
Is 55,10: “A chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir, para que dê a semente ao semeador e o pão para comer…”. // Rm 8,19-20: “Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. Elas estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu…”. // Mt 13,19.23: “«Quando um homem ouve a palavra do reino sem atenção para entender, vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração. É como a semente caída no caminho e comida pelas aves … Mas aquele que recebeu a palavra em boa terra é o que ouve a palavra com atenção e a compreende. Esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta por um»”.
D – A CHUVA E A NEVE, QUE DESCEM DO CÉU, NÃO VOLTAM PARA LÁ SEM TEREM REGADO A TERRA… (Is 55)
O – NA VERDADE, AS CRIATURAS ESPERAM ANSIOSAMENTE A REVELAÇÃO DOS FILHOS DE DEUS… (Rm 8)
C – OUVIR A PALAVRA DO REINO SEM ATENÇÃO PARA A ENTENDER… É COMO SEMEAR NO CAMINHO… (Mt 13)
O – Parece como que os protagonistas, na Palavra de hoje, fossem as “criaturas da natureza” (que não são ‘humanas’!). Dir-se-ia que ‘foram chamadas’ para realizar a sua função e missão…
C – Na realidade, toda a Criação – na sua diversidade e heterogeneidade – está integrada no Plano Salvador de Deus, para bem ou para mal (!?); sim, porque “as criaturas estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu”.
D – Porém, nunca esqueçam – como diz Paulo – que “essas criaturas vivem na esperança de que também elas serão libertadas da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus”; e que, afinal, “tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus”.
O – Por estas e por outras, é maravilhoso que a Escritura acuda continuamente à Natureza e fenómenos naturais para explicar – e pôr ao alcance dos humanos! – as verdades mais importantes e profundas da vida presente e futura…
C – Isto, já desde o Antigo Testamento, com imagens tão significativas como estas de Isaías: “A chuva e a neve descem do céu, e não voltam para lá sem terem fecundado a terra… para dar semente e pão ao semeador… Assim é a palavra que sai da boca de Deus…”.
O – E sobretudo, interessantes, oportunas e lindas, as imagens da Natureza que utiliza Jesus, para explicar – nas suas parábolas – o Reino de Deus e o sentido da Palavra. Na parábola de hoje: um semeador, a semente, o caminho, as aves, as pedras, os espinhos, a boa terra…
X — Porque é que somos ‘assim’, os que nos chamamos ‘humanos’, se afinal não passamos de seres desta mesma Natureza, criaturas da mesma Criação? Essa ‘mania’ de nos acharmos superiores, para bem e para mal (muitas vezes ‘para mal’, lamentavelmente!). Manipulamos, exploramos, estragamos… a Natureza, para o nosso proveito egoísta e ambicioso… Ainda bem que, felizmente, há sempre os que defendem, protegem e cuidam a Criação, porque, inevitavelmente, é a «Casa de todos»! E não era preciso – para nos alertar y prevenir – que o nosso Papa Francisco falasse e escrevesse, alto e claro (e não apenas na Encíclica «Laudato si’»!) acerca desta questão fundamental… E tão ‘vital’ que, nisso, nos vá a ‘vida’!… Mas se, mesmo assim, isto não é suficiente e eficaz, que ninguém se engane: a própria Natureza, a Criação, tem os seus “mecanismos de defesa” eficazes! Aí está o nosso ‘irmão’, o Coronavírus (covid-19), que nos pôs de ‘pernas para o ar’… “e nos fez sentir que estávamos nus”(Gn 3) como aqueles nossos antepassados do tal paraíso… (E até tapamos a nossa ‘nudez’ com “máscaras”, como podiam ser “folhas de figueira”). Coitados de nós! Seremos capazes de aprender a lição!? — Que podemos suplicar-Te, Jesus? – Pois que nos ilumines e revigores com os dons do Teu Espírito: Sabedoria, Entendimento, Fortaleza…
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Louvado sejas, ó meu Senhor! (“Laudato si’, o mi’ Signore”) (4x). Pela Criação inteira, pelo sol e pela lua, pelo vento e as estrelas, pela água e pelo fogo … » …
(♪) – «O louvor e a glória a Ti, Senhor! O louvor e a glória a Ti, Senhor! Está no Universo a Tua formosura, {e toda a criatura é fruto do Amor}(2)» …
(♪) – «Louvado, Senhor, por tantas maravilhas que me falam de Ti! Louvado, Senhor, por tantas alegrias que me fazes sentir! Louvado, Senhor, por esse amanhecer que assim me inunda de paz! Louvado, Senhor, em Ti sou livre para voar!» …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]
— Papa Francisco – Sobre o Cuidado da Casa comum: Início e final da Carta «Laudato si’».
