  “O Senhor Deus abriu-me os ouvidos… Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba… Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio”. [Is 50,4.6.7 (1ª L.)].

  “Cristo Jesus, que era de condição divina… Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz. Por isso Deus O exaltou”. [Fl 2,6.7.8.9 (2ª L.)].

  “…Levaram-n’O dali para O crucificarem. Requisitaram, para Lhe levar a cruz, um homem que passava, vindo do campo, Simão de Cirene… Depois crucificaram-n’O”. [Mc 15,20.21.24 (3ªL)].

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A presença da “Cruz” – meus amigos – não vamos poder tirá-la, nem do nosso mundo nem da nossa sociedade nem das nossas famílias… nem, principalmente, da nossa pessoa!…

Isto, apesar de muitos terem-se empenhado em “eliminá-la” no passado; ou no presente; ou, ainda tentarão fazê-lo, no futuro! E não nos referimos apenas ao ‘símbolo’ (objeto material) da Cruz, mas sobretudo ao facto e realidade subjacente, que é o que faz possível – necessária! – a permanência e sobrevivência do tal “símbolo”… (Lembram-se? Já dizemos, nalguma outra parte, que o mundo está pouco menos que “inundado” de ‘cruzes’, de todos os feitios, tamanhos e cores…).

Precisamente, nessa altura – se não recordo mal – citávamos a famosa, e já antiga, ‘sentença’ latina daqueles sábios cristãos: «Stat crux dum volvitur orbis». Ou seja, “A Cruz permanece firme enquanto o mundo gira e gira!”… Mas, a que propósito vem isto agora aqui?

Porque é exatamente o que nos pode esclarecer acerca do tal facto e realidade, subjacente, que explica o porquê de permanecerem ‘as cruzes’ (a Cruz) como uma constante na vida de todas as pessoas, de qualquer idade, mesmo das não crentes, e, portanto, no nosso mundo global.

Então, a pergunta é esta: Algum ser humano foi capaz de se libertar de todo o sofrimento, dor ou pesar, sacrifício ou tristeza, angústia ou desolação, trabalhos e canseiras…? Ninguém se livra, antes ou depois, ou em ambos os momentos! Pois é a isso que nós chamamos ‘cruzes’ ou ‘cruz’!

Ora bom, nesta constatação real, caberia uma questão de fundo: Existe alguém a quem se possa responsabilizar por esta situação? Bem, a resposta é: Não. E ninguém pense que seria Deus! Em todo o caso, o responsável será – como já devemos saber – a liberdade humana! Porém, o que importa agora é a única pergunta factível: Como podemos nós enfrentar e lidar com esta realidade, já que não é possível suprimi-la? – E a única resposta viável é, precisamente, o exemplo do próprio Deus, em Cristo Jesus: “Abraçar a cruz – que passa pela morte corporal – para a Vida e a Glória!”

« A Ti acudimos, Mãe, como sempre, no meio das aflições, pois estamos certos de que abraçaste e viveste, como ninguém, a Cruz do Filho Jesus. Tu sempre serás, para nós, Nossa Senhora da Cruz, neste caso, Senhora de Herford. Por isso, tal como lá rezam os teus filhos, fazemos esta bela oração: «Maria da Cruz, ensina-nos, nos tempos de sofrimento, tristezas e dores da vida, a olhar para a Cruz… Ajuda estes teus filhos, como ajudaste o Filho Jesus pelo caminho da Cruz, até ao Calvário…».

NOTAS COMPLEMENTARES:

1-]  Nossa Senhora da Cruz (Herford, Alemanha). Ou Nossa Senhora de Herford. É uma das Aparições mais antigas de Maria, ainda no primeiro Milénio (ano 958) embora não tenha chegado a ser um Santuário de ‘grandes multidões’… A tradição que se transmitiu é esta: Um pobre passava diante de um Mosteiro de monjas, quando ouviu que o chamavam pelo nome. Era a voz da Virgem Maria, que o encarregou de levar ao mosteiro uma «mensagem de conversão e penitência». E como prova de que Ela se tinha ‘manifestado’, comunicou que apareceria uma ‘pomba branca’ e pousaria em cima da Cruz, levantada por frente do Mosteiro. Na verdade, isso aconteceu ao seu tempo, o que fez com que as monjas acreditassem na aparição de Nossa Senhora, através das palavras daquele pobre… No ano 1011 (uns cinquenta anos após aquela primeira “manifestação” de Maria) o bispo Paderborn mandou construir uma igreja-Santuário, onde se venera a Virgem sob o título de “Nossa Senhora da Cruz”. A partir dessa data, o Santuário tornou-se centro de numerosas peregrinações, e não só no dia da sua festa (no calendário litúrgico da Igreja) 17 de maio… [ Em várias (das muitas “Aparições”  ou ‘Manifestações’ da Virgem Maria) encontramos “a Cruz” ou “a Santa Cruz”, como ‘pano de fundo’. Não admira, portanto, que existam ainda outras “Invocações” do género “Senhora da Cruz” ou “Senhora da Santa Cruz”. Apenas citamos aqui dois exemplos, entre muitos: O Santuário (desde 1490), de «Santa Maria da Cruz» – em Crema (Itália); e o Santuário (desde 1944), ainda ‘em formação ’, de Nossa «Senhora da Santa Cruz» – em Erechim (Brasil) ].

2-]  Maracujá (Passiflora edulis) ou maracujazeiro. É uma planta arbustiva trepadeira, originária da América Tropical. Deste Gênero Passiflora, estão reconhecidas atualmente mais de 500 espécies… Os frutos (maracujás) são ricos em vitamina C, cálcio e fósforo, e baixos em calorias; e com propriedades calmantes… Os ‘maracujás roxos’ (Passiflora edulis, var. roxo) são a opção atual para a produção agrícola, sendo comercializados, principalmente, sob a forma de suco concentrado|| É interessante ressaltar a beleza e simbolismo da sua Flor (nas diversas variedades, consoante as suas espécies e subespécies). Segundo parece, os primeiros Missionários cristãos europeus, chegados àquelas zonas tropicais americanas, ao observar ‘esta flor’, intuíram a sua semelhança com a Paixão de Cristo. Daí o nome científico atribuído (Passiflora = “Flor da Paixão”). Eis o simbolismo das partes desta ‘belíssima’ flor: os três “estigmas” corresponderiam aos três cravos que prenderam Cristo na cruz; as cinco “anteras” representariam as cinco chagas; as numerosas ‘gavinhas’ seriam os chicotes usados na flagelação; e, por fim, no formato da flor seria visível a imagem da coroa de espinhos que colocaram na cabeça de Cristo… E é chamada também “Coração Ferido”.

3-]  A sequência dos ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões, até ao presente, é:                     [O linkdo Blog, para ver todas as REFLEXÕES, vai no fim].

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