te pedimos é que, com a Tua graça, aprendamos a alimentar-nos
do Corpo e Sangue do Teu Filho Jesus, que é o Teu próprio «Corpo», ó Deus!
(*) – Jo 10,34ss / Ao interpretar e confirmar o Sl 81(82),6.
// PARA uma outra REFLEXÃO ALARGADA: http://palavradeamorpalavra.sallep.net