– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
( Ciclo B – Domingo 4 – Quaresma )
“A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz… Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus”. (Jo 3,19-21 / 3ª L.).
O texto pertence ao diálogo de Jesus com Nicodemos. De acordo com a apresentação que dele faz João, o evangelista, este homem era “chefe dos judeus” e pertencia ao “grupo dos fariseus”. E acrescenta um pormenor significativo, “veio ter com Jesus de noite”. Claro que estas particularidades – que João regista – só podiam ter-lhe sido transmitidas pelo próprio Nicodemos (pois mais ninguém estava presente naquele seu “encontro privado” com Jesus). Isto quer dizer que Nicodemos passou a formar parte dos discípulos de Jesus, e viveu naquelas primeiras comunidades cristãs em volta de João, o autor deste quarto evangelho; onde também ficou registado, na descida do corpo de Jesus da cruz, que “Nicodemos, aquele que antes tinha ido ter com Jesus de noite, veio com mirra e aloés…” (Jo 19,39), colaborando assim na preparação do corpo de Jesus para a Sua sepultura…
A – Não deixa de ser revelador o facto de a conversa de Jesus com Nicodemos derivar para o tema da luz, quando João tinha registado que este chefe dos fariseus “foi ter com Jesus de noite”.
B – É evidente que a atração e/ou curiosidade que Nicodemos sente por Jesus, devido à doutrina que expõe e ao modo como o faz, ainda terá de vencer a barreira do “respeito humano”; ou seja, a vergonha perante os seus colegas e a gente em geral, pelo facto de ele ir ter com Jesus…
A – Podemos pensar que, para se encontrar realmente com a Luz que é Cristo, terá que superar as “trevas da noite” e transpor toda a barreira que possa vir a separar-lhe daquele Mestre de Nazaré.
B – Se não tivesse tido a coragem de o fazer, continuaria a ser do número dos que “odeiam a luz e não se aproximam dela para que as suas más ações não sejam denunciadas”…
A – Porém, se ele apareceu com José de Arimateia para pedir o corpo de Jesus e o embalsamar, quer isso dizer que já tinha começado a vencer e dominar aquele seu ‘respeito humano’ inicial…
B – E nas palavras de Jesus fica bem claro que “aproximar-se da luz” significa abandonar “as más ações”, as obras das trevas; sair da ‘noite’ e optar pelo ‘dia’, onde “as obras são feitas em Deus”.
A – Devemos reconhecer que, no nosso mundo, não resulta fácil optar por essa Luz de Cristo, num ambiente em que “tantos homens – pelas suas obras más – amam mais as trevas do que a Luz”…
B – A nossa escolha, apesar de tudo, deve ser “viver na Verdade” e na Luz, se quisermos ser realmente livres, já que, como diz Jesus noutra altura, “só a Verdade é que nos faz livres” (Jo 8,32).
A-B: Estamos a ver, Senhor, que ‘Verdade e Luz’ ou ‘Luz e Verdade’, são inseparáveis…
Tu disseste: “Eu sou a Verdade… e a Vida” e também “Eu sou a Luz do mundo”…
Pois para “não andarmos nas trevas”, Jesus, “mas termos a Luz da Vida”,
é preciso que, pelo Teu Espírito, ilumines a nossa mente e o nosso coração,
para sermos capazes de ajudar aqueles que “amam mais as trevas do que a luz”
na sua conversão para a Luz da Verdade, “que os fará realmente Livres”…
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
12 Março, 2021
«Quem pratica a verdade aproxima-se da luz»
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
( Ciclo B – Domingo 4 – Quaresma )
“A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz… Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus”. (Jo 3,19-21 / 3ª L.).
O texto pertence ao diálogo de Jesus com Nicodemos. De acordo com a apresentação que dele faz João, o evangelista, este homem era “chefe dos judeus” e pertencia ao “grupo dos fariseus”. E acrescenta um pormenor significativo, “veio ter com Jesus de noite”. Claro que estas particularidades – que João regista – só podiam ter-lhe sido transmitidas pelo próprio Nicodemos (pois mais ninguém estava presente naquele seu “encontro privado” com Jesus). Isto quer dizer que Nicodemos passou a formar parte dos discípulos de Jesus, e viveu naquelas primeiras comunidades cristãs em volta de João, o autor deste quarto evangelho; onde também ficou registado, na descida do corpo de Jesus da cruz, que “Nicodemos, aquele que antes tinha ido ter com Jesus de noite, veio com mirra e aloés…” (Jo 19,39), colaborando assim na preparação do corpo de Jesus para a Sua sepultura…
A – Não deixa de ser revelador o facto de a conversa de Jesus com Nicodemos derivar para o tema da luz, quando João tinha registado que este chefe dos fariseus “foi ter com Jesus de noite”.
B – É evidente que a atração e/ou curiosidade que Nicodemos sente por Jesus, devido à doutrina que expõe e ao modo como o faz, ainda terá de vencer a barreira do “respeito humano”; ou seja, a vergonha perante os seus colegas e a gente em geral, pelo facto de ele ir ter com Jesus…
A – Podemos pensar que, para se encontrar realmente com a Luz que é Cristo, terá que superar as “trevas da noite” e transpor toda a barreira que possa vir a separar-lhe daquele Mestre de Nazaré.
B – Se não tivesse tido a coragem de o fazer, continuaria a ser do número dos que “odeiam a luz e não se aproximam dela para que as suas más ações não sejam denunciadas”…
A – Porém, se ele apareceu com José de Arimateia para pedir o corpo de Jesus e o embalsamar, quer isso dizer que já tinha começado a vencer e dominar aquele seu ‘respeito humano’ inicial…
B – E nas palavras de Jesus fica bem claro que “aproximar-se da luz” significa abandonar “as más ações”, as obras das trevas; sair da ‘noite’ e optar pelo ‘dia’, onde “as obras são feitas em Deus”.
A – Devemos reconhecer que, no nosso mundo, não resulta fácil optar por essa Luz de Cristo, num ambiente em que “tantos homens – pelas suas obras más – amam mais as trevas do que a Luz”…
B – A nossa escolha, apesar de tudo, deve ser “viver na Verdade” e na Luz, se quisermos ser realmente livres, já que, como diz Jesus noutra altura, “só a Verdade é que nos faz livres” (Jo 8,32).
A-B: Estamos a ver, Senhor, que ‘Verdade e Luz’ ou ‘Luz e Verdade’, são inseparáveis…
Tu disseste: “Eu sou a Verdade… e a Vida” e também “Eu sou a Luz do mundo”…
Pois para “não andarmos nas trevas”, Jesus, “mas termos a Luz da Vida”,
é preciso que, pelo Teu Espírito, ilumines a nossa mente e o nosso coração,
para sermos capazes de ajudar aqueles que “amam mais as trevas do que a luz”
na sua conversão para a Luz da Verdade, “que os fará realmente Livres”…
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net