“Alegrai-vos com Jerusalém, rejubilai com ela, vós todos que a amais; regozijai-vos, vós todos os que estáveis de luto por ela…”. [Is 66,10 (Antífona de Entrada / 4º D.-Quaresma)].
“Aqueles que nos levaram cativos queriam ouvir uma canção de alegria, e diziam: «Cantai-nos um cântico de Sião». Como poderíamos nós cantar…?”. [Sl 136,3-4 / (Sal. Resp. à 1ªL)].
“A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela… Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz…”. [Jo 3,19-21 (3ªL)].
————
Mais uma vez, “os opostos”! Neste caso: luz e trevas; ou alegria e tristeza… A escolha ou decisão, em cada caso, parece óbvia: opta-se pela alegria e pela luz! Ou não?… Pois neste sentido – e na sociedade humana atual (?) – existe uma realidade que não se compreende facilmente, pelo menos à primeira vista. Como é que parece haver tanta gente que “gosta” e se diverte vendo espetáculos ou filmes (chamados «de Terror», por exemplo!) onde o que predomina, justamente, são: “as trevas”, as situações “de angústia”, cenas “de violência”, quadros “macabros”… Dir-se-ia que essas mentes humanas estão desformadas, falseadas, deturpadas? Ou será que o Inimigo, o Maligno, seja mais forte do que nós, e nos arraste por esses derroteiros escabrosos, do tipo das “adições” perigosas!?…
Pois não será porque nos faltem (desde a Palavra de Deus, e não só) os apelos e os alertas para a alegria, a beleza, a luz, a bondade, o otimismo, o bem…! E, desde logo, não será porque nos falte, da parte do Espírito Santo, o seu Dom da Fortaleza, superabundante, capaz de vencer a força de todo e qualquer espírito Maligno!?…
Acontece que a Palavra deste 4º domingo da Quaresma – conhecido tradicionalmente como “domingo de Lætare” (Alegria) (*) – foca precisamente o tema da Luz e da Alegria, desde vários pontos de vista, a partir, exatamente, dos seus “opostos”, as trevas, a tristeza, o luto…
Não vale a pena permanecer, ficarmos prostrados, na desgraça, no luto ou no pesar… quando o nosso Deus – que é Pai, por cima de tudo e antes de mais nada! – multiplica as Palavras de ânimo e contentamento ao ver-nos tristes ou desanimados: “Alegrai-vos (‘Lætare’) com Jerusalém, rejubilai com ela, vós todos que a amais; regozijai-vos, vós todos os que estáveis de luto…”. Isto, é evidente, precisamente quando estavam derrotados e cativos, longe da sua Pátria: “Aqueles que nos levaram cativos queriam ouvir uma canção de alegria… Como poderíamos nós cantar…?”.
Ou seja, no meio dos que preferem, neste mundo, «o terror e as trevas!», trata-se de voltar-nos sempre para a Alegria da Luz, ou “de amar mais a luz do que as trevas”, como diz o próprio Jesus. LUZ que, sim, é Ele mesmo! Então, “vivamos na Verdade, para, assim, estarmos próximos da LUZ”…
« Porém, Mãe, reconhecemos que não é fácil seguir o teu Filho Jesus, “Luz do mundo” bem como “vivermos nessa Verdade que nos aproxima da Luz”; e ainda mais difícil neste mundo onde, como diz o Evangelho, “muitos homens amam mais as trevas do que a luz, porque as suas obras são más”… Mais um motivo, Mãe, para acudirmos a Ti, Nossa Senhora de Luján, porque, também desde este Santuário, sabes bem ‘transformar’ as Trevas nossas em LUZ de Cristo. (Admirável ‘metamorfose’)!…
(*) – NOTA LITÚRGICA: Na tradição Litúrgica da Igreja, existem dois Domingos – ‘entremeados’ em dois Tempos de Penitência – que são como que um «relax» no ‘espírito penitencial’ para ganhar ânimo e ‘fôlego’ num «tempo de sacrifício e preparação» olhando para o fim! Estes dois dias são: o 3º domingo do Advento (ou «de Gaudete») e o 4º domingo da Quaresma (ou «de Lætare»). Ambos os dois, como se vê, Domingos de Alegria.
NOTAS COMPLEMENTARES:
1-] Nossa Senhora de Luján (Argentina). É a Invocação Mariana principal do nosso Papa Francisco, desde muito novo, como argentino que é. Quanto à história do Santuário, podemos dizer que esta “Aparição” (!?) fica como que diluída entre os vários intervenientes (todos eles portugueses imigrantes na Argentina). Considera-se 1632 como o ano inicial dos factos e acontecimentos seguintes: » um desses imigrantes (António Farias de Sá) estava construindo, na sua fazenda, no território de Córdoba-Tucumán, uma capelinha em honra da Imaculada Conceição, e encarregou a imagem a uns amigos do Brasil; » chegada a território argentino, a imagem era transportada num carro de bois, animais estes que “se negaram a continuar” a partir de um certo ‘lugar’ (na altura, vilarejo conhecido como Luján, a uns 70 km de Buenos Aires); » a ‘história’ espalhou-se e começaram a vir devotos e visitantes, de modo que um tal D. Rosendo (que tinha recebido a imagem na sua casa com alegria) mandou construir uma Capela no lugar; » um século depois, uma imponente Igreja foi edificada (1763); » e, outro século volvido, construída a grande Basílica (sagrada em 1887); » atualmente Luján é uma cidade de cerca de 70.000 h. e o Santuário da Senhora de Luján, um dos mais visitados no mundo. Festa, em 8 de maio.