«“LAUDATO SI’, mi’ Signore – Louvado sejas, meu Senhor”, cantava São Francisco de Assis. Neste gracioso cântico, recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: «Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras». [Cantico delle creature: F. Francescane, 263]
Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada, que «geme e sofre as dores do parto» (Rm 8, 22). Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2, 7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos.
( … )
Deus, que nos chama a uma generosa entrega e a oferecer-Lhe tudo, também nos dá as forças e a luz de que necessitamos para prosseguir. No coração deste mundo, permanece presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque Se uniu definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos. Que Ele seja louvado!
Depois desta longa reflexão, jubilosa e ao mesmo tempo dramática, proponho duas orações: uma que podemos partilhar todos quantos acreditam num Deus Criador Omnipotente; e outra pedindo que nós, cristãos, saibamos assumir os compromissos para com a criação que o Evangelho de Jesus nos propõe.
Oração pela nossa terra:
Deus Omnipotente, que estais presente em todo o universo e na mais pequenina das vossas criaturas, Vós que envolveis com a vossa ternura tudo o que existe, derramai em nós a força do vosso amor para cuidarmos da vida e da beleza. Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs sem prejudicar ninguém. Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar os abandonados e esquecidos desta terra que valem tanto aos vossos olhos. Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo e não o depredemos, para que semeemos beleza e não poluição nem destruição. Tocai os corações daqueles que buscam apenas benefícios à custa dos pobres e da terra. Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas no nosso caminho para a vossa luz infinita. Obrigado porque estais connosco todos os dias. Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz.
Oração cristã com a criação:
Nós Vos louvamos, Pai, com todas as vossas criaturas, que saíram da vossa mão poderosa. São vossas e estão repletas da vossa presença e da vossa ternura.
Louvado sejais!
Filho de Deus, Jesus, por Vós foram criadas todas as coisas. Fostes formado no seio materno de Maria, fizestes-Vos parte desta terra, e contemplastes este mundo com olhos humanos.
Hoje estais vivo em cada criatura com a vossa glória de ressuscitado.
Louvado sejais!
Espírito Santo, que, com a vossa luz, guiais este mundo para o amor do Pai e acompanhais o gemido da criação, Vós viveis também nos nossos corações a fim de nos impelir para o bem.
Louvado sejais!
Senhor Deus, Uno e Trino, comunidade estupenda de amor infinito, ensinai-nos a contemplar-Vos na beleza do universo, onde tudo nos fala de Vós. Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão por cada ser que criastes. Dai-nos a graça de nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe. Deus de amor, mostrai-nos o nosso lugar neste mundo como instrumentos do vosso carinho por todos os seres desta terra, porque nem um deles sequer é esquecido por Vós. Iluminai os donos do poder e do dinheiro para que não caiam no pecado da indiferença, amem o bem comum, promovam os fracos, e cuidem deste mundo que habitamos.
Os pobres e a terra estão bradando: Senhor, tomai-nos sob o vosso poder e a vossa luz, para proteger cada vida, para preparar um futuro melhor, para que venha o vosso Reino de justiça, paz, amor e beleza.
Louvado sejais!
Ámen».
