Ex 19,4-5: «Assim dirás aos filhos de Israel: “Vistes… como vos transportei sobre asas de águia e vos trouxe até Mim. Agora, se ouvirdes a minha voz, se guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade especial…”». // Rm 5,8: “Irmãos: Deus prova assim o seu amor para connosco: Cristo morreu por nós, quando éramos ainda inimigos”. // Mt 10,6-8: Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus… Recebestes de graça, dai de graça”.
D – «FILHOS DE ISRAEL, VISTES COMO VOS TRANSPORTEI SOBRE ASAS DE ÁGUIA E VOS TROUXE ATÉ MIM» (Ex 19)
C – DIZIA-LHES JESUS: «PROCLAMAI QUE ESTÁ PERTO O REINO DOS CÉUS. RECEBESTES DE GRAÇA, DAI DE GRAÇA» (Mt 10)
O – DEUS PROVA-NOS O SEU AMOR ASSIM: CRISTO MORREU POR NÓS, QUANDO ÉRAMOS AINDA INIMIGOS… (Rm 5)
C – É uma grande verdade que «Deus dá sempre o primeiro passo», quer dizer, Deus adianta-Se às nossas necessidades e aos nossos desejos. Como é que poderia ser de outro modo!?
O – Mal de nós se assim não fosse! Por isso, podemos dizer que essa ‘grande verdade’ é ao mesmo tempo uma ‘necessária verdade’ para nós!
D – Resulta evidente: Se teve a iniciativa ao dizer “transportei os filhos do antigo Israel – desde a escravidão – e os trouxe até Mim”, não podia deixar de ter a iniciativa – por amor dos ‘pecadores’ – ao “entregar o Filho à morte para salvar os que ainda eram seus inimigos”.
C – Ou seja, se Deus tem sempre ‘a iniciativa’, ou ‘adianta-Se’, ou dá ‘o primeiro passo’… poderíamos perguntar-nos, o que é que nós podemos fazer? – Bom, aí estão as palavras de Jesus para todos nós:
D – “Recebestes de graça, dai de graça. Anunciai e proclamai o Reino de Deus, que está cada vez mais perto…”. Mas, sobretudo, dai de graça; sede gratuitos!…
O – Ou seja, ‘tudo de graça’! Nada de egoísmos!… Quer dizer: Embora ‘a iniciativa não foi nossa’, temos de dar o ‘segundo passo’, seguindo atrás de Jesus que sempre ‘se adianta’!
X — Tendo sido criados “à imagem e semelhança de Deus” – e Ele, em Cristo Jesus, “tudo dá de graça” – qual é a origem da nossa tendência para o egoísmo e a ganância naquilo que empreendemos e realizamos? Só pode vir do Maligno, do espírito do Mal, que nos invade e domina sempre que pode… Então, a escolha livre é nossa: Ou escutamos Deus para seguirmos as suas inspirações e fazermos as suas vontades… ou nos deixamos levar pelas seduções satânicas do nosso ‘Inimigo’ de sempre, que só busca a nossa perdição!… Mas a Palavra de Deus – sempre antiga e sempre nova no ‘Verbo’, Jesus – já estava escrita desde antigo (Ex 19): “Se ouvirdes a minha voz, se guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade especial…”. E Ele continua a respeitar sempre a nossa liberdade de escolha!… Qual vai ser então a nossa atitude, para fugirmos ao ‘egoísmo fechado’ e abrirmo-nos à generosidade que “dá de graça o que de graça recebeu”? — Pois conTigo, Jesus, e como Tu nos ensinaste, começamos por pedir, ao Pai Deus, que “não nos deixe cair na tentação e nos livre do Maligno”, para anunciar e proclamar – sempre gratuitamente – o Reino de Deus!
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Ide e dai de graça, de graça recebestes; a vós entregarei bem mais do que vós Me destes; e muito mais!» …
(♪) – «Dai graças ao Senhor porque é bom, porque é eterna sua misericórdia! Aleluia! Aleluia!» …
(♪) – «Partilhai a riqueza porque Deus de todos é Pai. Sois benditos, entrai no Reino da Luz. {Porque Eu tive fome e vós deste-Me de comer; tive sede e vós deste-Me de beber}(2)» …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]
— Palavras do Papa Francisco – Acerca do “Serviço gratuito” aos irmãos…
«Recebestes de graça, dai de graça» (Mt 10,8): estas são palavras pronunciadas por Jesus quando enviou os apóstolos a espalhar o Evangelho, para que o seu Reino se propagasse através de gestos de amor gratuito …
A vida é dom de Deus, pois – como adverte São Paulo – «que tens tu que não tenhas recebido?» (1 Cor 4,7). E, precisamente porque é dom, a existência não pode ser considerada como mera posse ou propriedade privada, sobretudo face às conquistas da medicina e da biotecnologia, que poderiam levar o homem a ceder à tentação de manipular a “árvore da vida” (cf. Gn 3,24).
