
Is 58,7-9: “Eis o que diz o Senhor: «Reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, roupa a quem não tem que vestir… Então, a tua luz despontará como a aurora… Se chamares, o Senhor responderá, se O invocares, dir-te-á: “Aqui estou!”. // 1Cor 2,1-2.4: “Quando fui ter convosco, irmãos, não me apresentei com sublimidades humanas… Pensei que não devia saber nada senão Jesus Cristo Crucificado… na poderosa manifestação do Espírito Santo”. // Mt 5,34-35: “Disse Jesus: «Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo… Mas se o sal perder a força… e a luz se esconder… para nada servem… A vossa luz deve brilhar…»”.
D – EU DECLARO AOS MEUS DISCÍPULOS: «VÓS SOIS O SAL DA TERRA… VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO…» (Mt 5)
C – ORA, SE QUERES QUE A TUA LUZ RESPLANDEÇA… NÃO VOLTES AS COSTAS AO TEU SEMELHANTE… (Is 58)
O – ENTÃO, AMIGO PAULO, QUE SIGNIFICA «NÃO SABER NADA SENÃO JESUS CRISTO CRUCIFICADO»? (1Cor 2)
D – Sim, e ainda o diria com mais ênfase aos vossos contemporâneos: «Este mundo foi sonhado e criado por Deus para se converter e salvar, pelas suas cruzes, desde a Cruz de Cristo…».
C – Todos queremos o bem-estar e o prazer imediatos (para isso fomos criados!?); mas isso, só sucederá (segundo Paulo) “quando ultrapassarmos a meta final após o combate” da cruz!
O – Quer isto dizer, então, que devemos abandonar esse instinto ‘animalesco’ (!?) de procurar, sempre e por cima de tudo, o prazer e conforto que, ao que parece, não traz a Felicidade?!
D – E essa ‘procura imediata do prazer’ ainda é mais grave e preocupante quando isso vos obriga a “voltares as costas aos vossos semelhantes, necessitados de ajuda e de amor”!
C – Fica claro que só seguindo Jesus Crucificado “a nossa luz brilhará diante dos homens, e então, vendo as obras do bem, eles se converterão e todos glorificarão o nosso Pai dos Céus”.
D – E assim, sim, “sempre que chamares por Mim, Eu dir-te-ei ao instante: «Aqui estou!»”.
X – Para bem ou para mal – num caso ou noutro! – os seres humanos procuramos a imediatez, o ‘pronto’ e o ‘já, já’! Vê-se logo que não somos inclinados à Paciência, que seria a ‘virtude’ oposta ao ‘não saber esperar’. E ‘esta pressa’ é tanto para as coisas materiais como para as espirituais; quer para o prazer quer para a felicidade (e já agora, espero que ninguém confunda “prazer” com “felicidade”, ou sim?). Precisamente, sabemos que pode haver -e há!- felicidade com sacrifício e cruz, mas prazer não, pois prazer e cruz são inconciliáveis. Compreende-se então que, como por instinto, andemos a fugir de tudo o que se pareça com a cruz. Mesmo assim, a cruz “acompanha” – quer queiramos quer não – todo o ser humano desde o início até ao fim da sua existência mortal. Tinham razão os nossos antepassados quando ‘cunharam’ aquela conhecida (?) expressão latina: «Stat crux dum volvitur orbis» (“A cruz permanece enquanto o mundo gira”). Basta observar, até, a presença de ‘cruzes materiais’ que vão invadindo – inundando – o nosso mundo-universo. Porém, ninguém esqueça… que a última palavra não a tem a Cruz, mas a Ressurreição e a Vida! [E estou a escrever isto – por coincidência! – na data (7/fev.) da Festa (Litúrgica portuguesa) das «Cinco Chagas»]
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’) :
-) «Crucem Tuam adoramus, Domine! Resurrectionem Tuam laudamus, Domine! Laudamus et glorificamus! Resurrectionem Tuam laudamus, Domine!» …
-) «Por nosso amor morreu o Senhor, numa Cruz morreu o Senhor. Recomendou dar a vida, como irmãos, em sinal de Amor» …
-) «Vitória! Tu reinarás! Ó Cruz, tu nos salvarás!» …
«CITAÇÕES» À LUZ DESTA PALAVRA
[ Textos: do Papa / da Bíblia / da poesia / das fábulas / provérbios / etc. ]
— Fala o Papa Francisco. “Ser sal e ser luz” é o “testemunho diário do cristão”.
«Não somos protagonistas dos nossos méritos, o cristão deve ser sal e luz para os outros. Ser sal e luz para os outros, sem se atribuir méritos. Este é o simples testemunho cotidiano ao qual o cristão é chamado. O maior testemunho do cristão é dar a vida como fez Jesus, isto é, o martírio. Mas há também outro testemunho, de todos os dias, que começa pela manhã quando se acorda, e termina à noite, quando se vai dormir: “o simples testemunho habitual”.
Sal e luz. ‘Parece pouco’, mas o Senhor “com pouco faz milagres, faz maravilhas”. Portanto, é preciso ter uma atitude de “humildade”, que consiste em tentar ser somente sal e luz.