2-] Laranjeira (Citrus sinensis). Do ‘gênero’ Citrus, pertence à Família das Rutáceas, e é uma árvore originária da Ásia (China, Índia). Trazida de lá pelos portugueses, foi introduzida, por eles, na Europa e na América. Precisamente, o Brasil é o primeiro país do mundo em produção de laranjas, em quantia muito superior à China e à Índia. (Convém aqui acrescentar, como particularidade, que, na Argentina, é a fruta mais popular e mais consumida de todas). A “flor-de-laranjeira” (‘azahar’) – branca e de um suave aroma perfumado – é famosa por isso. Quanto à reprodução desta árvore (nos seus muitos ‘gêneros’ e numerosíssimas espécies) faz-se: por semente, por estaca ou a partir de raiz…
3-] Sequência dos principais ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões, até ao presente:
— 1. DE FÁTIMA (Portugal). // 2. DE GUADALUPE (México). // 3. DE LURDES (França). // 4. DE APARECIDA (Brasil). // 5. DE KIBEHO (África / Ruanda). // 6. DE AKITA e NAJU (Ásia / Japão e Coreia do S.). // 7. AUXILIADORA (Oceânia / Papuásia… e Austrália). // 8. DO CARMO (Israel e Inglaterra). // 9. DAS NEVES (Itália). // 10. DOS POVOS (Holanda). // 11. DAS GRAÇAS (França). // 12. DE CZESTOCHOWA (Polónia). // 13. DE COROMOTO (Venezuela). // 14. DE LIPA (Filipinas). // 15. DA CANDELÁRIA (Espanha). // 16. DE KNOCK (Irlanda). // 17. DE BEAURAING (Bélgica). // 18. DE LORETO (Itália). // 19. DO ROSÁRIO (França). // 20. DE LUJÁN (Argentina). //
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
12 Março, 2021
«Alegrai-vos com Jerusalém, rejubilai com ela, vós todos que a amais»
Luis López A Palavra REFLETIDA 0 Comments
“Alegrai-vos com Jerusalém, rejubilai com ela, vós todos que a amais; regozijai-vos, vós todos os que estáveis de luto por ela…”. [Is 66,10 (Antífona de Entrada / 4º D.-Quaresma)].
“Aqueles que nos levaram cativos queriam ouvir uma canção de alegria, e diziam: «Cantai-nos um cântico de Sião». Como poderíamos nós cantar…?”. [Sl 136,3-4 / (Sal. Resp. à 1ªL)].
“A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela… Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz…”. [Jo 3,19-21 (3ªL)].
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Mais uma vez, “os opostos”! Neste caso: luz e trevas; ou alegria e tristeza… A escolha ou decisão, em cada caso, parece óbvia: opta-se pela alegria e pela luz! Ou não?… Pois neste sentido – e na sociedade humana atual (?) – existe uma realidade que não se compreende facilmente, pelo menos à primeira vista. Como é que parece haver tanta gente que “gosta” e se diverte vendo espetáculos ou filmes (chamados «de Terror», por exemplo!) onde o que predomina, justamente, são: “as trevas”, as situações “de angústia”, cenas “de violência”, quadros “macabros”… Dir-se-ia que essas mentes humanas estão desformadas, falseadas, deturpadas? Ou será que o Inimigo, o Maligno, seja mais forte do que nós, e nos arraste por esses derroteiros escabrosos, do tipo das “adições” perigosas!?…
Pois não será porque nos faltem (desde a Palavra de Deus, e não só) os apelos e os alertas para a alegria, a beleza, a luz, a bondade, o otimismo, o bem…! E, desde logo, não será porque nos falte, da parte do Espírito Santo, o seu Dom da Fortaleza, superabundante, capaz de vencer a força de todo e qualquer espírito Maligno!?…
Acontece que a Palavra deste 4º domingo da Quaresma – conhecido tradicionalmente como “domingo de Lætare” (Alegria) (*) – foca precisamente o tema da Luz e da Alegria, desde vários pontos de vista, a partir, exatamente, dos seus “opostos”, as trevas, a tristeza, o luto…
Não vale a pena permanecer, ficarmos prostrados, na desgraça, no luto ou no pesar… quando o nosso Deus – que é Pai, por cima de tudo e antes de mais nada! – multiplica as Palavras de ânimo e contentamento ao ver-nos tristes ou desanimados: “Alegrai-vos (‘Lætare’) com Jerusalém, rejubilai com ela, vós todos que a amais; regozijai-vos, vós todos os que estáveis de luto…”. Isto, é evidente, precisamente quando estavam derrotados e cativos, longe da sua Pátria: “Aqueles que nos levaram cativos queriam ouvir uma canção de alegria… Como poderíamos nós cantar…?”.
