53.A3 – Domingo.30.Comum / “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico

 

«NÃO AMAS A ‘UM’ IRMÃO(!)*… NÃO AMAS A DEUS(!)»

Embora cada qual entenda o Amor à ‘sua maneira’, o caso é que todo o mundo fala do amor e tenta vivê-lo ao seu jeito (!?)… E se, perante esta realidade, contemplarmos a Criação de que somos parte, onde se integram matéria e espírito; ou então, se observarmos o nosso Mundo, no qual é natural essa contínua e inevitável interação do ser humano com o seu meio-ambiente… então, levanta-se esta questão: Como saber a quem e como teremos que amar “com todo o ser” para nos sentirmos felizes? Será que esse Ser Supremo (Deus, que se define como Amor) é suficiente como único objeto absoluto do nosso amor para, desse modo, encontrarmos a Felicidade? – À primeira vista poderia parecer que sim. Mas se observarmos com atenção e refletirmos na própria Palavra de Deus, descobrimos que aquela Criação e aquele Mundo, de que falamos, aparecem sempre como inseparáveis (!?) do Seu Criador. Principalmente no que diz respeito ao ser humano!… Será que Deus quer ser amado a Si mesmo e que tudo e todos amem a Deus!?  E será tudo isto verdade!?… – Iremos esclarecê-lo!

(!)*.- ‘irmão’ = todo e qualquer ‘ser humano’…

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»»   Eis o que diz o Senhor: «Não prejudicarás o estrangeiro, nem o oprimirás, porque vós próprios fostes estrangeiros na terra do Egito…”.(Ex 22 / 1ªL)

»»   “…Dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro e esperar dos Céus o seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos: Jesus…”.(1Ts 1 / 2ªL)

»»   “Jesus respondeu: «O primeiro é ‘Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’… O segundo, porém, é semelhante ao primeiro: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’…»”.(Mt 22 / 3ªL)

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Bom, já deveríamos saber (desde a Bíblia e a Teologia) a verdade fundamental de que o ser humano, para ser tal com todas as consequências, há de amar a Deus, como reflexo de se sentir amado por Ele (“amarás o Senhor, teu Deus…”-Dt 6,5). E num outro livro, também do AT, descobrimos o mandamento complementar (“amarás o teu próximo como a ti mesmo”-Lv 19,18); bem entendido que, neste caso, considera o ‘teu próximo’ como “o filho do teu povo” somente. No entanto, ainda encontramos na Palavra de hoje (no AT) “textos” que vão mais além: “Não prejudicarás o estrangeiro, nem o oprimirás, porque tu mesmo foste estrangeiro na terra do Egito…”(Ex 22 / 1ªL). Tudo bem… Porém, para nós, filhos da Palavra e da Cultura do Evangelho de Jesus, isto não chega! Para quem é a Verdade última e definitiva – Cristo Jesus – a exigência vital é de uma outra dimensão! Ele começa por deitar abaixo toda a barreira e não põe limitação alguma – quanto ao “amor ao próximo” – pois próximo é: todo e qualquer ser humano [tal como aparece em inúmeras passagens do Evangelho (e no resto do NT)]… Mas a novidade maior e mais revolucionária de Jesus é o ter equiparado ‘amor a Deus’ e ‘amor ao próximo’: …“o segundo é semelhante ao primeiro”(Mt 22 / 3ªL)… Se não fosse assim, como poderia Jesus-Deus «ter dado a vida por “todos e cada um” dos seres humanos»? Claro, lembremos, o que Ele afirmou, referindo-se a todos os humanos: “Sois deuses… Deus chamou deuses…”.(Cf. Jo 10,34-35 e Sl 82,6). Fica então patente e diáfano: «Se não queres amar a um ser humano(!), deixas de amar a Deus(!)». [Que dizer então acerca desta guerra (entre ‘irmãos’): Palestina-Israel?]… E já podemos dar resposta àquela pergunta fundamental anterior: <Afinal Deus quer ser amado, sim, mas só “em” Seus filhos e “através” deles (e de toda a Sua Criação)>. Era evidente!!! (Não era?).

 

[ De «Outras Invocações e/ou Títulos (“Piropos”?)» de Nossa Senhora: ]

+ Senhora de Fátima, Mãe do Imaculado Coração (Amor puríssimo);

Senhora da Caridade e Mãe de todos os homens; … nossa Mãe:

Estamos a aprender, Mãe – também através dos teus Títulos e Invocações

o sentido e transcendência do “único mandamento da lei” (na expressão de Jesus):

“Amar a Deus e amar o próximo”, que Ele chamou «o seu Mandamento novo do Amor».

Então, Mãe, já que és ‘Mãe do Imaculado Coração’, aliás, ‘Mãe do Amor puríssimo’,

abeiramo-nos de Ti com a grande Confiança de saber que Tu és ‘o máximo’ em Amor!

Sim, és ‘Mãe de todos os homens’: Mãe dos pequenos – ‘pequeninos’ – e dos grandes;

és Mãe dos pecadores e dos justos; és Mãe dos perseguidos e dos perseguidores;

Mãe dos pacíficos e dos violentos… Mãe de Todos porque Deus é Pai de Todos!

O Pai-Deus é capaz de amar até quem não quer ser amado, ou quem não quer amar…

Faz, Mãe, que, imitando o Pai e a Ti, amemos todo o pecador (e rejeitemos o pecado)!    

 

 

// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net