Sal para os outros, luz para os outros, porque o sal não dá sabor a si mesmo, sempre a serviço. A luz não ilumina a si mesma, sempre a serviço.
Sal para os outros. Pouco sal que ajuda nas refeições, mas pouco. No supermercado, o sal não é vendido em toneladas, não… Pequenos pacotes; é suficiente. E depois, o sal não se orgulha de si mesmo porque não está a serviço de si mesmo. Está sempre ali para ajudar os outros: ajudar a conservar, preservar, as coisas, a dar sabor às coisas. Simples testemunho.
O Senhor nos diz assim: “Você é sal, você é luz”- “Ah, verdade! Senhor, é assim! Vou atrair tantas pessoas para a igreja e farei…” – “Não, você vai fazer de modo que os outros vejam e glorifiquem o Pai. E não será atribuído a você nenhum mérito. Quando comemos não dizemos: “Ah, que bom o sal!”, Não!: “Bom o esparguete, boa a carne, bom …”.
À noite, quando vamos para casa, não dizemos: “Que boa a luz”, não. Ignoramos a luz, mas vivemos com aquela luz que ilumina. Esta é uma dimensão que faz com que nós, cristãos, sejamos anônimos na vida…
E uma bela oração para todos nós, no final do dia, seria perguntarmo-nos: “Fui sal hoje? Fui hoje luz?”. Esta é a santidade de todos os dias. Que o Senhor nos ajude a entender isso ».
[ Papa Francisco: na Homilia – Capela da Casa Santa Marta – (12.06.2018) ]
— HINO LITÚRGICO :
«NOSSAS CULPAS “ELE” SUPORTARÁ
E PELA MORTE NOS SALVARÁ.
Desprezível, maldito dos homens, / varão de amarguras, repleto de injúrias:
Foram nossas dores que transportava
e as nossas doenças que Ele suportava.
Foi ferido pelos nossos crimes, / morreu pelos homens, repulsa do povo:
Nas suas feridas ficamos curados
e nas suas penas fomos consolados.
Arrancado de entre os mortais, / entregue ao suplício em vez de nós todos:
O seu corpo inerte ficou entre malvados
e assim ressurgimos dos nossos pecados.
Entregou-se, por nós, a si próprio; / terá descendência e dias imensos:
Quando Javé queira verá sua glória
e nós todos livres na sua vitória».
– “Canto do «Servo de Javé»” (Is 53,1-10) – [“Hino Litúrgico” com partitura musical]
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net
3 Fevereiro, 2023
«Sois o sal da terra… Sois a luz do mundo…»
Luis López A Palavra REFLETIDA
Is 58,7-9: “Eis o que diz o Senhor: «Reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, roupa a quem não tem que vestir… Então, a tua luz despontará como a aurora… Se chamares, o Senhor responderá, se O invocares, dir-te-á: “Aqui estou!”. // 1Cor 2,1-2.4: “Quando fui ter convosco, irmãos, não me apresentei com sublimidades humanas… Pensei que não devia saber nada senão Jesus Cristo Crucificado… na poderosa manifestação do Espírito Santo”. // Mt 5,34-35: “Disse Jesus: «Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo… Mas se o sal perder a força… e a luz se esconder… para nada servem… A vossa luz deve brilhar…»”.
D – EU DECLARO AOS MEUS DISCÍPULOS: «VÓS SOIS O SAL DA TERRA… VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO…» (Mt 5)
C – ORA, SE QUERES QUE A TUA LUZ RESPLANDEÇA… NÃO VOLTES AS COSTAS AO TEU SEMELHANTE… (Is 58)
O – ENTÃO, AMIGO PAULO, QUE SIGNIFICA «NÃO SABER NADA SENÃO JESUS CRISTO CRUCIFICADO»? (1Cor 2)
D – Sim, e ainda o diria com mais ênfase aos vossos contemporâneos: «Este mundo foi sonhado e criado por Deus para se converter e salvar, pelas suas cruzes, desde a Cruz de Cristo…».
C – Todos queremos o bem-estar e o prazer imediatos (para isso fomos criados!?); mas isso, só sucederá (segundo Paulo) “quando ultrapassarmos a meta final após o combate” da cruz!
O – Quer isto dizer, então, que devemos abandonar esse instinto ‘animalesco’ (!?) de procurar, sempre e por cima de tudo, o prazer e conforto que, ao que parece, não traz a Felicidade?!
D – E essa ‘procura imediata do prazer’ ainda é mais grave e preocupante quando isso vos obriga a “voltares as costas aos vossos semelhantes, necessitados de ajuda e de amor”!
C – Fica claro que só seguindo Jesus Crucificado “a nossa luz brilhará diante dos homens, e então, vendo as obras do bem, eles se converterão e todos glorificarão o nosso Pai dos Céus”.
D – E assim, sim, “sempre que chamares por Mim, Eu dir-te-ei ao instante: «Aqui estou!»”.