Contra a cultura do descarte e da indiferença, cumpre-me afirmar que há de colocar-se o dom como paradigma capaz de desafiar o individualismo e a fragmentação social dos nossos dias, para promover novos vínculos e várias formas de cooperação humana entre povos e culturas …
Cada um de nós nunca conseguirá, de todo, ver-se livre da necessidade e da ajuda dos outros, nunca conseguirá arrancar de si mesmo o limite da impotência face a alguém ou a alguma coisa. Também esta é uma condição que carateriza o nosso ser “criaturas”. O reconhecimento leal desta verdade convida-nos a permanecer humildes e a praticar com coragem a solidariedade, como virtude indispensável à existência.
…Só quando o homem se concebe, não como um mundo fechado em si mesmo, mas como alguém que, por sua natureza, está ligado a todos os outros, originariamente sentidos como “irmãos”, é possível uma práxis social solidária, orientada para o bem comum. Não devemos ter medo de nos reconhecermos necessitados e incapazes de nos darmos tudo aquilo de que teríamos necessidade, porque não conseguimos, sozinhos e apenas com as nossas forças, vencer todos os limites. Não temamos este reconhecimento, porque o próprio Deus, em Jesus, desceu (cf. Flp 2,8), e desce até nós e até às nossas pobrezas para nos ajudar e nos dar aqueles bens que, sozinhos, nunca poderíamos ter. (…)
Exorto-vos a todos, nos vários níveis, a promover a cultura da gratuidade e do dom, indispensável para superar a cultura do lucro e do descarte. As instituições católicas de saúde não deveriam cair no estilo empresarial, mas salvaguardar mais o cuidado da pessoa que o lucro. Sabemos que a saúde é relacional, depende da interação com os outros e precisa de confiança, amizade e solidariedade; é um bem que só se pode gozar “plenamente” se for partilhado. A alegria do dom gratuito é o indicador de saúde do cristão.
A todos vos confio a Maria, ‘Salus infirmorum’. Que Ela nos ajude a partilhar os dons recebidos, com espírito de diálogo e mútuo acolhimento, a viver como irmãos e irmãs, cada um atento às necessidades dos outros, a saber dar com coração generoso e a aprender a alegria do serviço desinteressado».
[ Papa Francisco – Da «Mensagem para o XXVII Dia Mundial do Doente-11.02.2019» – (25.11.18) ]
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net

12 Junho, 2020
«Recebestes de graça, dai de graça»
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
Ex 19,4-5: «Assim dirás aos filhos de Israel: “Vistes… como vos transportei sobre asas de águia e vos trouxe até Mim. Agora, se ouvirdes a minha voz, se guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade especial…”». // Rm 5,8: “Irmãos: Deus prova assim o seu amor para connosco: Cristo morreu por nós, quando éramos ainda inimigos”. // Mt 10,6-8: Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus… Recebestes de graça, dai de graça”.
D – «FILHOS DE ISRAEL, VISTES COMO VOS TRANSPORTEI SOBRE ASAS DE ÁGUIA E VOS TROUXE ATÉ MIM» (Ex 19)
C – DIZIA-LHES JESUS: «PROCLAMAI QUE ESTÁ PERTO O REINO DOS CÉUS. RECEBESTES DE GRAÇA, DAI DE GRAÇA» (Mt 10)
O – DEUS PROVA-NOS O SEU AMOR ASSIM: CRISTO MORREU POR NÓS, QUANDO ÉRAMOS AINDA INIMIGOS… (Rm 5)
C – É uma grande verdade que «Deus dá sempre o primeiro passo», quer dizer, Deus adianta-Se às nossas necessidades e aos nossos desejos. Como é que poderia ser de outro modo!?
O – Mal de nós se assim não fosse! Por isso, podemos dizer que essa ‘grande verdade’ é ao mesmo tempo uma ‘necessária verdade’ para nós!
D – Resulta evidente: Se teve a iniciativa ao dizer “transportei os filhos do antigo Israel – desde a escravidão – e os trouxe até Mim”, não podia deixar de ter a iniciativa – por amor dos ‘pecadores’ – ao “entregar o Filho à morte para salvar os que ainda eram seus inimigos”.
C – Ou seja, se Deus tem sempre ‘a iniciativa’, ou ‘adianta-Se’, ou dá ‘o primeiro passo’… poderíamos perguntar-nos, o que é que nós podemos fazer? – Bom, aí estão as palavras de Jesus para todos nós:
D – “Recebestes de graça, dai de graça. Anunciai e proclamai o Reino de Deus, que está cada vez mais perto…”. Mas, sobretudo, dai de graça; sede gratuitos!…
O – Ou seja, ‘tudo de graça’! Nada de egoísmos!… Quer dizer: Embora ‘a iniciativa não foi nossa’, temos de dar o ‘segundo passo’, seguindo atrás de Jesus que sempre ‘se adianta’!
