  “«Na verdade, eu reconheço que Deus não faz aceção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável»”. [At 10,34-35 (1ª L.)].

  “Todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. [1Jo 4,16 (2ª L.)].

  “«Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor»”. [Jo 15,10 (3ªL)].

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Seria preciso perguntar para definir. Entrar no terreno das questões e perguntas antes que nas respostas e afirmações! Porém, não podemos perguntar “quem é” (ou “o quê é”) Deus sem antes perguntarmos “o que é Amor”, uma vez que, do “amor”, todos temos alguma ‘experiência’, enquanto de Deus, muitas pessoas podem não ter sentido ainda qualquer vivência (!?). Não que seja preciso procurar definições para tantos ‘amores’, que afinal não são “o amor”. É que chamar ‘amor’ a qualquer coisa que não seja “o (único) Amor” seria idolatria; tal como é idolatria chamar ‘deus’ a qualquer outro ser que não seja “o (único) Deus”. Então, vamos deduzir quem é Deus a partir do que possamos intuir acerca do que chamamos Amor, ou ‘o Amor’.

Mesmo assim, antes de chegarmos a formular sequer essa pergunta sobre o que é o amor, logo deparamo-nos com a fórmula atrevida e simples que define, em simultâneo, “Amor” e “Deus”. E esta é a tal ‘fórmula’ do apóstolo João (‘o discípulo amado’): “Deus é Amor”(1Jo 4); entendida de modo que pode ser lida ‘ao invés’ e conserva o mesmo sentido: “Amor é Deus”. Assim sendo, acabou-se a discussão, e toda a disquisição!… Ficamos já a saber o que é Deus e o que é Amor!

Apenas falta-nos – para confirmar – lembrar os outros textos da Palavra de hoje. Na verdade, «Deus é o que é» porque para Ele todos os humanos – sem deixar de ser diferentes – são “iguais”: “Deus não faz aceção de pessoas”(At 10). É só tentar ser sincero e procurar viver a Vontade de Deus para “permanecer no Amor do Filho e do Pai”(Jo 15). Sim, Deus (o Amor) não pode ser outra coisa! É Universal, abrange Todos!

« Certo, Mãe, “Virgem dos pobres”, Senhora de Banneux! É verdade que Deus, o Pai universal, Ama Todos, a começar pelos que mais precisam, os mais pobres, os pequenos… Por isso Tu, nesta Aparição (igual que na de Beauraing) apresentas-Te: como «Senhora dos pobres», nos lugares mais pobres, às crianças mais pobres e simples. Ajuda-nos Tu, Mãe (que pediste para «rezarmos muito e bem») para mudar os nossos amores ‘miseráveis’ (quando não ‘ódios’) em Amor verdadeiro, aquele que Tu aprendeste do Pai-Deus e do Filho-Jesus. Esta é que seria, em nós, uma bela metamorfose!

 

NOTAS COMPLEMENTARES:

1-]  Nossa Senhora de Banneux (Bélgica). Também conhecida como “Nossa Senhora dos Pobres”. As aparições ocorreram, na década de 1930, à rapariguinha Mariette Beco, na aldeia pequena e pobre de Banneux (Bélgica),. Ela contou que, nesses anos, presenciou oito aparições ou comunicações da Virgem Maria (sobretudo entre janeiro e março de 1933). Disse ter visto uma senhora vestida de branco, que declarou: “Eu sou a Virgem dos Pobres, e acrescentou: “Tu acredita em Mim, que Eu acreditarei em ti”. Numa das visões, a Virgem Maria pediu a Mariette para colher água de uma pequena nascente, e depois declarou que essa fonte curaria os enfermos… A Mariette afirmou também que, «em todas as aparições, a Mãe de Deus insistiu muito para que as pessoas rezassem»… Muitos peregrinos começaram a frequentar o local para rezar e aproveitar aquela água milagrosa… A partir daí, foram registadas e confirmadas numerosas curas milagrosas… No local indicado pela Virgem foi erguida uma capelinha… O reconhecimento oficial das Aparições pela Igreja católica deu-se com uma rapidez admirável, já na década seguinte, primeiro a nível Diocesano (1942, bispo Kerkhofs de Liège) e, a seguir, a nível Eclesial, pela Santa Sé, com a aprovação definitiva em 1949. / Há uma realidade digna de ser registada –como ‘estranha’ ou ‘enigmática’(?)–: Ao relacionarmos esta Aparição de Banneux com a de Beauraing (‘visitada’ no 1º domingo da Quaresma), verificamos que se trata de Aparições ocorridas em simultâneo, seja no tempo (1932…) ou no espaço (nas Ardenas, separadas só por 90 km). “Planos” da Mãe nos “Desígnios” de Deus!?

2-]  Anona (Annona squamosa). É da família Anonáceas, junto com outras três “espécies”, de entre as mais importantes: (Annona muricata)-graviola; (Annona cherimola)-chirimoia; (Annona reticulata)-coração-de-boi. Provavelmente seja – das árvores frutíferas – a que apresenta mais espécies (~2400) agrupadas em 120 géneros identificados (embora o “género tipo” seja Annona). Estendem-se por todas as zonas tropicais e subtropicais da terra: cerca de 900 espécies são da região Neotropical; 450 da região Afrotropical; sendo a maioria das 1000 espécies restantes da região Indomalaia… O elevado interesse económico da família anonácea está centrado nos grandes frutos comestíveis de algumas espécies, usados para a alimentação e doçaria… Quanto às madeiras destas árvores anonáceas, podemos dizer que apresentam especial interesse, como por ex. a “yaya”, madeira usada no fabrico de alças e de tacos de bilhar; etc.

3-]  Os ‘Lugares’ (Santuários-Aparições-Títulos-Invocações…) de ‘NOSSA SENHORA’ e MÃE, Maria, ‘visitados’ nas nossas Reflexões, até ao presente, são, por esta ordem:               [O linkdo Blog – arquivo de todas as REFLEXÕES – vai sempre no fim].

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