———-  [ 54.Ccc- Domingo.31-Comum ]

===   De todos Vos compadeceis, Senhor, porque sois omnipotente, e não olhais para os seus pecados, para que assim se arrependam. Vós amais tudo o que existe e não odiais nada do que fizestes; porque, se odiásseis alguma coisa, não a teríeis criado… Mas a todos perdoais, porque tudo é vosso, Senhor, que amais a vida”. (Sb 11,23-24.26 / 1ªL)  

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Perante a Palavra de Deus presente,

que ainda é ‘Antigo Testamento’,

mais uma vez ficaremos perplexos

se fizermos perguntas e questões

que parecem não ter resposta logo…

Antes de mais: Co’a ‘linguagem humana’

atribuída a Deus – “antropomórfica” –

pretendemos que Ele ‘diga’ a Palavra

como nós, os humanos, ‘a diríamos’.

Por exemplo, “odiar” ou “não odiar”

(a ‘ira’, a ‘vingança’, a ‘violência’…

e qualquer ‘mal’ ou todo ‘o negativo’)

será que podem existir em Deus?…

– Claro que não, pois “vêm do Maligno”!

E somos nós que o pomos nos “Seus lábios”

– e ficamos serenos e tranquilos(!?) –…

E tem de ser assim – azar o nosso! –:

é a ‘linguagem nossa’, não temos outra

enquanto a estrutura corpo-espírito

seja daqueste nosso espaço e mundo

– nesta estrutura “espácio-temporal”! – …

Mas fiquemos com Deus, o Verdadeiro!,

que neste “texto” velho(?) já aparece:

Pai e Deus “cheio de compaixão fiel

precisamente porque omnipotente”!

É que “Deus ama toda a criatura”,

desde ‘antes’… desde toda a Eternidade:

E o ser humano, predileto sempre,

“gerado como filho à Sua imagem”!(Gn 1,26-27)

E acerca deste Deus, diz ainda o texto:

“Dá lugar sempre ao arrependimento

por pura compaixão… Perdoa a todos

porque ama a vida e tudo Lhe pertence”…

 

« Mãe de Deus, Mãe imaculada, Rainha dos Anjos,…                [Da: «LADAINHA» de Nossa Senhora…]

Quantas vezes, Mãe, repetimos «Santa Maria, Mãe de Deus» ao rezarmos a tua oração mais querida!… Mas será que podemos compreender este teu Atributo mais maravilhoso e elevado?… Porém, hoje queremos proclamar e louvar-Te – com todas as letras e com todo o amor do coração – que és a “Mãe de Deus”, e por isso, nossa Mãe! Sim. Mas a Mãe do Deus verdadeiro, o Deus Pai-Mãe que Jesus nos revelou. Pois não és a Mãe desse ‘outro Deus’ – ou deuses – que por vezes ‘pronunciamos’ com as nossas palavras ‘humanas’, fracas e erradas, porque, sinceramente (?), projetamos em Deus, talvez sem o pretender, os nossos defeitos ou vícios… E este Deus, o verdadeiro – não ‘o outro’ – porque Ele “é omnipotente” e porque “ama a vida”, criou-Te, gerou-Te, “Imaculada, Mãe”, a única excelsa criatura livre até do pecado original, também acima dos ‘seres mais puros’, porque és a “Rainha dos Anjos”. Então, Mãe, para que nós, os humanos, imitemos melhor os Anjos, na pureza da nossa vida, e para que nos pareçamos mais conTigo nessa mesma virtude… o teu Amor Maternal deve acompanhar-nos sempre!

                   

              —– «A Outra Poesia» —–    

              — Conta as estrelas do céu

Tu, Senhor, sabes bem

o que penso, e conheces

cada palavra antes de eu a dizer.

Tu conheces minha alma

como a palma dessa Tua mão.

Eu não entendo, Senhor,

como sou tanto p’ra Ti;

porque Te paras

quando olhas p’ra mim.

«Conta as estrelas do céu,

soma tudo o que Eu já fiz por ti:

antes do mar,

antes que houvesse luar,

antes do tempo Eu já esperava por ti.

Ai, se soubesses do amor,   

uma só noite, uma paixão!        

tu correrias p’ra Mim

e dançarias co’a Cruz

coisas da vida ao som da minha canção».

Vês-me quando caminho,

vês-me quando descanso;

segues atento cada passo que eu der;

vês-me quando tropeço

e nem aí me queres condenar.

Eu não entendo, Senhor,

como sou tanto p’ra Ti;

porque Te paras

quando olhas p’ra mim.

Se eu fugisse a voar

sobre as asas da aurora

e me escondesse lá nos confins do mar;

mesmo aí, eu sei bem,

haverias de me encontrar.

Eu não entendo, Senhor,

como sou tanto p’ra Ti;

porque Te paras

quando olhas p’ra mim.

Incontáveis, ó Deus,

os mistérios da vida,

mais numerosos que as areias do mar.

O mistério maior

é mesmo Tu acreditares em mim!

Só não entendo, Senhor,

como sou tanto p’ra Ti,

porque Te paras

quando olhas p’ra mim.

( Pe. Nuno Tovar Lemos / Canção)

 

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