– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
( Ciclo B – Domingo.6 – RAMOS na PAIXÃO )
“…Estando (eles) à mesa, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro com perfume de nardo puro de alto preço. Partiu o vaso de alabastro e derramou-o sobre a cabeça de Jesus (…) Em verdade vos digo: Onde quer que se proclamar o Evangelho, pelo mundo inteiro, dir-se-á também em sua memória o que ela fez»…”. ( Mc 14,3.9 / 3ª L [Início do relato da Paixão] ).
Marcos é o único evangelista que inclui este “episódio” (do “vaso de alabastro”) no seu relato da Paixão de Jesus, antes da última ceia. Os outros três evangelistas (Mt, Lc e Jo) começam as suas respetivas narrativas da Paixão já com essa última ceia, ou depois (caso do Jo). E vale a pena refletirmos neste episódio (de que o presente extrato é apenas o fragmento central). E não importa que os biblistas não cheguem a identificar esta mulher: será Maria, a irmã de Marta e de Lázaro? Ou será uma outra Maria? Ou talvez alguém de nome diferente?… Interessante – importante! – é o que “uma mulher” foi capaz de fazer por Jesus mesmo no limiar da Sua Paixão…
A – Que objetivo podia ter esta mulher ao derramar esse perfume, caríssimo, sobre a cabeça de Jesus: Talvez agradecer um perdão recebido anteriormente? … Ou quiçá demonstrar a toda a gente um Amor profundo e verdadeiro? … Ou simplesmente um ato de fé, de louvor, de hossana?
B – Se temos em atenção a interpretação que faz o próprio Jesus, “ela o fez como sendo a unção do seu corpo para a sepultura” próxima. Independentemente de ela ter, ou não, pensado nisso – como é evidente –.
A – Desde logo, não resultou fácil para a mulher, pois logo caíram sobre ela os juízos e as críticas de alguns dos discípulos presentes, entre eles Judas Iscariotes (já prestes à traição). Em todo o caso, ela se mostrou nessa altura, capaz de vencer o “respeito humano” e toda a possível vergonha…
B – E podemos pensar que se, porventura, ela já pressentisse a proximidade da morte violenta de Jesus – tão próprio da intuição feminina! – ainda nos dá mais outra lição: Ela foi capaz de – no meio de festas e alegrias – olhar para a autêntica Festa que só deverá vir após a entrega na Cruz!!!
A – Há igualmente um esclarecimento maravilhoso do Mestre, após aquela crítica infeliz – ‘interesseira’! – de dar “esse dinheiro aos pobres”. É quando Jesus defende a mulher das críticas deles…
B – Pois é nessa altura que Jesus distingue entre ‘o falso’ e ‘o verdadeiro’ “amor aos pobres”. Ao dizer Ele: “Pobres, sempre os tereis convosco para os servir; mas a Mim, nem sempre Me tereis”…
A – Claro, é como se nos dissesse: «Embora “a Mim nem sempre Me tereis”, podeis servir-Me sempre na pessoa dos “pobres que sempre os tereis convosco”. Ou é que já não vos lembrais do que Eu vos tinha dito: “O que façais a eles, é a Mim que o fazeis”?»… (Mt 25,40…).
A-B: Seremos nós capazes, Jesus, de vencer o ‘respeito humano’ e dominar o orgulho,
como fez essa mulher, que era dos teus verdadeiros seguidores e amigos?…
É verdade que “a conduta dela chegou até nós” como Tu tinhas profetizado.
Então, nós prometemos seguir o seu exemplo, “em memória e para louvor dela”…
E sobretudo, Jesus, que sempre lembremos, e tentemos viver, a Tua Palavra
de “servir-Te e amar-Te nos pobres, que sempre os teremos connosco”…
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
26 Março, 2021
«Partiu o vaso de alabastro e derramou (o perfume) sobre a cabeça de Jesus»
Luis López A Palavra REFLETIDA
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
( Ciclo B – Domingo.6 – RAMOS na PAIXÃO )
“…Estando (eles) à mesa, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro com perfume de nardo puro de alto preço. Partiu o vaso de alabastro e derramou-o sobre a cabeça de Jesus (…) Em verdade vos digo: Onde quer que se proclamar o Evangelho, pelo mundo inteiro, dir-se-á também em sua memória o que ela fez»…”. ( Mc 14,3.9 / 3ª L [Início do relato da Paixão] ).
Marcos é o único evangelista que inclui este “episódio” (do “vaso de alabastro”) no seu relato da Paixão de Jesus, antes da última ceia. Os outros três evangelistas (Mt, Lc e Jo) começam as suas respetivas narrativas da Paixão já com essa última ceia, ou depois (caso do Jo). E vale a pena refletirmos neste episódio (de que o presente extrato é apenas o fragmento central). E não importa que os biblistas não cheguem a identificar esta mulher: será Maria, a irmã de Marta e de Lázaro? Ou será uma outra Maria? Ou talvez alguém de nome diferente?… Interessante – importante! – é o que “uma mulher” foi capaz de fazer por Jesus mesmo no limiar da Sua Paixão…
A – Que objetivo podia ter esta mulher ao derramar esse perfume, caríssimo, sobre a cabeça de Jesus: Talvez agradecer um perdão recebido anteriormente? … Ou quiçá demonstrar a toda a gente um Amor profundo e verdadeiro? … Ou simplesmente um ato de fé, de louvor, de hossana?
B – Se temos em atenção a interpretação que faz o próprio Jesus, “ela o fez como sendo a unção do seu corpo para a sepultura” próxima. Independentemente de ela ter, ou não, pensado nisso – como é evidente –.
A – Desde logo, não resultou fácil para a mulher, pois logo caíram sobre ela os juízos e as críticas de alguns dos discípulos presentes, entre eles Judas Iscariotes (já prestes à traição). Em todo o caso, ela se mostrou nessa altura, capaz de vencer o “respeito humano” e toda a possível vergonha…
B – E podemos pensar que se, porventura, ela já pressentisse a proximidade da morte violenta de Jesus – tão próprio da intuição feminina! – ainda nos dá mais outra lição: Ela foi capaz de – no meio de festas e alegrias – olhar para a autêntica Festa que só deverá vir após a entrega na Cruz!!!
A – Há igualmente um esclarecimento maravilhoso do Mestre, após aquela crítica infeliz – ‘interesseira’! – de dar “esse dinheiro aos pobres”. É quando Jesus defende a mulher das críticas deles…
B – Pois é nessa altura que Jesus distingue entre ‘o falso’ e ‘o verdadeiro’ “amor aos pobres”. Ao dizer Ele: “Pobres, sempre os tereis convosco para os servir; mas a Mim, nem sempre Me tereis”…
A – Claro, é como se nos dissesse: «Embora “a Mim nem sempre Me tereis”, podeis servir-Me sempre na pessoa dos “pobres que sempre os tereis convosco”. Ou é que já não vos lembrais do que Eu vos tinha dito: “O que façais a eles, é a Mim que o fazeis”?»… (Mt 25,40…).
A-B: Seremos nós capazes, Jesus, de vencer o ‘respeito humano’ e dominar o orgulho,
como fez essa mulher, que era dos teus verdadeiros seguidores e amigos?…
É verdade que “a conduta dela chegou até nós” como Tu tinhas profetizado.
Então, nós prometemos seguir o seu exemplo, “em memória e para louvor dela”…
E sobretudo, Jesus, que sempre lembremos, e tentemos viver, a Tua Palavra
de “servir-Te e amar-Te nos pobres, que sempre os teremos connosco”…
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net