– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo 31 do Tempo Comum)
“Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa»”. (Lc 19,1-5 / 3ª L.).
Será interessante lembrarmos alguns dados históricos acerca dos “publicanos”, em Israel, no tempo de Jesus. Nas províncias do Império Romano, aos «coletores de impostos» era dado o nome de ‘publicanos’. Havia ‘publicanos gerais’ e ‘publicanos delegados’; estes dependiam de um ‘publicano geral’ em cada “província romana”. Além de ser considerados traidores em Israel (por trabalharem para o ‘império dominador’), eram precisamente estas classes inferiores de publicanos as que a gente olhava como “ladrões e gatunos”, pelas “suas rapinas e extorsões”… De acordo com o Novo Testamento, os publicanos eram detestados pelos judeus; e muitas vezes deixavam-se envolver em corrupção cobrando das pessoas para além do que deveriam… Citando a um autor (Buckland), «uma virtude residia neles: não eram hipócritas, como alguns fariseus, que se denominavam vigilantes da Lei Mosaica e não admitiam que se comesse à mesa com um publicano»… Zaqueu, de Jericó, ao ser “chefe de publicanos”, pertencia a uma classe intermédia de ‘publicanos delegados’.
A – Esta história (portanto ‘facto real’ e não ‘parábola’!) que relata o Evangelho de hoje, está cheia de “lições” interessantes para a nossa vida… E ocorre na própria cidade onde vivia Zaqueu (Jericó).
B – Descobre-se logo, no episódio, como que a história de um encontro entre “dois caminhos”. E os ‘encontros’ – para o bem! – sempre são “providenciais” porque resultam ser “convergentes”…
A – Jesus tinha que passar pela cidade de Jericó (como, aliás, por tantas povoações e lugares da Palestina, e não só). E a sua intenção era passar a noite nessa cidade. É “o caminho de Jesus”.
B – Acontece que lá vivia um homem, e nome Zaqueu, que tinha ouvido falar de Jesus, e “desejava vê-l’O”. Desde o meio da multidão não seria possível, devido sobretudo à sua baixa estatura. Teve de correr mais à frente para subir a uma árvore e poder observar Jesus. É “o caminho de Zaqueu”.
A – Quantas vezes sucedem – na vida das pessoas – estes ‘encontros’ com Jesus, de tantos modos! Da parte de Deus – Jesus – há uma disponibilidade total em todo o momento. Ele “nos envolve” sempre!… Da nossa parte, hão de surgir dificuldades que nós deveremos vencer com a Sua graça.
B – Zaqueu tinha, logo à partida, vários problemas para resolver: “era rico” antes de mais; “de baixa estatura”; teve de “correr mais à frente”; “trepar para um sicómoro”… e vencer o ‘respeito humano’.
A – Mas, antes de tudo, devia arranjar coragem suficiente, força interior e sincera humildade para aceitar e decidir essa real e radical ‘reviravolta’, ‘viragem’, ou seja, “conversão” essencial na vida!…
B – Tudo isto pode parecer uma utopia inatingível, mas aí está o exemplo real deste homem, Zaqueu, que pode realizar tudo isto num duplo triunfo: na vitória de Jesus e na própria vitória (!?) …
A-B: A minha oração hoje, Jesus, tem de ser em forma de conversão/compromisso.
Como Zaqueu e com Zaqueu, começo por Te “abrir a porta da minha casa”,
e, de pé, diante de Ti, ‘juro’: «Senhor, vou sair de mim e das minhas coisas…;
quero virar-me para os pobres, e pensar neles e nas suas necessidades…;
irei utilizar o que ‘possuo’ e o que ‘sou’ para o bem dos outros, meus irmãos».
Mas claro, Jesus, eu conto com a força envolvente da tua amizade,
que se adianta sempre à minha ‘pequenez’ e torpeza, na minha luta diária.
