– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – TODOS os SANTOS – 01 novembro)
“Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo realmente … Agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porque O veremos tal como Ele é”. (1Jo 3,1-2 / 2ª L.).
É bom observarmos, antes de mais, o facto de ‘o mesmo’ Apóstolo, João, ser o ‘autor inspirado’ de duas das Leituras de hoje: da 2ª Leitura (cujo texto é tirado da sua 1ª Carta católica) e da 1ª Leitura (do seu livro Apocalipse ou Revelação). Convém então, assinalar aqui algumas passagens desta 1ª Leitura, para iluminam o texto (da sua Carta) objeto da nossa reflexão: “Vi um Anjo que subia do Nascente, trazendo o selo do Deus vivo … «Não causeis dano à terra… até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus» … Depois disto, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” … (Ap 7). A expressão (que se repete várias vezes em todo o texto) “o nosso Deus” ou “o Deus vivo”, refere-se ao mesmo Deus a quem, na Carta, chama “Pai” porque d’Ele “somos filhos”. E é isto que agora nos interessa salientar especialmente.
A – O primeiro que chama a atenção é a facilidade ou naturalidade com a que João usa a palavra “Pai”, quando se refere ao “admirável amor do Pai”! Como tratando-se já de ‘um dado adquirido’.
B – E sobretudo quando, a seguir, quer deixar bem claro que isto de “sermos filhos de Deus” não são palavras lindas que ficam bem. Pois ele afirma convictamente que “somos filhos realmente”!
A – Por isso, pode não ser compreendida facilmente aqueloutra expressão, usada nalguns lugares da Sagrada Escritura, onde se diz que “somos filhos adotivos de Deus”. Já pensamos nisto?
B – Certamente, na linguagem corrente, chama-se ‘filho adotivo’ a quem não é ‘filho real’ ou natural. Mas eu pergunto-me: Se não somos – “realmente” – filhos de Deus, de quem somos filhos então?
A – É verdade. Porque dos nossos pais humanos está claro que não somos verdadeiramente filhos. Eles (os pais) são apenas ‘instrumentos ou meios’ na mão de Deus, para transmitir Ele a vida. Vida que, como bem sabemos, só pode ter origem em Deus, autêntico criador, ‘gerador’ – pai! – de todos!
B – Portanto, João tem toda a razão ao fazer essa afirmação radical. “Inspirado por Deus”, claro! Só quem ama a Deus e se sente amado por Ele – “o discípulo amado”(!) – pode falar e escrever assim!
A – Aliás, resulta curioso verificar – na tal linguagem corrente – que afirmemos, por exemplo: «Devemos chamar a Deus “pai” do mesmo modo que uma criança chama “pai” a quem ‘lhe deu’ (?) a vida». Quando, na realidade, é exatamente o contrário! O pai humano ‘é só’ uma imagem do “PAI”!
B – E só neste sentido se pode entender – na ‘Festa de todos os santos’ – essa última expressão: “Na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus” … Porque isso é a “santidade”!
A-B: Sim, Pai, estamos totalmente de acordo com a Tua Palavra inspirada.
Sempre somos Teus filhos: Pois, “na origem”, fizeste-nos «semelhantes a Ti»;
e, “no fim”, seremos «semelhantes a Ti» de maneira definitiva e eterna!
E para que, depois, nessa Vida Eterna, “Te vejamos, Pai, tal como Tu és”,
faz que, agora, Te vejamos – em todos os outros! – como Tu és, ‘realmente’:
isto é, Pai de todos e cada um, o que nos faz, ‘realmente’, “filhos” e “irmãos”!
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
31 Outubro, 2022
«Agora somos filhos de Deus»
Luis López A Palavra REFLETIDA
– A PALAVRA, Refletida ao ritmo Litúrgico –
(Ciclo C – TODOS os SANTOS – 01 novembro)
“Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo realmente … Agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porque O veremos tal como Ele é”. (1Jo 3,1-2 / 2ª L.).
É bom observarmos, antes de mais, o facto de ‘o mesmo’ Apóstolo, João, ser o ‘autor inspirado’ de duas das Leituras de hoje: da 2ª Leitura (cujo texto é tirado da sua 1ª Carta católica) e da 1ª Leitura (do seu livro Apocalipse ou Revelação). Convém então, assinalar aqui algumas passagens desta 1ª Leitura, para iluminam o texto (da sua Carta) objeto da nossa reflexão: “Vi um Anjo que subia do Nascente, trazendo o selo do Deus vivo … «Não causeis dano à terra… até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus» … Depois disto, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” … (Ap 7). A expressão (que se repete várias vezes em todo o texto) “o nosso Deus” ou “o Deus vivo”, refere-se ao mesmo Deus a quem, na Carta, chama “Pai” porque d’Ele “somos filhos”. E é isto que agora nos interessa salientar especialmente.
A – O primeiro que chama a atenção é a facilidade ou naturalidade com a que João usa a palavra “Pai”, quando se refere ao “admirável amor do Pai”! Como tratando-se já de ‘um dado adquirido’.
B – E sobretudo quando, a seguir, quer deixar bem claro que isto de “sermos filhos de Deus” não são palavras lindas que ficam bem. Pois ele afirma convictamente que “somos filhos realmente”!
A – Por isso, pode não ser compreendida facilmente aqueloutra expressão, usada nalguns lugares da Sagrada Escritura, onde se diz que “somos filhos adotivos de Deus”. Já pensamos nisto?
B – Certamente, na linguagem corrente, chama-se ‘filho adotivo’ a quem não é ‘filho real’ ou natural. Mas eu pergunto-me: Se não somos – “realmente” – filhos de Deus, de quem somos filhos então?
A – É verdade. Porque dos nossos pais humanos está claro que não somos verdadeiramente filhos. Eles (os pais) são apenas ‘instrumentos ou meios’ na mão de Deus, para transmitir Ele a vida. Vida que, como bem sabemos, só pode ter origem em Deus, autêntico criador, ‘gerador’ – pai! – de todos!
B – Portanto, João tem toda a razão ao fazer essa afirmação radical. “Inspirado por Deus”, claro! Só quem ama a Deus e se sente amado por Ele – “o discípulo amado”(!) – pode falar e escrever assim!
A – Aliás, resulta curioso verificar – na tal linguagem corrente – que afirmemos, por exemplo: «Devemos chamar a Deus “pai” do mesmo modo que uma criança chama “pai” a quem ‘lhe deu’ (?) a vida». Quando, na realidade, é exatamente o contrário! O pai humano ‘é só’ uma imagem do “PAI”!
B – E só neste sentido se pode entender – na ‘Festa de todos os santos’ – essa última expressão: “Na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus” … Porque isso é a “santidade”!
A-B: Sim, Pai, estamos totalmente de acordo com a Tua Palavra inspirada.
Sempre somos Teus filhos: Pois, “na origem”, fizeste-nos «semelhantes a Ti»;
e, “no fim”, seremos «semelhantes a Ti» de maneira definitiva e eterna!
E para que, depois, nessa Vida Eterna, “Te vejamos, Pai, tal como Tu és”,
faz que, agora, Te vejamos – em todos os outros! – como Tu és, ‘realmente’:
isto é, Pai de todos e cada um, o que nos faz, ‘realmente’, “filhos” e “irmãos”!
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net