———-  [ 41.Ccc- Domingo.18-Comum ]

===   “«…Aquele homem disse a si mesmo: ‘Minha alma, tens muitos bens em depósito para longos anos. Descansa, come, bebe, regala-te’. Mas Deus respondeu-lhe: ‘Insensato! Esta noite terás de entregar a tua alma. O que preparaste, para quem será?’. Assim acontece a quem acumula para si, em vez de se tornar rico aos olhos de Deus»”. (Lc 12,19-21 -3ªL-).

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Quando alguém já ficou mesmo iludido

por coisas de “aparências deslumbrantes”

mas que afinal foi tudo uma ‘ilusão’

– sopro, vento, vapor… algo vazio –,

surgiu assim “fatal desilusão”!…

A gente exclama então com ‘Qohélet’

(autor do próprio Livro ‘Eclesiastes’):

“Vaidade das vaidades, tudo é

vaidade”. Afinal é “Deceção”!… (Ecl 1-2 / 1ªL.)

Longe de nós, porém, viver assim:

não se pode lutar “em deceção”!…

Busquemos ‘outra via’ na “Palavra”

(esta já desde o Novo Testamento):

A causa primordial daquele estado

achamo-la de facto na ‘parábola’

contida no Evangelho de Jesus: (3ªL.)

“Guardai-vos sobretudo da ‘ganância’,

– não ponhais o coração ‘no material’ –

pois da ‘abundância dos bens’ não dependem

as ‘pessoas’, nem a ‘felicidade’”.

Não sejais “como o homem ‘insensato’(!),

que acumulou riquezas ‘para quê’(?);

pois, chegada a hora da verdade,

pediram-lhe a alma” (‘de uma vez’!).

– Pedir ‘a alma’ é pedir-te a ti,

tua “pessoa” mesmo, e nada mais! –…

E assim fecha Jesus sua parábola:

“Esse será o final do ‘ganancioso’:

rico só para si, não para Deus!”.

Paulo também nos dá ‘uma ajudinha’:

“Afeiçoai-vos às coisas do alto,

para não vos prenderem as da terra:

Com Cristo devereis morrer aqui,

para viver com Ele logo em Glória”. (Cl 3 / 2ªL.)

 

« Casa de ouro, Arca da Aliança, Rainha assunta ao Céu,…    [Da: «LADAINHA» de Nossa Senhora…]

Conheces os teus filhos desta terra, Mãe, apegados ao barro deste chão, e puxados ‘para baixo’ por uma ‘especial força de gravidade’ irresistível… Como conseguiremos nós ‘separar’ o ouro, do ‘falso metal’?… Só se Tu, “Casa de ouro”, nos acolhes, e nos mostras aí, no “teu lar”, onde está e como conseguir o “ouro fino”, que nunca se deixa ‘contaminar por falsidades’… Tu que soubeste guardar no teu Coração “a lei do Amor” – ó “Arca da Aliança”! – ensina-nos a sermos sempre fiéis ao Amor que tudo pode e tudo limpa!… Só assim – com Jesus e como Ele – saberemos morrer ao que não presta; e “a nossa vida ficará escondida com Cristo em Deus” (Cl 3). Assim, um dia – corpo e alma ‘alterados’subiremos, ó Mãe, para onde Tu subiste aquele dia, “Rainha assunta ao Céu” em corpo e alma!

 

                  –—- Da «Outra Poesia» —–    

— “As moscas” —

A um favo de rico mel,

três mil moscas acorreram

que, por gulosas, morreram

com as patas presas nele.

Outra, dentro dum farnel,

trancou sua gulosina.

Assim, se bem se examinam

os humanos corações:

perecem lá, nas prisões

do vício que os domina.

(‘Décima’ – F. M. Samaniego/“Fábulas”)

 

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