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
28 Outubro, 2022
«Zaqueu… procurava ver quem era Jesus»
Luis López A Palavra REFLETIDA
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – Domingo 31 do Tempo Comum)
“Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa»”. (Lc 19,1-5 / 3ª L.).
Será interessante lembrarmos alguns dados históricos acerca dos “publicanos”, em Israel, no tempo de Jesus. Nas províncias do Império Romano, aos «coletores de impostos» era dado o nome de ‘publicanos’. Havia ‘publicanos gerais’ e ‘publicanos delegados’; estes dependiam de um ‘publicano geral’ em cada “província romana”. Além de ser considerados traidores em Israel (por trabalharem para o ‘império dominador’), eram precisamente estas classes inferiores de publicanos as que a gente olhava como “ladrões e gatunos”, pelas “suas rapinas e extorsões”… De acordo com o Novo Testamento, os publicanos eram detestados pelos judeus; e muitas vezes deixavam-se envolver em corrupção cobrando das pessoas para além do que deveriam… Citando a um autor (Buckland), «uma virtude residia neles: não eram hipócritas, como alguns fariseus, que se denominavam vigilantes da Lei Mosaica e não admitiam que se comesse à mesa com um publicano»… Zaqueu, de Jericó, ao ser “chefe de publicanos”, pertencia a uma classe intermédia de ‘publicanos delegados’.
A – Esta história (portanto ‘facto real’ e não ‘parábola’!) que relata o Evangelho de hoje, está cheia de “lições” interessantes para a nossa vida… E ocorre na própria cidade onde vivia Zaqueu (Jericó).
B – Descobre-se logo, no episódio, como que a história de um encontro entre “dois caminhos”. E os ‘encontros’ – para o bem! – sempre são “providenciais” porque resultam ser “convergentes”…
A – Jesus tinha que passar pela cidade de Jericó (como, aliás, por tantas povoações e lugares da Palestina, e não só). E a sua intenção era passar a noite nessa cidade. É “o caminho de Jesus”.
B – Acontece que lá vivia um homem, e nome Zaqueu, que tinha ouvido falar de Jesus, e “desejava vê-l’O”. Desde o meio da multidão não seria possível, devido sobretudo à sua baixa estatura. Teve de correr mais à frente para subir a uma árvore e poder observar Jesus. É “o caminho de Zaqueu”.
A – Quantas vezes sucedem – na vida das pessoas – estes ‘encontros’ com Jesus, de tantos modos! Da parte de Deus – Jesus – há uma disponibilidade total em todo o momento. Ele “nos envolve” sempre!… Da nossa parte, hão de surgir dificuldades que nós deveremos vencer com a Sua graça.
B – Zaqueu tinha, logo à partida, vários problemas para resolver: “era rico” antes de mais; “de baixa estatura”; teve de “correr mais à frente”; “trepar para um sicómoro”… e vencer o ‘respeito humano’.
A – Mas, antes de tudo, devia arranjar coragem suficiente, força interior e sincera humildade para aceitar e decidir essa real e radical ‘reviravolta’, ‘viragem’, ou seja, “conversão” essencial na vida!…
B – Tudo isto pode parecer uma utopia inatingível, mas aí está o exemplo real deste homem, Zaqueu, que pode realizar tudo isto num duplo triunfo: na vitória de Jesus e na própria vitória (!?) …
A-B: A minha oração hoje, Jesus, tem de ser em forma de conversão/compromisso.
Como Zaqueu e com Zaqueu, começo por Te “abrir a porta da minha casa”,
e, de pé, diante de Ti, ‘juro’: «Senhor, vou sair de mim e das minhas coisas…;
quero virar-me para os pobres, e pensar neles e nas suas necessidades…;
irei utilizar o que ‘possuo’ e o que ‘sou’ para o bem dos outros, meus irmãos».
Mas claro, Jesus, eu conto com a força envolvente da tua amizade,
que se adianta sempre à minha ‘pequenez’ e torpeza, na minha luta diária.
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net