Ou seja, no meio dos que preferem, neste mundo, «o terror e as trevas!», trata-se de voltar-nos sempre para a Alegria da Luz, ou “de amar mais a luz do que as trevas”, como diz o próprio Jesus. LUZ que, sim, é Ele mesmo! Então, “vivamos na Verdade, para, assim, estarmos próximos da LUZ”…
« Porém, Mãe, reconhecemos que não é fácil seguir o teu Filho Jesus, “Luz do mundo” bem como “vivermos nessa Verdade que nos aproxima da Luz”; e ainda mais difícil neste mundo onde, como diz o Evangelho, “muitos homens amam mais as trevas do que a luz, porque as suas obras são más”… Mais um motivo, Mãe, para acudirmos a Ti, Nossa Senhora de Luján, porque, também desde este Santuário, sabes bem ‘transformar’ as Trevas nossas em LUZ de Cristo. (Admirável ‘metamorfose’)!…
(*) – NOTA LITÚRGICA: Na tradição Litúrgica da Igreja, existem dois Domingos – ‘entremeados’ em dois Tempos de Penitência – que são como que um «relax» no ‘espírito penitencial’ para ganhar ânimo e ‘fôlego’ num «tempo de sacrifício e preparação» olhando para o fim! Estes dois dias são: o 3º domingo do Advento (ou «de Gaudete») e o 4º domingo da Quaresma (ou «de Lætare»). Ambos os dois, como se vê, Domingos de Alegria.
NOTAS COMPLEMENTARES:
1-] Nossa Senhora de Luján (Argentina). É a Invocação Mariana principal do nosso Papa Francisco, desde muito novo, como argentino que é. Quanto à história do Santuário, podemos dizer que esta “Aparição” (!?) fica como que diluída entre os vários intervenientes (todos eles portugueses imigrantes na Argentina). Considera-se 1632 como o ano inicial dos factos e acontecimentos seguintes: » um desses imigrantes (António Farias de Sá) estava construindo, na sua fazenda, no território de Córdoba-Tucumán, uma capelinha em honra da Imaculada Conceição, e encarregou a imagem a uns amigos do Brasil; » chegada a território argentino, a imagem era transportada num carro de bois, animais estes que “se negaram a continuar” a partir de um certo ‘lugar’ (na altura, vilarejo conhecido como Luján, a uns 70 km de Buenos Aires); » a ‘história’ espalhou-se e começaram a vir devotos e visitantes, de modo que um tal D. Rosendo (que tinha recebido a imagem na sua casa com alegria) mandou construir uma Capela no lugar; » um século depois, uma imponente Igreja foi edificada (1763); » e, outro século volvido, construída a grande Basílica (sagrada em 1887); » atualmente Luján é uma cidade de cerca de 70.000 h. e o Santuário da Senhora de Luján, um dos mais visitados no mundo. Festa, em 8 de maio.
2-] Laranjeira (Citrus sinensis). Do ‘gênero’ Citrus, pertence à Família das Rutáceas, e é uma árvore originária da Ásia (China, Índia). Trazida de lá pelos portugueses, foi introduzida, por eles, na Europa e na América. Precisamente, o Brasil é o primeiro país do mundo em produção de laranjas, em quantia muito superior à China e à Índia. (Convém aqui acrescentar, como particularidade, que, na Argentina, é a fruta mais popular e mais consumida de todas). A “flor-de-laranjeira” (‘azahar’) – branca e de um suave aroma perfumado – é famosa por isso. Quanto à reprodução desta árvore (nos seus muitos ‘gêneros’ e numerosíssimas espécies) faz-se: por semente, por estaca ou a partir de raiz…
3-] Sequência dos principais ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões, até ao presente:
— 1. DE FÁTIMA (Portugal). // 2. DE GUADALUPE (México). // 3. DE LURDES (França). // 4. DE APARECIDA (Brasil). // 5. DE KIBEHO (África / Ruanda). // 6. DE AKITA e NAJU (Ásia / Japão e Coreia do S.). // 7. AUXILIADORA (Oceânia / Papuásia… e Austrália). // 8. DO CARMO (Israel e Inglaterra). // 9. DAS NEVES (Itália). // 10. DOS POVOS (Holanda). // 11. DAS GRAÇAS (França). // 12. DE CZESTOCHOWA (Polónia). // 13. DE COROMOTO (Venezuela). // 14. DE LIPA (Filipinas). // 15. DA CANDELÁRIA (Espanha). // 16. DE KNOCK (Irlanda). // 17. DE BEAURAING (Bélgica). // 18. DE LORETO (Itália). // 19. DO ROSÁRIO (França). // 20. DE LUJÁN (Argentina). //
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net