X – Para bem ou para mal – num caso ou noutro! – os seres humanos procuramos a imediatez, o ‘pronto’ e o ‘já, já’! Vê-se logo que não somos inclinados à Paciência, que seria a ‘virtude’ oposta ao ‘não saber esperar’. E ‘esta pressa’ é tanto para as coisas materiais como para as espirituais; quer para o prazer quer para a felicidade (e já agora, espero que ninguém confunda “prazer” com “felicidade”, ou sim?). Precisamente, sabemos que pode haver -e há!- felicidade com sacrifício e cruz, mas prazer não, pois prazer e cruz são inconciliáveis. Compreende-se então que, como por instinto, andemos a fugir de tudo o que se pareça com a cruz. Mesmo assim, a cruz “acompanha” – quer queiramos quer não – todo o ser humano desde o início até ao fim da sua existência mortal. Tinham razão os nossos antepassados quando ‘cunharam’ aquela conhecida (?) expressão latina: «Stat crux dum volvitur orbis» (“A cruz permanece enquanto o mundo gira”). Basta observar, até, a presença de ‘cruzes materiais’ que vão invadindo – inundando – o nosso mundo-universo. Porém, ninguém esqueça… que a última palavra não a tem a Cruz, mas a Ressurreição e a Vida! [E estou a escrever isto – por coincidência! – na data (7/fev.) da Festa (Litúrgica portuguesa) das «Cinco Chagas»]
— [♫] – ANTÍFONA(S) (~ ‘Mantra(s)’) :
-) «Crucem Tuam adoramus, Domine! Resurrectionem Tuam laudamus, Domine! Laudamus et glorificamus! Resurrectionem Tuam laudamus, Domine!» …
-) «Por nosso amor morreu o Senhor, numa Cruz morreu o Senhor. Recomendou dar a vida, como irmãos, em sinal de Amor» …
-) «Vitória! Tu reinarás! Ó Cruz, tu nos salvarás!» …
«CITAÇÕES» À LUZ DESTA PALAVRA
[ Textos: do Papa / da Bíblia / da poesia / das fábulas / provérbios / etc. ]
— Fala o Papa Francisco. “Ser sal e ser luz” é o “testemunho diário do cristão”.
«Não somos protagonistas dos nossos méritos, o cristão deve ser sal e luz para os outros. Ser sal e luz para os outros, sem se atribuir méritos. Este é o simples testemunho cotidiano ao qual o cristão é chamado. O maior testemunho do cristão é dar a vida como fez Jesus, isto é, o martírio. Mas há também outro testemunho, de todos os dias, que começa pela manhã quando se acorda, e termina à noite, quando se vai dormir: “o simples testemunho habitual”.
Sal e luz. ‘Parece pouco’, mas o Senhor “com pouco faz milagres, faz maravilhas”. Portanto, é preciso ter uma atitude de “humildade”, que consiste em tentar ser somente sal e luz.
Sal para os outros, luz para os outros, porque o sal não dá sabor a si mesmo, sempre a serviço. A luz não ilumina a si mesma, sempre a serviço.
Sal para os outros. Pouco sal que ajuda nas refeições, mas pouco. No supermercado, o sal não é vendido em toneladas, não… Pequenos pacotes; é suficiente. E depois, o sal não se orgulha de si mesmo porque não está a serviço de si mesmo. Está sempre ali para ajudar os outros: ajudar a conservar, preservar, as coisas, a dar sabor às coisas. Simples testemunho.
O Senhor nos diz assim: “Você é sal, você é luz”- “Ah, verdade! Senhor, é assim! Vou atrair tantas pessoas para a igreja e farei…” – “Não, você vai fazer de modo que os outros vejam e glorifiquem o Pai. E não será atribuído a você nenhum mérito. Quando comemos não dizemos: “Ah, que bom o sal!”, Não!: “Bom o esparguete, boa a carne, bom …”.
À noite, quando vamos para casa, não dizemos: “Que boa a luz”, não. Ignoramos a luz, mas vivemos com aquela luz que ilumina. Esta é uma dimensão que faz com que nós, cristãos, sejamos anônimos na vida…
E uma bela oração para todos nós, no final do dia, seria perguntarmo-nos: “Fui sal hoje? Fui hoje luz?”. Esta é a santidade de todos os dias. Que o Senhor nos ajude a entender isso ».
[ Papa Francisco: na Homilia – Capela da Casa Santa Marta – (12.06.2018) ]
— HINO LITÚRGICO :
«NOSSAS CULPAS “ELE” SUPORTARÁ
E PELA MORTE NOS SALVARÁ.
Desprezível, maldito dos homens, / varão de amarguras, repleto de injúrias:
Foram nossas dores que transportava
e as nossas doenças que Ele suportava.
Foi ferido pelos nossos crimes, / morreu pelos homens, repulsa do povo:
Nas suas feridas ficamos curados
e nas suas penas fomos consolados.
Arrancado de entre os mortais, / entregue ao suplício em vez de nós todos:
O seu corpo inerte ficou entre malvados
e assim ressurgimos dos nossos pecados.
Entregou-se, por nós, a si próprio; / terá descendência e dias imensos:
Quando Javé queira verá sua glória
e nós todos livres na sua vitória».
– “Canto do «Servo de Javé»” (Is 53,1-10) – [“Hino Litúrgico” com partitura musical]
// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net