4.A3 – 4º Dom. Advento / “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico

 

“MARIA, NOIVA DE JOSÉ… ENCONTRARA-SE GRÁVIDA…”

Dado que nas Liturgias da Palavra (destas primeiras Eucaristias do Ciclo A) deve ter ficado ‘bastante patente’, através das ‘nossas reflexões’, que o Amor Essencial – que é o mesmo Deus em Cristo Jesus – também «não existe sem a cruz» – então já podemos continuar a aplicar igualmente ‘esse princípio’ a todo o ser humano, não apenas como tal ‘humano’, mas também e sobretudo como “filho de Deus”… Mesmo assim, ficaria ainda por resolver (?), compreender (?), esclarecer (?)… o ‘enigma’ que consiste no facto de – num estado de Glória e Felicidade total – como pode ter cabimento a “cruz”!?… Porém, quando a mente humana não consegue ‘atingir’, entender, isso significa que estamos no campo e na dimensão do Mistério; de modo que, a partir de aí, não há nada para entender ou esclarecer, pois encontramo-nos na perspetiva ‘do aquém’ (isto é, do nosso mundo ‘espácio-temporal’)… Resta-nos, então, a dimensão da Fé, que tudo confia e deixa “nas mãos de Deus”!…

Mas… terá isto a ver alguma coisa com a Palavra de hoje?… Vejamos.  

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»»   “Escutai, casa de David: Não vos basta molestar os homens para quererdes também molestar o meu Deus?… Pois eis o sinal: a virgem conceberá…”.(Is 7 / 1ªL)

»»   “Maria, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo…”.(Mt 1 / 3ªL)

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Este ‘bom homem’ ou ‘santo homem’ (em expressões populares), chamado José, nome bíblico, tão comum nas Escrituras Sagradas, aparece-nos hoje na Palavra (ele ainda jovem) como aquele ‘sofredor’ – humilde, simples, silencioso – que poderia parecer-nos ‘o perdedor’ nesta “História” (agora sim, “história realmente Bíblica”). – Pois, amigo José, sem prévio aviso, puseram-te nos ombros uma primeira e difícil cruz… Mas, olha, são assim os desígnios de Deus!… E, se nós repararmos, ‘essa mesma cruz’, desde uma outra perspetiva, está a ‘levar’ agora Maria, também em silêncio, “meditando no seu coração” (como sempre iria fazer na sua vida mortal) e confiando plenamente no Senhor, até que Ele quisesse intervir, segundo os seus planos divinos… E, claro que sim, Deus interveio agora ‘para os dois’ – no momento e do modo mais oportunos –… Mas, outras cruzes, porém, chegariam depois, quer para Maria quer para José… Já que, por esse ‘caminho’, teriam de demonstrar a todos que, na verdade, não há amor sem cruz!… Sem esquecer que esse ‘ser ínfimo’ que acaba de ser concebido no seio de Maria, é nada menos que o próprio Deus, Encarnado desse modo para poder sofrer também como e com os humanos; e demonstrar, por Si mesmo, que não há Amor sem cruz!

     

[ De: «Outras Invocações e Títulos» de Nossa Senhora: ]

 

+Nossa Senhora da Expectação”(Senhora do Ó)(*), nossa Mãe:

Que saibamos “esperar” conTigo – não só nestes dias mas sempre –

a vinda do Salvador Jesus, que, para nos salvar, teve de nascer como teu Filho!

(*) – Dia 18 de dezembro (início das ‘Antífonas do Ó’)

 

 

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