[ Papa Francisco – Na Carta Encíclica – «Laudato si’»- Início e final: nº 1-2.245-246 / (24-05-2015) ]
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
10 Julho, 2020
«As criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus»
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
Is 55,10: “A chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir, para que dê a semente ao semeador e o pão para comer…”. // Rm 8,19-20: “Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. Elas estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu…”. // Mt 13,19.23: “«Quando um homem ouve a palavra do reino sem atenção para entender, vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração. É como a semente caída no caminho e comida pelas aves … Mas aquele que recebeu a palavra em boa terra é o que ouve a palavra com atenção e a compreende. Esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta por um»”.
D – A CHUVA E A NEVE, QUE DESCEM DO CÉU, NÃO VOLTAM PARA LÁ SEM TEREM REGADO A TERRA… (Is 55)
O – NA VERDADE, AS CRIATURAS ESPERAM ANSIOSAMENTE A REVELAÇÃO DOS FILHOS DE DEUS… (Rm 8)
C – OUVIR A PALAVRA DO REINO SEM ATENÇÃO PARA A ENTENDER… É COMO SEMEAR NO CAMINHO… (Mt 13)
O – Parece como que os protagonistas, na Palavra de hoje, fossem as “criaturas da natureza” (que não são ‘humanas’!). Dir-se-ia que ‘foram chamadas’ para realizar a sua função e missão…
C – Na realidade, toda a Criação – na sua diversidade e heterogeneidade – está integrada no Plano Salvador de Deus, para bem ou para mal (!?); sim, porque “as criaturas estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu”.
D – Porém, nunca esqueçam – como diz Paulo – que “essas criaturas vivem na esperança de que também elas serão libertadas da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus”; e que, afinal, “tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus”.
O – Por estas e por outras, é maravilhoso que a Escritura acuda continuamente à Natureza e fenómenos naturais para explicar – e pôr ao alcance dos humanos! – as verdades mais importantes e profundas da vida presente e futura…
C – Isto, já desde o Antigo Testamento, com imagens tão significativas como estas de Isaías: “A chuva e a neve descem do céu, e não voltam para lá sem terem fecundado a terra… para dar semente e pão ao semeador… Assim é a palavra que sai da boca de Deus…”.
O – E sobretudo, interessantes, oportunas e lindas, as imagens da Natureza que utiliza Jesus, para explicar – nas suas parábolas – o Reino de Deus e o sentido da Palavra. Na parábola de hoje: um semeador, a semente, o caminho, as aves, as pedras, os espinhos, a boa terra…
X — Porque é que somos ‘assim’, os que nos chamamos ‘humanos’, se afinal não passamos de seres desta mesma Natureza, criaturas da mesma Criação? Essa ‘mania’ de nos acharmos superiores, para bem e para mal (muitas vezes ‘para mal’, lamentavelmente!). Manipulamos, exploramos, estragamos… a Natureza, para o nosso proveito egoísta e ambicioso… Ainda bem que, felizmente, há sempre os que defendem, protegem e cuidam a Criação, porque, inevitavelmente, é a «Casa de todos»! E não era preciso – para nos alertar y prevenir – que o nosso Papa Francisco falasse e escrevesse, alto e claro (e não apenas na Encíclica «Laudato si’»!) acerca desta questão fundamental… E tão ‘vital’ que, nisso, nos vá a ‘vida’!… Mas se, mesmo assim, isto não é suficiente e eficaz, que ninguém se engane: a própria Natureza, a Criação, tem os seus “mecanismos de defesa” eficazes! Aí está o nosso ‘irmão’, o Coronavírus (covid-19), que nos pôs de ‘pernas para o ar’… “e nos fez sentir que estávamos nus”(Gn 3) como aqueles nossos antepassados do tal paraíso… (E até tapamos a nossa ‘nudez’ com “máscaras”, como podiam ser “folhas de figueira”). Coitados de nós! Seremos capazes de aprender a lição!? — Que podemos suplicar-Te, Jesus? – Pois que nos ilumines e revigores com os dons do Teu Espírito: Sabedoria, Entendimento, Fortaleza…
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’):
(♪) – «Louvado sejas, ó meu Senhor! (“Laudato si’, o mi’ Signore”) (4x). Pela Criação inteira, pelo sol e pela lua, pelo vento e as estrelas, pela água e pelo fogo … » …
(♪) – «O louvor e a glória a Ti, Senhor! O louvor e a glória a Ti, Senhor! Está no Universo a Tua formosura, {e toda a criatura é fruto do Amor}(2)» …
(♪) – «Louvado, Senhor, por tantas maravilhas que me falam de Ti! Louvado, Senhor, por tantas alegrias que me fazes sentir! Louvado, Senhor, por esse amanhecer que assim me inunda de paz! Louvado, Senhor, em Ti sou livre para voar!» …
«TEXTOS» À LUZ DESTA PALAVRA
[ do Papa / da Bíblia / poesia / fábulas / provérbios / etc. ]
— Papa Francisco – Sobre o Cuidado da Casa comum: Início e final da Carta «Laudato si’».
