— 56.A3 – Domingo.33.Comum – / “A Palavra” refletida, ao ritmo Litúrgico —

 

«MULHER “VALOROSA” – “LIVRE” – “FIEL” – “MÃE”»

Um “bem-haja” muito especial (!) para o autor inspirado (ou autores) deste famoso Poema [em ‘acróstico’, aliás ‘alfabético’ neste caso(*)] (que aparece como ‘epílogo’ do Livro bíblico dos Provérbios) dedicado à «mulher de valor» ou “mulher exemplar”(Pr 31 / 1ªL) É que, apesar da má fama que possam ter os tempos passados (nomeadamente na antiguidade bíblica) no que diz respeito à “consideração” que se dá à mulher ou figura feminina, a verdade é que, felizmente, na Bíblia encontramos exemplos ‘excecionais’, justos e belos (mesmo já no AT, caso do “poema” citado)… Mas, atenção, o que se diz da mulher em valor, deveria poder aplicar-se ao homem. Sim, porque – homem e mulher – foram “gerados” (‘criados’) com igual dignidade, embora com diversa imagem complementar. Pois é, criados “à imagem e semelhança de Deus” (Gn 1)… É certo que, no passado histórico da humanidade, criou-se uma falsa superioridade masculina (baseada, apenas e só, na força física)… Será preciso, então, estabelecer equilíbrio e harmonia, até chegar a essa igualdade ‘em dignidade’, reconhecendo igualmente o valor feminino, nos aspetos em que é superior ao varão… E diga-se, antes de mais, que a própria história contemporânea está a demonstrar – e de que maneira! – esta nova realidade, quer a nível cultural universitário (!) e desportivo (!) quer a nível laboral (!) e noutros campos…

(*) – Cada verso ou estrofe (são ‘22’) inicia-se com uma das letras do ‘alfabeto’ (22 letras), seguindo a sua ordem.     

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»»   “Quem poderá encontrar uma mulher de valor? / O seu preço é superior às pérolas /…/ A graça é enganadora e vã a beleza; / a mulher que teme o Senhor é que será louvada /…/ Fortaleza e graça são os seus adornos; / sorri perante o dia de amanhã …”.(Pr 31 / 1ªL)

»»   “O Dia do Senhor chegará como um ladrão noturno. E quando disserem: «Paz e segurança», é então que subitamente cairá sobre eles a ruína – como as dores da mulher que está para ser mãe – e não poderão escapar”.(1Ts 5 / 2ªL)

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Então, é justo e natural que, nesta reflexão, fundados na Palavra, ponhamos em destaque alguns dos aspetos em que – também historicamente – a mulher foi, e será, caso único e relevante a respeito do homem. O “poema” da 1ª Leitura, como víamos no início, está a ‘marcar a pauta’, quando tenta responder à sua pergunta inicial (“Quem encontrará a mulher ideal?”) com o próprio poema (e convém ler na íntegra no Pr 31,10-31). Porém, temos “outras passagens” da Palavra, que é ‘justo e necessário’ lembrarmos agora. Em diversos ‘lugares’ da Bíblia (A e NT / em várias dezenas de textos diferentes!) aparece o reconhecimento (explícito ou implícito) da fortaleza, resistência à dor, coragem… da mulher em muitas situações difíceis da vida. Tanto assim, que nós fazemos nossa esta afirmação (do biblista Pedro Lucas Dulci): «A Bíblia contém vívidas imagens femininas para retratar dimensões da vida divina». Mas fiquemos só com a realidade da «geração de novas vidas humanas» (não apenas com o momento do parto). Será que nós já pensamos nisto, com admiração e gratidão!? Eis dois “textos” só: + de Paulo (na 2ª L.) –“…Como as dores da mulher que está para ser mãe”(1Ts 5 / 2ªL); + e, sobretudo, a delicadeza da palavra de Jesus (Jo 16,21) –“ A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque chegou a sua hora; mas, quando deu à luz o menino, já não se lembra da sua aflição, com a alegria de ter vindo ao mundo um ser humano”. (E assim, em muitos mais textos bíblicos)… Mas fiquemos com esta lógica conclusão: “Não há vida sem dor feminina!”… Claro, «Não há Amor sem Cruz!». 

[ De «Outras Invocações e/ou Títulos (“Piropos”!)» de Nossa Senhora: ]

+ Senhora “Bendita entre as mulheres”; da Expectação; e do Feliz Parto;  

Mulher do Valor; Senhora da Liberdade; Virgem fiel … nossa Mãe:

Foi uma mulher quem, no início da tua missão de Mãe (Mãe de Deus e Mãe universal),

Te proclamou – perante céus e terra – «mulher Bendita entre todas as mulheres!».

Tens uma ‘obrigação’ especial (entende-nos, Mãe!) com todas as mulheres de sempre;

deves acompanhá-las e assisti-las nesses momentos difíceis pelos que hão de passar:

– já desde antes de conceber para “dar à luz as vidas humanas”, ó ‘Virgem fiel e Mãe’;

– no tempo da gravidez – de esperança e de ‘preocupação’ – ó ‘Senhora da Expectação’;

– e nisso que constitui o bem chamado «trabalho do parto», ó ‘Senhora do Feliz Parto’.

De resto, Mãe, vão precisar de muita coragem e paciência – sempre com imenso amor! –

para alimentar, educar, guiar e acompanhar os filhos (melhor se for em colaboração!).

Então, Senhora, todos (mães, pais…) acudiremos sempre a Ti, em todo o tempo e lugar:

inspira-nos, aconselha-nos, guia-nos, ó ‘Mulher do Valor’ e ‘Senhora da Liberdade’!     

 

 

// PARA outras REFLEXÕES AFINS: http://palavradeamorpalavra.sallep.net