X — Tendo sido criados “à imagem e semelhança de Deus” – e Ele, em Cristo Jesus, “tudo dá de graça” – qual é a origem da nossa tendência para o egoísmo e a ganância naquilo que empreendemos e realizamos? Só pode vir do Maligno, do espírito do Mal, que nos invade e domina sempre que pode… Então, a escolha livre é nossa: Ou escutamos Deus para seguirmos as suas inspirações e fazermos as suas vontades… ou nos deixamos levar pelas seduções satânicas do nosso ‘Inimigo’ de sempre, que só busca a nossa perdição!… Mas a Palavra de Deus – sempre antiga e sempre nova no ‘Verbo’, Jesus – já estava escrita desde antigo (Ex 19): “Se ouvirdes a minha voz, se guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade especial…”. E Ele continua a respeitar sempre a nossa liberdade de escolha!… Qual vai ser então a nossa atitude, para fugirmos ao ‘egoísmo fechado’ e abrirmo-nos à generosidade que “dá de graça o que de graça recebeu”? — Pois conTigo, Jesus, e como Tu nos ensinaste, começamos por pedir, ao Pai Deus, que “não nos deixe cair na tentação e nos livre do Maligno”, para anunciar e proclamar – sempre gratuitamente – o Reino de Deus!
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Ide e dai de graça, de graça recebestes; a vós entregarei bem mais do que vós Me destes; e muito mais!» …
(♪) – «Dai graças ao Senhor porque é bom, porque é eterna sua misericórdia! Aleluia! Aleluia!» …
(♪) – «Partilhai a riqueza porque Deus de todos é Pai. Sois benditos, entrai no Reino da Luz. {Porque Eu tive fome e vós deste-Me de comer; tive sede e vós deste-Me de beber}(2)» …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]
— Palavras do Papa Francisco – Acerca do “Serviço gratuito” aos irmãos…
«Recebestes de graça, dai de graça» (Mt 10,8): estas são palavras pronunciadas por Jesus quando enviou os apóstolos a espalhar o Evangelho, para que o seu Reino se propagasse através de gestos de amor gratuito …
A vida é dom de Deus, pois – como adverte São Paulo – «que tens tu que não tenhas recebido?» (1 Cor 4,7). E, precisamente porque é dom, a existência não pode ser considerada como mera posse ou propriedade privada, sobretudo face às conquistas da medicina e da biotecnologia, que poderiam levar o homem a ceder à tentação de manipular a “árvore da vida” (cf. Gn 3,24).
Contra a cultura do descarte e da indiferença, cumpre-me afirmar que há de colocar-se o dom como paradigma capaz de desafiar o individualismo e a fragmentação social dos nossos dias, para promover novos vínculos e várias formas de cooperação humana entre povos e culturas …
Cada um de nós nunca conseguirá, de todo, ver-se livre da necessidade e da ajuda dos outros, nunca conseguirá arrancar de si mesmo o limite da impotência face a alguém ou a alguma coisa. Também esta é uma condição que carateriza o nosso ser “criaturas”. O reconhecimento leal desta verdade convida-nos a permanecer humildes e a praticar com coragem a solidariedade, como virtude indispensável à existência.
…Só quando o homem se concebe, não como um mundo fechado em si mesmo, mas como alguém que, por sua natureza, está ligado a todos os outros, originariamente sentidos como “irmãos”, é possível uma práxis social solidária, orientada para o bem comum. Não devemos ter medo de nos reconhecermos necessitados e incapazes de nos darmos tudo aquilo de que teríamos necessidade, porque não conseguimos, sozinhos e apenas com as nossas forças, vencer todos os limites. Não temamos este reconhecimento, porque o próprio Deus, em Jesus, desceu (cf. Flp 2,8), e desce até nós e até às nossas pobrezas para nos ajudar e nos dar aqueles bens que, sozinhos, nunca poderíamos ter. (…)
Exorto-vos a todos, nos vários níveis, a promover a cultura da gratuidade e do dom, indispensável para superar a cultura do lucro e do descarte. As instituições católicas de saúde não deveriam cair no estilo empresarial, mas salvaguardar mais o cuidado da pessoa que o lucro. Sabemos que a saúde é relacional, depende da interação com os outros e precisa de confiança, amizade e solidariedade; é um bem que só se pode gozar “plenamente” se for partilhado. A alegria do dom gratuito é o indicador de saúde do cristão.
A todos vos confio a Maria, ‘Salus infirmorum’. Que Ela nos ajude a partilhar os dons recebidos, com espírito de diálogo e mútuo acolhimento, a viver como irmãos e irmãs, cada um atento às necessidades dos outros, a saber dar com coração generoso e a aprender a alegria do serviço desinteressado».
[ Papa Francisco – Da «Mensagem para o XXVII Dia Mundial do Doente-11.02.2019» – (25.11.18) ]
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net