«“LAUDATO SI’, mi’ Signore – Louvado sejas, meu Senhor”, cantava São Francisco de Assis. Neste gracioso cântico, recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: «Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras». [Cantico delle creature: F. Francescane, 263]
Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada, que «geme e sofre as dores do parto» (Rm 8, 22). Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2, 7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos.
( … )
Deus, que nos chama a uma generosa entrega e a oferecer-Lhe tudo, também nos dá as forças e a luz de que necessitamos para prosseguir. No coração deste mundo, permanece presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque Se uniu definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos. Que Ele seja louvado!
Depois desta longa reflexão, jubilosa e ao mesmo tempo dramática, proponho duas orações: uma que podemos partilhar todos quantos acreditam num Deus Criador Omnipotente; e outra pedindo que nós, cristãos, saibamos assumir os compromissos para com a criação que o Evangelho de Jesus nos propõe.
Oração pela nossa terra:
Deus Omnipotente, que estais presente em todo o universo e na mais pequenina das vossas criaturas, Vós que envolveis com a vossa ternura tudo o que existe, derramai em nós a força do vosso amor para cuidarmos da vida e da beleza. Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs sem prejudicar ninguém. Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar os abandonados e esquecidos desta terra que valem tanto aos vossos olhos. Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo e não o depredemos, para que semeemos beleza e não poluição nem destruição. Tocai os corações daqueles que buscam apenas benefícios à custa dos pobres e da terra. Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas no nosso caminho para a vossa luz infinita. Obrigado porque estais connosco todos os dias. Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz.
Oração cristã com a criação:
Nós Vos louvamos, Pai, com todas as vossas criaturas, que saíram da vossa mão poderosa. São vossas e estão repletas da vossa presença e da vossa ternura.
Louvado sejais!
Filho de Deus, Jesus, por Vós foram criadas todas as coisas. Fostes formado no seio materno de Maria, fizestes-Vos parte desta terra, e contemplastes este mundo com olhos humanos.
Hoje estais vivo em cada criatura com a vossa glória de ressuscitado.
Louvado sejais!
Espírito Santo, que, com a vossa luz, guiais este mundo para o amor do Pai e acompanhais o gemido da criação, Vós viveis também nos nossos corações a fim de nos impelir para o bem.
Louvado sejais!
Senhor Deus, Uno e Trino, comunidade estupenda de amor infinito, ensinai-nos a contemplar-Vos na beleza do universo, onde tudo nos fala de Vós. Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão por cada ser que criastes. Dai-nos a graça de nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe. Deus de amor, mostrai-nos o nosso lugar neste mundo como instrumentos do vosso carinho por todos os seres desta terra, porque nem um deles sequer é esquecido por Vós. Iluminai os donos do poder e do dinheiro para que não caiam no pecado da indiferença, amem o bem comum, promovam os fracos, e cuidem deste mundo que habitamos.
Os pobres e a terra estão bradando: Senhor, tomai-nos sob o vosso poder e a vossa luz, para proteger cada vida, para preparar um futuro melhor, para que venha o vosso Reino de justiça, paz, amor e beleza.
Louvado sejais!
Ámen».
[ Papa Francisco – Na Carta Encíclica – «Laudato si’»- Início e final: nº 1-2.245-246 / (24-05-2015) ]
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net