48.A3 – Domingo.25.Comum / “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico

 

«‘BEM’ NUNCA FAZ ‘MAL’!»

Pois é! Não vale a pena tentar comparar-nos com o Senhor, nosso Deus. Ficaríamos muito mal! E não porque “os Seus pensamentos e os Seus caminhos estejam muito acima dos nossos”, mas porque “Ele é capaz de ter compaixão de quem – infelizmente – possa enveredar pelos caminhos mais perversos. Sim, porque o nosso Deus é generoso em perdoar” (Is 55 / 1ªL). Quanto a nós, humanos, a tendência (tentação), ao comparar-nos com outrem, é verificarmos que nós somos os melhores; e quanto maior seja a “distância” neste sentido, muito melhor (para nós, claro!). Em conclusão, isto é mau(!)… Porém, quando Deus, o Pai, se compara connosco, é sempre para o nosso bem; para o bem de todos!… O caso de Paulo (na Carta aos de Filipos) parece curioso(!?). Manifesta sinceramente o seu desejo de suprimir essa ‘distância material’ entre Cristo e ele, para ser mais feliz: “Desejaria partir e estar com Cristo, que seria muito melhor”… Mas compreende e aceita que, para já, deve continuar a viver ‘cá’(?): “Pois é mais necessário para vós que eu permaneça neste corpo mortal…”. Sim, para que os ‘irmãos filipenses’ aprendam a “viver somente de maneira digna do Evangelho de Cristo”.(Fl 1 / 2ªL).

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»»   … O homem perverso… converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele; ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus… Os meus, estão muito acima dos vossos…”.(Is 55 / 1ªL)

»»   “Irmãos: Eu sinto-me constrangido por este dilema: desejaria partir e estar com Cristo, que seria muito melhor. Mas é mais necessário para vós que eu permaneça neste corpo mortal. Procurai somente viver de maneira digna do Evangelho de Cristo”.(Fl 1 / 2ªL)

»»   “… O proprietário respondeu a um deles: ‘…Eu quero dar a este último tanto como a ti… Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’. Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos»”.(Mt 20 / 3ªL)

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Por seu lado, a lição magistral que nos da Jesus no Evangelho (Mt 20 / 3ªL), ainda vai mais longe; isto, para nos ensinar que devemos tirar sempre as melhores lições da vida. Lembremos, antes, o caso da parábola do domingo passado (um servo que devia dez mil talentos e o outro que devia cem denários). Víamos o tal ‘exagero’ – propositado – de Jesus para mostrar a infinita Bondade de Deus em perdoar… No ‘exemplo’ que hoje apresenta, vai ficar claro o facto de Deus “ser bom e generoso” com aqueles últimos operários (que trabalharam apenas uma hora) sem deixar de o ser com os primeiros (que labutaram desde o início do dia). Deus «é generoso com todos e sempre», como acabamos de ver, acima, no profeta Isaías!… Claro que isso não evita uma outra ‘comparação odiosa’ e mesquinha da nossa parte, como a daqueles “jornaleiros que começaram a murmurar contra o proprietário”… Que achamos nós? É que a constatação de termos concluído ‘alguma coisa bem feita’ vai ser motivo de crítica diante o Senhor e dos outros irmãos?… – Então, é normal que o Pai-Deus questione a cada um de nós: “…Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?”. Pois não! Venha de onde vier, o bem nunca pode causar mal!

 

 

[ De «Outras Invocações e/ou Títulos (“Piropos”?)» de Nossa Senhora: ]

+ Senhora e Mãe de todos os homens e Senhora de todas as Nações;

Senhora da Luz; Senhora dos Pequeninos;… nossa Mãe:

Como é que devemos fazer, Mãe, para não cairmos na tentação das ‘comparações’?

Em geral, nos seres humanos, ‘qualquer comparação é odiosa’ porque interesseira.

Então, ilumina-nos Tu, Maria, ‘Senhora da Luz’, para fugirmos dessas tentações,

e optarmos pela inclusão de todos, mesmo que nos custe aceitar alguns (!?).

A Palavra do Senhor está cheia de gestos e palavras que nos levam a imitar

a atitude constante de quem vive sempre para os outros como o Pai-Deus.

Sabemos, Mãe, que o Filho Jesus, procurava primeiro os pobres e os últimos,

para os situar à altura ou por cima dos que estavam melhor ‘situados’(!).

Então, ó ‘Senhora e Mãe de todos os homens’ e ‘Senhora dos Pequeninos’:

precisamos da tua ajuda e companhia para estarmos, sempre e em tudo,

da parte dos últimos, dos pequenos, dos pobres, dos marginalizados…,

seguindo sempre o Teu exemplo, o de Jesus, Filho, e o do Pai de todos! 

 

 

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