– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
( Ciclo B – Domingo.4 – PÁSCOA)
“Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamarmos filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele. Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser”… (1Jo 3,1-2 / 2ª L).
Para centrar a nossa reflexão – e pela profundidade e importância do tema em questão – transcrevemos dois textos: [1º]- A própria introdução, ou ‘prólogo’, desta 1ª Carta de João: “O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida… isso vos anunciamos, para que também vós estejais em comunhão connosco. E nós estamos em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Escrevemo-vos isto para que a nossa alegria seja completa” (c.1,1-4). [2º]- Um texto do Evangelho (também de João): “Jesus respondeu-lhes: «Não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’? [está a citar o Salmo 81/82,6]. Se ela chamou deuses àqueles a quem se dirigiu a palavra de Deus – e a Escritura não se pode pôr em dúvida – a Mim, a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo, como é que dizeis: ‘Tu blasfemas’, por Eu ter dito: ‘Sou Filho de Deus’? (Jo 10,34-36).
A – Logo à partida podem surgir algumas questões. Que significado tem, na realidade, a palavra “filho”? Refere-se só ao corpo? Ou vai além do organismo biológico? Até que ponto a paternidade humana abrange a componente espiritual?… E, por sua vez, será a geração animal ‘equivalente’ à geração vegetal?…
B – Bom, seja como for, ninguém porá em dúvida as afirmações deste apóstolo, o tal da maior intimidade com Jesus – «o discípulo amado» – o que ‘penetrou’ no mistério do Deus-Amor. Aliás, afirmações de Jesus!
A – Então, será que podemos ultrapassar todas as filiações animais e as humanas – as corporais e as espirituais – para entrarmos, em cheio, na “filiação divina”?… Assim, sem mais nem manos!?
B – Verdade é que, se Jesus – o próprio Filho de Deus! – não tivesse feito essa afirmação (confirmando-a com «a Escritura») nenhum ser humano teria ousado afirmar tal declaração. Isto é, nem teria passado pela nossa mente imaginar que “somos filhos de Deus”!… E João ainda remata: “E somo-lo de facto”!
A – Parece tão inaudito e excelente, que, ao longo da história, se inventaram ‘suaves alternativas’ como: “filhos adotivos”, ou “filhos de segunda classe”, ou até “filhos degradados ou destituídos”…
B – Mas eu perguntaria (estando a falar de corpo e espírito como um todo): Se não somos “filhos de Deus”, de quem é que somos filhos? Será que somos filhos dos nossos pais e antepassados, que apenas foram ‘causas instrumentais’ nas mãos Divinas, ou «correia de transmissão» da vida biológica?… Digam-me lá!
A – Uma coisa é evidente: Só é verdadeiro «pai» ou «progenitor» quem «gera» quem – realmente! – dá origem a “outrem” a partir da mesma substância, do próprio ser… O que é exclusivo do «Criador»!!!
B – Não tenhamos, então, receio de dizermos – e mais, de demonstrarmos! – que somos “filhos de Deus”! Pois é isto que mais agrada e satisfaz a Quem é, e gosta de ser, «PAI de todos e de cada um»!
A-B: É a Ti, Jesus, que temos de atribuir e agradecer em primeiro lugar,
pelo facto de nos ter revelado a nossa impensável “filiação divina”;
também não seríamos filhos de Deus se Tu não fosses o nosso Irmão mais velho.
E a Ti, Deus Pai e Senhor, dizemos nós: Se não fosses Tu o nosso verdadeiro Pai,
então, de qual ‘outro’, que não fosses Tu, seríamos nós verdadeiros filhos?…
Cantamos, sim: “Bendito O que veio” para nos revelar que Tu és o nosso PAI-Abbá!!!
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
23 Abril, 2021
«Agora somos filhos de Deus»
Luis López A Palavra REFLETIDA
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
( Ciclo B – Domingo.4 – PÁSCOA)
“Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamarmos filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele. Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser”… (1Jo 3,1-2 / 2ª L).
Para centrar a nossa reflexão – e pela profundidade e importância do tema em questão – transcrevemos dois textos: [1º]- A própria introdução, ou ‘prólogo’, desta 1ª Carta de João: “O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida… isso vos anunciamos, para que também vós estejais em comunhão connosco. E nós estamos em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Escrevemo-vos isto para que a nossa alegria seja completa” (c.1,1-4). [2º]- Um texto do Evangelho (também de João): “Jesus respondeu-lhes: «Não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’? [está a citar o Salmo 81/82,6]. Se ela chamou deuses àqueles a quem se dirigiu a palavra de Deus – e a Escritura não se pode pôr em dúvida – a Mim, a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo, como é que dizeis: ‘Tu blasfemas’, por Eu ter dito: ‘Sou Filho de Deus’? (Jo 10,34-36).
A – Logo à partida podem surgir algumas questões. Que significado tem, na realidade, a palavra “filho”? Refere-se só ao corpo? Ou vai além do organismo biológico? Até que ponto a paternidade humana abrange a componente espiritual?… E, por sua vez, será a geração animal ‘equivalente’ à geração vegetal?…
B – Bom, seja como for, ninguém porá em dúvida as afirmações deste apóstolo, o tal da maior intimidade com Jesus – «o discípulo amado» – o que ‘penetrou’ no mistério do Deus-Amor. Aliás, afirmações de Jesus!
A – Então, será que podemos ultrapassar todas as filiações animais e as humanas – as corporais e as espirituais – para entrarmos, em cheio, na “filiação divina”?… Assim, sem mais nem manos!?
B – Verdade é que, se Jesus – o próprio Filho de Deus! – não tivesse feito essa afirmação (confirmando-a com «a Escritura») nenhum ser humano teria ousado afirmar tal declaração. Isto é, nem teria passado pela nossa mente imaginar que “somos filhos de Deus”!… E João ainda remata: “E somo-lo de facto”!
A – Parece tão inaudito e excelente, que, ao longo da história, se inventaram ‘suaves alternativas’ como: “filhos adotivos”, ou “filhos de segunda classe”, ou até “filhos degradados ou destituídos”…
B – Mas eu perguntaria (estando a falar de corpo e espírito como um todo): Se não somos “filhos de Deus”, de quem é que somos filhos? Será que somos filhos dos nossos pais e antepassados, que apenas foram ‘causas instrumentais’ nas mãos Divinas, ou «correia de transmissão» da vida biológica?… Digam-me lá!
A – Uma coisa é evidente: Só é verdadeiro «pai» ou «progenitor» quem «gera» quem – realmente! – dá origem a “outrem” a partir da mesma substância, do próprio ser… O que é exclusivo do «Criador»!!!
B – Não tenhamos, então, receio de dizermos – e mais, de demonstrarmos! – que somos “filhos de Deus”! Pois é isto que mais agrada e satisfaz a Quem é, e gosta de ser, «PAI de todos e de cada um»!
A-B: É a Ti, Jesus, que temos de atribuir e agradecer em primeiro lugar,
pelo facto de nos ter revelado a nossa impensável “filiação divina”;
também não seríamos filhos de Deus se Tu não fosses o nosso Irmão mais velho.
E a Ti, Deus Pai e Senhor, dizemos nós: Se não fosses Tu o nosso verdadeiro Pai,
então, de qual ‘outro’, que não fosses Tu, seríamos nós verdadeiros filhos?…
Cantamos, sim: “Bendito O que veio” para nos revelar que Tu és o nosso PAI-Abbá!!!
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net