30.A3 – Dom. 7 Comum  /  “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico

 

«‘LEIS’… ou ‘FORÇA INTERIOR’?!»

Afinal, Deus não ‘manda’ aos humanos… e menos sob pena de qualquer castigo’ (!). Porque, se assim fosse, alguém poderia pensar: ‘mas que classe de liberdade é esta que Ele nos deu!?’ (Cf. Reflexão anterior)… Mas então, o que é que são esses diversos ‘Mandamentos’ que temos?… Bem. Digamos que são aquilo que outros homens ‘formularam’, a pensar no que podia ser a vontade de Deus para nós… Porém, vejamos o que é, na verdade, a Vontade de Deus (que não precisaria de Mandatos ‘específicos’ nem especificados). Se os humanos fôssemos capazes de entender e aceitar essa Vontade divina!… Se estivermos convictos, certos, daquilo que já sabemos (ou intuímos), isto é, que somos verdadeiros filhos de Deus; e portanto, “deuses”(!) como o próprio Jesus, Filho de Deus, nos revelou (Jo 10,34-35 / Sl 82,6)!… Ora bom, é natural que os filhos sejam como (*) o Pai, em tudo, ou pelo menos no basilar, por exemplo, «que a nossa vontade seja a Vontade d’Ele». (Na realidade, não é pedir impossíveis, já que – naturalmente – os filhos parecem-se com os seus pais)… Logo então: ‘Mandamentos’ para quê(!?)…

(*)- Lembremos que ‘fomos’ “criados (‘gerados’) à sua imagem e semelhança”! [Gn 1,26-27].  

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»»   “«Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo’… Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor»”. (Lv / 1ªL) 

»»   “Irmãos: Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?… Porque o templo de Deus é santo, e vós sois esse templo”. (1Cor / 2ªL)

»»   “Amai os vossos inimigos… para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos… Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito»”. (Mt / 3ªL)  

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Com efeito – e cá está a Palavra de hoje –, quando este Pai-Deus (Pai-Mãe=Abba) fala para os seus filhos, longe de usar linguagens impositivas ou autoritárias, fá-lo doutros modos, e utilizando palavras de género diferente… Quando Moisés tem de falar ao povo – já desde a prima “Lei” do AT (Levítico), a conduta e estilo de Deus são estes: “Dirás a toda a comunidade de Israel: ‘Porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo, vós tendes de ser santos’. Tudo bem, mas nós poderíamos inquirir: ‘Ó Senhor, mas o que é que isso significa?’. Todavia, uma vez que Ele ‘adivinhava’ de antemão esta ‘pergunta’, logo a seguir coloca a ‘resposta’ – no mesmo texto – a modo de conclusão fundamental, que Ele próprio ‘assina’: “Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor”. (Lv / 1ªL) Bom, mas agora poderia parecer que já está tudo dito. Porém, a Palavra (‘A Escritura’) tem ainda muitas mais e variadas formas para nos orientar e aconselhar. Por exemplo: Em Paulo, aos cristãos de Corinto: “Irmãos, não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?… Porque o templo de Deus é santo, e esse templo sois vós”.(1Cor / 2ªL). Ou o próprio Jesus, o Filho (não podia ser outro!) que põe, finalmente como modelo e ‘paradigma’ o mesmo PAI: “É preciso que ameis os vossos inimigos, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus… Assim, sereis perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito»”.(Mt / 3ªL). Claro, não se precisa mais nada!… Então, conclusão (pergunta-se): ‘Quem é capaz de encontrar, nestes textos, qualquer mandamento impositivo!?’.

 

[ De «Outras Invocações e/ou Títulos» de Nossa Senhora: ]

+Nossa Senhora, a Virgem Fiel e Espelho de Justiça;

[ Senhora dos Milagres; dos Impossíveis ]… e nossa Mãe:

Imaginemos que DEUS Se apresenta – ELE – à nossa frente e nos diz:

«Este é o Modelo para imitar e “reproduzir” no vosso ser e vida pessoal,

para assim mostrar a todos que sois Meus filhos!»… O que fazemos nós!?…

Então, Mãe, só em Ti achamos o Exemplo, ao reproduzires o Modelo divino,

sendo Tu “a Virgem Fiel”… E ao copiares esse Modelo, ficaste a ser, para todos,

o perfeito “Espelho de Justiça” e Santidade… Mas, se isto ainda não bastasse,

temos o teu Poder Maternal, “Senhora dos Milagres e dos Impossíveis”!    

 

 

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