28.A3 – Dom. 5 Comum  /  “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico

 

«ESTA PALAVRA É IMPREVISÍVEL… E PARADOXAL(!)»

Se alguém não sabia o que significa “sermos sal da terra e luz do mundo”, referido aos cristãos, a Palavra de hoje traça-nos algumas pistas, porventura inesperadas e que não imaginávamos. Sabíamos, sim, que “ao ajudarmos aos pobres… com generosidade, a nossa luz brilha nas trevas deste mundo” (Is / 1ªL), mas talvez não tínhamos pensado que essa atitude “pode também curar as nossas piores feridas”(?) (id.). Pelo seu lado, Paulo, surpreende-nos ao escrever referindo-se a ele mesmo (e portanto também a nós se quisermos ser luz verdadeira): “Não devo saber nada senão Jesus Cristo, mas crucificado”(!). (Isto, apesar de ‘ele ser muito culto e bom comunicador’). E acrescentará que toda a outra “palavra de convicção e sabedoria humanas não tem qualquer valor”, por não estar fundada “no poder de Deus” (1Cor / 2ªL).

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»»   “A tua luz despontará como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a sarar”. (Is / 1ªL) 

»»   “Pensei que, entre vós, não devia saber nada senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado… Nunca com palavras de convicção humana… para que a vossa fé não se fundasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus”. (1Cor / 2ªL)

»»   “«Vós sois o sal da terra… E sois a luz do mundo… Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o Vosso Pai que está nos Céus»”. (Mt / 3ªL)  

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Que essa ‘luz’ de que fala o profeta Isaías, e sobretudo Jesus, deva brilhar diante dos homens para ser vista, compreende-se; até porque, se não, deixaria de ser luz. No entanto, se alguém fizesse as boas obras da luz, ‘só’ para ser visto (como diz Jesus noutro lugar) deixaria de ser luz; também isto se compreende, e não é uma contradição… Porém, “ser sal” significa ser eficaz: na moderação, no equilíbrio, no silêncio, na modéstia, na humildade… ou seja, no facto de ‘passar despercebido’(!), de não ser notado. Isto parece ‘o contrário’ do anterior! Pois pode parecer, mas é apenas um “paradoxo bem intencionado”(!). Observemos que com o sal (comum/‘de cozinha’) acontece isso mesmo: sua presença não deve ser notada nos alimentos (deverá passar ‘despercebida’). Porque, se for notada, estando a mais (‘salgado’) ou estando a menos (‘insosso’), não produzirá o fruto devido. Então, para sermos “o sal” que Jesus pede, deveremos agir com aquelas atitudes(?) se quisermos produzir os frutos pretendidos E se assim fizermos, não devemos ficar preocupados; pois as palavras de Jesus, cumprir-se-ão na mesma: “Vendo as vossas boas obras, glorificarão o Vosso Pai que está nos Céus”. (Mt / 3ªL).

 

 

[ De «Outras Invocações e/ou Títulos» de Nossa Senhora: ]

+Nossa Senhora da Palavra

[ do Espírito Santo; da Luz; do Bom Conselho; do Impossível; do Silêncio ]… e nossa Mãe:

Tu disseste «Faça-se em mim a Palavra!», e ficaste a ser a ‘Senhora da Palavra’;

logo, o Espírito Santo – realizador da Encarnação – foi sempre a tua inspiração.

E nós, que também somos fruto da Palavra eterna, precisamos do teu conselho,

ó Senhora do Bom Conselho e da Luz, para sermos “sal e luz”, como Jesus quer.

Então, com a inspiração do mesmo Espírito, e amantes do Silêncio como Tu, Mãe,

faremos vida, em nós, a Palavra, até nas partes mais exigentes ou enigmáticas,

porque contamos com o teu exemplo e o teu poder, Senhora do Impossível.     

 

 

 

// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net